O ISIS está a bater-nos à porta ou já está cá dentro?
Na política, é importante alimentar as relações entre as nações, e por isso os políticos e seus conselheiros tentam encontrar maneiras de manter essas relações frutíferas. Contudo, seria interessante saber quem são os burocratas que se sentem tão confortáveis na sua posição que falham em fazer as correlações correctas, e no processo colocam a Europa em perigo.
Para começar, os políticos ocidentais deveriam ter a coragem de admitir que há uma clara ligação entre o [reconhecimento/apoio ao] Estado ex nihilo da Palestina, o Plano de 7 Passos da Al-Qaeda, a expansão do Estado Islâmico, e a crescente ameaça à Segurança e Estabilidade europeias.
“Pela graça de Deus para a Líbia, Deus concedeu a este país a posição estratégica e imenso potencial (..) [este país] mira os estados sulistas dos Cruzados, que podem se alcançados com facilidade mesmo através de um barco rudimentar e reparem que o número de viagens de 'imigração ilegal' a partir desta costa é massivo, tendo ficado o cálculo por algo como 500 pessoas por dia, cálculo esse feito por baixo. (…) Se isto fosse minimamente explorado e estrategicamente desenvolvido, imaginem o pandemónio que poderia ser feito no sul da Europa. Até é possível o fecho das linhas marítimas devido ao ataque de barcos e cargueiros dos Cruzados.” -- in Libya: The Strategic Gateway for the Islamic State (de Charlie Winter)
A Itália, enquanto país que mais sofre com o fluxo de imigração ilegal via embarcações, tem vindo a tornar-se um portão através do qual as Células Islâmicas, na Europa, têm vindo a ser reforçadas. Grupos como o Hamas têm vindo a utilizar o método; Grupos Jihadistas têm vindo a utilizar o Estratagema dos Refugiados para infiltrar militantes na Europa também; e agora o ISIS reconheceu publicamente a importância de utilizar “barcos rudimentares” para criar um pandemónio no “sul da Europa” - não só é isto uma grande ameaça à segurança nacional italiana como também uma ameaça à segurança territorial da União Europeia.
“No fim de 2014, já havia pequenos exércitos do Estado Islâmico dentro de todos os países da Europa, e os serviços secretos nem sequer sabiam!” -- ISIS
Acima mencionámos uma ligação entre o reconhecimento do estado ex-nihilo da Palestina e o aumento da insegurança na Europa. Devemos recordar que a "Palestina" é o ponto central da Jihad Global, já que reconquistar Israel faz parte da Profecia Islâmica referente ao Mahdi (daí os apelos à destruição de Israel presentes nas Cartas de Hezbollah e do Hamas; os apelos ao mesmo por parte dos falecidos Bin Laden e Yasser Arafat; e agora do ISIS).
Mais uma vez, o ISIS confessou recentemente que os Activistas Pró-Palestina, na Europa, são na verdade Células Adormecidas do grupo – recordamo-nos bem de como, no Verão passado, estes activistas geraram o caos por toda a Europa, naquilo que foi um claro prelúdio aos ataques terroristas em Paris, e noutras localidades. Mas o que é mais interessante é que o ISIS chegou até a admitir que os não-muçulmanos lhes dão assistência, através da Causa Pró-Palestina/Anti-Israel:
“Se alguma vez estiveram numa manif Pró-Palestina/Anti-Israel, verão[sic] muitos activistas que nem sequer são muçulmanos, mas que apoiam aquilo que os Muçulmanos pedem (a queda do Sionismo),” -- idem
Os grupos socialistas e comunistas, nos parlamentos europeus, estão na verdade a ajudar os Jihadistas Globais a cumprir o seu Plano (o parlamento italiano foi o único que não foi na conversa). Agora que estas moções foram passadas, ainda que simbolicamente (com a excepção da Suécia), os Jihadistas Globais sentem-se encorajados e preparam a próxima fase do seu plano:
“É mais que provável que ligações entre Muçulmanos e activistas de Esquerda sejam feitas, e uma porção de entre eles aperceber-se-á[sic] que os protestos não são eficazes, e que o combate armado é a alternativa.” -- idem
Para responder à questão inicial: sim, o ISIS e outros já estão dentro da Europa. As suas células somente aguardam serem activadas.
