Visão em Túnel Francesa: Usar Israel Para Velar Fracassos



De Cristina C. Giancchini

A frança jurou não “poupar esforços” para acabar com a violência em Israel; querendo ela dizer que irá colocar mais lenha na fogueira “Esta nova deterioração da situação também confirma a urgência de recomeçar os esforços políticos,” - por outras palavras, a urgência de dar poder à OLP através de resoluções da UN para forçar Israel a largar pedaços da sua nação histórica.
A frança está, mais uma vez, a usar Israel para se catapultar de volta à relevância internacional. 

França, nos últimos anos, tem sofrido uns quantos reveses: 
A. A Operação Serval teve um sucesso inicial mas se pensarmos bem nos 3 principais objectivos da operação francesa (1- parar o avanço jihadista; 2- reconquistar o norte;  3- esvaziar os santuários rebeldes) e olharmos para a realidade no terreno, há que chegar à conclusão que a operação no geral fracassou: recentemente, os jihadistas atacaram uma aldeia no centro do Mali e estão a mover-se em direcção ao sul; “O Norte do Mali tornou-se uma frente jihadista, com militantes islamistas oriundos do mundo inteiro a reunirem-se ali” (fonte) e as eleições, marcadas para o dia 25 de Outubro, foram adiadas devido à crise de insegurança no Norte.

B. A Operação Sangaris não foi bem sucedida e os soldados franceses entreteram-se a violar meninas. França demorou a reagir a este crime. Consequência: a República Central Africana vive num caos incessante, os muçulmanos matam cristãos e não há uma solução política viável porque a frança carece de coragem política (Ref: fazer parte do governo de transição até que o país esteja estável e reconstruido, assumindo assim a responsabilidade histórica para com uma ex-colónia). 

C. França demorou muito tempo a responder à crise ucraniana tendo, assim, sido exposta a sua fraqueza.

D. A transacção dos Mistrals foi um fracasso: a violação do contrato assinado com a rússia e a revenda dos navios de guerra ao egipto “custou aos contribuintes franceses entre €200 e €250 milhões,” (fonte)

E. França está mais vulnerável a ataques terroristas e a uma guerra civil, devido a fracas políticas domésticas e externas. 

F. O Conselho de Segurança da ONU chumbou uma resolução palestiniana, apoiada pela frança, que violava acordos passados (Ref: no que tocava a medidas unilaterais). 

G. Os franceses perderam influência no líbano e na síria, um país onde já se fala de partição da terra por influência russa. Estes dois países são derivados do Acordo de Sykes-Picot, logo, por outras palavras, o legado político francês na região está a ser despedaçado. Um absoluto fracasso político. 

Então, que mais poderá frança fazer? Ela só pode fazer o que todos os outros fazem: usar Israel como manobra de diversão. 

França, Grã-Bretanha, os EUA, e muitos outros do resto do mundo, provaram que o debate anual da UNGA só serve de motivo para os diplomatas e líderes mundiais viajarem para Nova Iorque e fazerem compras, porque obviamente eles não ouviram que o Presidente Abbas renunciou aos Acordos de Oslo e activou células da Fatah para matarem Judeus; mas acima de tudo não ouviram o PM Netanyahu quando ele relembrou ao mundo o que é que aconteceu a cada nação que tentou ou destruir o Povo Judeu ou colocar-se no seu caminho. 

Mas pior que a visão em túnel e fracasso da liderança francesa é a cobardia da liderança israelita.
O PM Netanyahu não foi reeleito para ter medo de “danos diplomáticos” perpetrados por falhados. Ele não foi posto no poder para fazer discursos bonitinhos na ONU e no Senado americano. Nós não apoiámos o Bibi para que ele se acanhasse e não cumprisse o seu mandato. Ele quer garantias? Não há maior garantia que Am Yisrael, não há maior garantia que a Lei Internacional. Bibi Netanyahu disse “O povo Judeu, durante centenas de gerações, sonhou em regressar à Terra de Israel (..)” mas o sonho ainda não se concretizou na totalidade; por isso agora é chegada a hora de dar o passo legal. Isaac Herzog é tão cobarde quanto o governo israelita porque este não é o momento para populismo interesseiro ou mesmo sabotagem interna, este é o momento para a Unidade Judaica. Só uma postura forte e unida do povo judeu irá parar com a violência em Israel – não medidas políticas mercenárias dos franceses que só colocam vidas de judeus em perigo. 

Finalmente, a Al-Qaeda confirmou a relação entre a questão palestiniana e a Jihad global

“A questão da mesquita Al-Aqsa e as terras muçulmanas ocupadas na área de Bait al-Maqdis [o termo arábico para o Monte do Templo, que ironicamente foi retirado do Hebraico 'Beit Hamikdash' – ed.] é um assunto que diz respeito a toda a Umma,”

e

“Saibam que [beber] o sangue e a fortuna de todos os judeus sobre a face da terra é permitido e não há protecção para o seu sangue ou fortuna [a não ser que se convertam ao Islão ou aceitem o estatuto de dhimmi = cidadão de terceira]”

E a frança acha que ao dar à Al-Qaeda e Cª Lda o que eles querem irá apaziguar os muçulmanos franceses? Estes fazem parte da Umma; e para a Umma, Israel e Jerusalém seriam só o começo – frança e a europa são os próximos. 

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