Democracia Representativa: Não para o Estado Judaico


Pensamento: a Democracia Representativa é uma espécie em vias de extinção – já não funciona porque permite que uma minoria use uma maioria desinformada para servir os interesses do seu 'grupo de elite'. Esta semana iremos exercitar a mente, jogar com conceitos, e dar início a um debate sobre se a Democracia Representativa é adequada para o Estado Judaico ou não.

Democracia Representativa Vs Democracia Directa

Democracia Representativa

Este tipo de democracia, também chamado de democracia indirecta, significa que um governo é formado após a eleição de um grupo de oficiais que supostamente representam o povo e servem os seus próprios interesses. Por outras palavras, uma tal maioria de eleitores possui o poder de ditar quem governará um país. Mas, tal como tudo o que é criado pelo Homem, este método é falível:

  • A maioria do eleitorado não tem o conhecimento suficiente para fazer uma escolha informada. Quantos deles sabem o quer que seja de economia, de Segurança Nacional, de Política Externa do seu país?
  • Porque a maioria dos eleitores não está bem informada, tendem a votar no candidato que mais beijinhos dá, que mais selfies tira, que mais célebre é, apesar da sua falta de substância política (Ex: Emmanuel Macron, Le Vaniteux)

Sob este sistema, os eleitores escolhem os governantes através do voto secreto; o que é problemático uma vez que as urnas e os boletins de votos podem facilmente ser trocados (tal como acontece muitas vezes em África, na América Latina e nos Estados Árabes) e como tudo é feito em segredo, como é que se sabe quem votou em quem? E poupemo-nos às ilusões: os observadores internacionais são enganados a toda a hora – olhem para os casos de Moçambique e Angola, por exemplo.

Democracia Directa

Esta forma de democracia permite que as pessoas votem directamente em iniciativas políticas. Numa democracia directa, os eleitores elegem representantes mas eles é que tomam as decisões no que toca a políticas – através de referenda. Este tipo de Demokratia é interessante porque poderá funcionar com um qualquer outro sistema político como a Monarquia; e para além do mais, irá encorajar as pessoas a se informarem mais acerca dos assuntos – já para não falar de que tornará o sistema eleitoral menos susceptível a fraude porque sendo o voto directo, e pronunciado em alta voz, à frente dos seus pares, não há como trocar urnas nem boletins.

O Estado Judaico Deve Renunciar à Democracia Representativa

Governo de Israel

O Criador de Israel foi bastante claro acerca de quem terá sempre de governar o Estado Judaico: um Judeu.

De entre os teus irmãos porás rei sobre ti: não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja dos teus irmãos. - Deut. 17:15

Numa democracia representativa (DR) há sempre o perigo de, com a ajuda da Esquerda Judaica, um Muçulmano, ou mesmo um Cristão, venha a governar o país (חס ושלום) o que muito provavelmente apagaria o carácter judaico do Estado, tal como os Romanos (os criadores da palavra “Palaestina”) tentaram em tempos. Ao renunciar a DR, Israel certifica-se de que o Povo Judeu jamais será governado por um gentio, e logo evita qualquer ameaça existencial.

Os Direitos dos Gentios

Já oiço as vozes discordantes a rotularem esta ideia como racista, xenófoba etc; mas convido-os a colocarem a sua ignorância e histeria em pausa, por um minuto: o Estado directamente democrático Judaico, baseado no Torah e nos valores Judaicos, forçam qualquer líder judeu a respeitar os gentios e a proteger os seus Direitos dentro do Estado Judaico. Porquê? Porque esse foi o mandamento divino:

E quando o estrangeiro peregrinar contigo na vossa terra, não o oprimireis. Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo, pois estrangeiros fostes na terra do Egipto: Eu sou o Senhor, vosso D**s. - Levítico 19:33-34

Querendo isto dizer que os gentios têm os mesmos direitos civis e humanos que os Judeus, na Terra de Israel. Embora, também tenham os mesmos deveres...

Israel Não Deve Seguir o Modelo Ocidental

O Estado Judaico é para ser governado com base no Torah, sem se transformar numa Teocracia. Ao aderir à Democracia Directa, abre as portas para o estabelecimento da futura Monarquia (“Porás, certamente sobre ti, aquele que escolher o Senhor, teu Deus” - Deut. 17:15); e antes que os críticos comecem a acusar os Reis/Rainhas de serem corruptos, devo informá-los que devido ao facto do Estado Judaico ter de se basear no Torah, não há como o Monarca ser corrupto porque:

(..) Não multiplicará para si cavalos, (..) Tão pouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie: nem prata, nem ouro multiplicará para si - Deut. 17:16-17

E quem é que deverá garantir que o Rei segue a Lei? O Rabinato (Deut. 17:18); que também deverá certificar-se de que ele tem uma cópia do Torah na sua secretária “e nele lerá, todos os dias da sua vida; para que aprenda a temer o Senhor, seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para fazê-los;” (Deut. 17:19). Será que isto acontece numa Democracia Representativa? Será que um PM/Presidente aceita ser monitorado abertamente pelo Rabinato? Os políticos temem a Deus de tal modo que não sucumbem à corrupção? Não, não e não.

Conclusão

A história mostrou-nos que a Promiscuidade entre a Igreja e o Estado conduz à Opressão e Supressão de Liberdades; mostrou que a Separação da Igreja e Estado conduz à Corrupção, à Perversão e à Erosão da identidade nacional; mas a Complementaridade entre a Igreja e Estado é o Caminho para a Paz e a Prosperidade para todos. Logo, qualquer paradigma democrático que não envolva a complementaridade entre o Governo e o Rabinato não é indicado para o Estado Judaico.


(Imagem[Ed]: Eleitor Israelita - JPost)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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