Sem qualquer intenção, o Daesh (ad-Dawlat al-Islāmiyah fī al-ʿIrāq wa sh-Shām, ou seja ISIS) provou que este Blogue tinha razão:
“Activismo Missionário: fazer campanha a nível individual de forma a gerar mudanças na sociedade. Este tipo de activismo é feito por indivíduos que não desejando envolver-se em actos de violência, querem todavia contribuir para a causa. Nesta categoria estão incluídos os activistas das redes sociais & trolls (que na maior parte das vezes praticam racismo, anti-Semitismo, incitamento ao ódio e violência); recrutadores individuais (usando a amizade como isco); membros de instituições de caridade e fundações; líderes de comunidade em centros culturais Islâmicos; Imãs nas mesquitas e outros organizadores comunitários.
Activismo Político: operar dentro do sistema para influenciar & gerar mudança. Este tipo de activismo é levado a cabo por indivíduos que em tempos possam ter-se envolvido em activismo violento, ou por activistas missionários. Neste categoria estão incluídos os líderes de Organizações Terroristas Híbridas; representantes do Islão Político; Manifestantes Pró-Palestina; elementos do Movimento BDS; membros de ONGs & Grupos de Pressão com ligações a causas Islamistas.” (in Activismo Missionário, Político & Violento: Peças do Mesmo Puzzle)
O Daesh também previu que as células na Europa iriam tomar “Roma” (i.e. um exército infiel) até 2020. Esta meta é curiosa na medida em que a Al-Qaeda também marcou a sua vitória final para 2020; o que, mais uma vez, apoia o que já foi dito neste espaço:
"A uma determinada altura teremos de aceitar o facto de que a jihad violenta é apoiada pelo activismo islamista missionário e político. Não há coincidências. Todas as organizações islamistas estão a seguir o Plano AQ e estão dentro dos prazos estabelecidos - a sua ambição, i.e. o Califado Global, está a tornar-se cada vez mais óbvia.” (in O Plano de 7 Passos da Al-Qaeda: O Ocidente Cumpre)
O Daesh confirma a verdadeira natureza da sua batalha: o grupo complementa a Al-Qaeda et al. A sua aparente desagregação é uma manobra de diversão estratégica para manter simpatia e apoio pela causa (isto é, atrair aqueles que estão/estavam desencantados com a AQ, e sedentos por aventuras mais violentas, para o ISIS).
“Bin Laden considerava o seu terrorismo como um prólogo para um califado que ele não esperava ver em vida.” – in What ISIS Really Wants? (de Graeme Wood)
O Califado parece estar a tomar forma, e com cada vez mais grupos a jurar lealdade ao ISIS/Daesh (e.g. Boko Haram [Nigéria], Islamic Youth Shura Council [Líbia], Ansar Bayit Al-Maqdis [Sinai]), logo seria aconselhável revêr a presente postura na luta contra a Jihad Global – acção militar por si só não funcionará, e não funcionará de todo enquanto a esfera política minar os seus esforços. Tem de haver uma acção concertada e coordenação rígida (entre acções e palavras). Também é aconselhável compreender, e fazer os políticos entenderem, a verdadeira natureza dos Grupos Jihadistas:
"Al-Qaeda age como um movimento político underground, com objectivos mundanos em vista – a expulsão de não-muçulmanos da península arábica, a abolição do estado de Israel, o fim do apoio às ditaduras em terras muçulmanas. O Estado Islâmico tem a sua quota parte de preocupações mundanas (...), mas o Fim dos Tempos é o relevo da sua propaganda." -- idem
(Fonte da Imagem: BBC News)
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