Os Resistentes Démodés: Russos, Políticos e Feministas


Apesar das muitas transformações que o mundo tem vindo a assistir ao longo dos anos, há uma série de elementos que têm vindo a resistir à onda da mudança: a Rússia, os Políticos e as chamadas Feministas.

Elemento Resistente à Transformação #1: Rússia

A Rússia é o perfeito exemplo de um país que recusa entrar na nova era, já que se sente substancialmente confortável em fazer as coisas à moda antiga. Sim, é verdade que o Presidente Putin aprecia repetir as palavras “Nova Ordem Mundial” e dar-nos lições de moral política (leia-se antes, amoral) mas a verdade é que Vladimir Putin promove a “Velha Ordem Mundial” (ao consistentemente reencenar a Guerra Fria) e demonstra uma total falta de moral na maneira como se orienta na arena governamental.

Por exemplo, se ele estivesse verdadeiramente interessado na nova ordem mundial ele largaria a sua posição absurda de “não-alinhado” e trabalharia com os EUA e com Israel para alterar a dinâmica global, mas ao invés o Sr Putin continua a impor-nos as mesmas velhas políticas soviéticas – e.g. vender armas nos países africanos e a alimentar conflitos, vender armas no Médio Oriente e a sustentar conflitos, nutrir tensões com a América e com a Europa, manter uma relação de amor-ódio com a China e outra de oportunismo com a Índia, utilizar terroristas como instrumento de Política Externa e bravata – o que mostra que Vlad Putin rege-se pelo axioma “a política é a arte do engano”.

Elemento Resistente à Transformação #2: Políticos (e Celebridades)

A pior prova de resistência à mudança é o modo como os políticos e celebridades (não que a opinião política destas seja de grande relevância) insistem em fazer demagogia barata ao reescrever a definição das palavras: por exemplo, porque é que insistem em dizer que o populismo é anti-democrático quando Populismo é a própria definição de Democracia? (Ler Aqui)

Desde quando é começámos a odiar a nossa nação? Quando é que deixámos de ser patriotas? Quando é que as fronteiras deixaram de ser um assunto de segurança nacional para passar a ser um assunto de direitos humanos? Quando é que foi que perdemos o senso comum?

As auto-proclamadas elites têm de se conformar com o facto de que o multiculturalismo falhou, que o teste para o governo mundial falhou, que o grande projecto socialista universal falhou: as pessoas querem os seus países de volta. Mas o que é mais surpreendente é que só os ocidentais, africanos e latino-americanos é que são obrigados a submeterem-se ao multiculturalismo porque já o mundo árabe e a Ásia não são – porquê dois pesos e duas medidas? As pessoas querem os seus países de volta, querem a sua cultura, a sua identidade, as suas tradições de volta. Nas presentes circunstâncias, torna-se necessária uma forma saudável de nacionalismo (i.e. tudo o que seja contrário ao socialismo nacionalista) – ainda estou a verificar se o que se está a passar, ou seja a tentativa de assimilação à força, não é uma espécie de vingança contra o “homem branco”, e se for então será a empreitada mais idiota e racista de todos os tempos e eu, enquanto mulata e judia, irei lutar contra esse absurdo.

Elemento Resistente à Transformação #3: Feministas

O que é exactamente o feminismo hoje em dia? Quando eu era pequena, costumava pensar que o feminismo era a defesa dos direitos das mulheres: o direito e a liberdade de se ser aquilo que a sua mente almejar de modo a contribuir de forma positiva para o melhoramento da humanidade. Mas ao crescer apercebi-me que o feminismo se transformou em algo obsceno e grotesco: optar por matar bébés (como meio de contracepção), apanhar todas as DSTs possíveis e imagináveis (porque é a 'liberdade'), mostrar a sua nudez no Instagram e nas revistas (porque na sua cabecinha é um sinal de poder feminino), competir com os homens, agir como os homens (que déclassé) e basicamente diminuírem o seu estatuto enquanto mulheres. De repente, ser uma senhora de classe tornou-se sinónimo de opressão...vejam lá se isto cabe na cabeça de alguém.

Já todos vimos os efeitos nefastos da grande revolução estudantil de 1968. Se olharmos bem para a história da humanidade, poderemos dizer com toda a sinceridade que a emancipação das mulheres começou no fim do século XIX e que Maio de 1968 trouxe-nos mais doenças, homicídio em massa (i.e. abortos sem sentido médico) e desequilíbrio. Eis-nos em 2017, e sobre o quê que as feministas discutem? Se uma sessão fotográfica de uma qualquer celebridade representa o verdadeiro feminismo ou não. Deus tenha misericórdia...

As feministas devem mas é atinar, parar de insultar a nossa inteligência e voltar para a toca até arranjarem uma estratégia decente para lutar pelos verdadeiros direitos das mulheres. Neste momento, elas não são nada como as Sufragistas e já estamos cansados delas e da sua retórica obsoleta.

Conclusão

Estamos num período de transição. Compreendo que os seres humanos estejam reticentes em deixar a sua zona de conforto (mesmo que essa zona lhes seja nociva), mas a mudança é boa, é necessária, por isso não se gladiem contra ela – até porque desta vez é fútil fazê-lo.

A Rússia deveria deixar-se de paroxismos soviéticos e juntar-se à Força; os políticos deveriam abandonar as suas agonias demagógicas e servir os interesses nacionais do povo; as celebridades dever-se-iam calar em público; e as feministas deveriam buscar a cura para a sua histeria cansativa, compulsiva e démodé.


(Image: Ventos Fortes - Ivan Aivazovsky)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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