Família, Realidade ou Utopia?

Pigmalião e Galatea - Ernest Normand

Na semana que passou, o furo jornalistíco foi a coscuvilhice em torno da vida do ex-deputado, e ex-ministro da cultura, dum governo socialista, o professor Manuel Maria Carrilho. No domingo, dia 3 de Novembro, o canal CM estava a repetir uma entrevista que havia sido feita ao mesmo. Alguém chamou a minha atenção para o facto e pedi que ma gravassem.
Por associação, ocorreu-me de que as famílias patriarcais são formadas por duas espécies de homens:

  1. O hematófago: aquele pai que passa a maior parte da sua vida frustrado e naturalmente belicoso, julgador, jurado e carrasco da sua família. É um desconhecedor nato das regras da boa convivência; impõe-se ostensivamente contra a sua mulher, diante dos filhos; manda calar as filhas por dá cá aquela palha; influencia pobremente os seus filhos, incitando-os na busca de situações conflituosas. 
  2. O vaginal: aquele pai cujo ponto de honra é o respeito pela sua casa; porque os varões da sua família assim o faziam. É o protector da sua mulher, filhas e, ensina os seus filhos o senso da cortesia para com o próximo. Olha para a sua mulher como uma companheira de jornada, com quem divide a missão da educação das crianças; e é geralmente o maior provedor da família.  

Quando tive a chance de ver o DVR, logo de início fiquei desconfiada com o curso que a entrevista poderia seguir, porque se a instituição “Família” é um dos valores mais sagrados da humanidade - o epicentro da essência do ser, que pode elevar ou destruir um homem; onde o laço de pertença absoluta e seus condicionalismos transformam o homem num parâmetro da subjectividade - então, porque raio (perante um tópico tão sério como a violência doméstica) estava a entrevistadora vestida, e sentada, como se estivesse no Happy Hour num bar do Intendente? O mundo está perdido – pensei eu – porque mesmo a vestimenta do professor era a de um vendedor de automóveis ou de banha da cobra no final do expediente. Enfim..!

Pelo que ouvi na gravação, o que foi apregoado na Media pela sua ex-mulher e pela que está prestes a sê-lo, forcei-me a concluir que o ex-ministro da cultura tem propensão para escolher companheiras, aparentemente, mal resolvidas.
Hum... Será? Elas serão mesmo “doidas varridas” – palavras do ex-ministro  – ou o transtorno emocional das suas ex-mulheres – estranhamente, afectadas de modo similar – terá sido causado pelo complexo de pigmalião de que parece padecer o professor Manuel Maria Carrillo?

Caro Manuel Maria, se bem me lembro, através da Media, o começo da sua relação com a apresentadora de televisão Bárbara Guimarães, não foi auspicioso. Contudo, por conveniência mútua os dois foram em frente: o senhor (PS) para ter acesso garantido aos microfones da televisão; ela, para subir na escala social – mesmo sabendo que estava às portas de cometer o crime de bigamia, arrastando na lama o bom nome do seu primeiro marido – foi adiante e casou consigo para circular nas altas esferas e alcançar a tão desejada visibilidade.

Não sei se o professor Manuel Maria Carrillo espancou a sua mulher ou não; nalgumas partes da entrevista até me pareceu ser um homem vaginal – but again os psicopatas também parecem sê-lo – seja como fôr, a falta de cortesia no modo como se referiu à sua outra ex-mulher; as coisas horrorosas que foram pronunciadas, pela sua boca, acerca da mãe dos seus filhos, aos quais diz tanto amar; o alegado alcoolismo acompanhado de comprimidos e deficiência alimentar auto-imposta etc; o senhor quanto a mim não está isento de culpa porque a sua obrigação como um homem culto – assim se intitula v.exa. – teria sido sair porta fora com as duas crianças e, pedir a custódia temporária. Convenhamos: noblesse oblige que se protejam os menores das merdas dos ditos adultos.
O Manuel Maria é culpado pela arruaça, porque devido ao seu complexo de superioridade pôs a nú a sua impaciência, perdeu o contrôle dos músculos labiais e pôs-se a destilar veneno da vida privada em plena praça pública; acabando por enxovalhar a instituição familiar que tanto diz prezar.

Neste mundo em que já legalizámos o aborto, o casamento gay, a marijuana; e aos muçulmanos é-lhes universalmente permitido exercerem livremente o seu direito à inquisição; porque razão a violência doméstica ainda impera?
Porque os pais são uns cons; as mães são umas connasses; os filhos são duplamente cons; e as filhas são as vítimas, com embargo na voz, que gritam: "Ó connasse que não ganhas para a donasse!"

Até para a semana...

Comentários

  1. Olá Lenny,

    Não estou ao corrente desta fofoca. Com que então a Bárbara Guimarães separou-se? Coitados dos filhos.
    Gostei dos dois tipos de pais de família: hematófago e vaginal. O primeiro é uma vergonha que ensina às filhas que serem abusadas por homens é normal; o segundo é uma rara preciosidade. Eu vim de uma família matriarcal, por isso, foi interessante aprender mais sobre o sistema patriarcal...

    LOL Lenny, adorei o fim...ri-me imenso LOL.

    Bom fim-de-semana e beijocas

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    1. Olá,Max!

      Eu também adorei o fim...ri-me imenso a escrevê-lo ROFL.

      Boa semana de trabalho e bjcas

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  2. Eu vi essa entrevista, foi uma vergonha! O homenzinho estava para ali a fazer-se de santo ao mesmo tempo que humilhava a mãe dos filhos na televisão! Epá, não sei se o que ela diz é verdade (porque convenhamos ela não é exactamente o modelo da honestidade) mas o que o homem está a fazer não se faz...não tanto por ela, mas pelos miúdos. E ela também não tem respeito nenhum pelas crianças que pariu, o que torna a coisa pior! "Ó connasse que não ganhas para a donasse!" HAHAHAHAHAHAH esta matou-me por completo!
    Shabbat Shalom!

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    1. Olá, Ana!

      Yah, o homem é terrível; vista aquele golpe baixo, quando ele afirmou que a sua futura ex-esposa não queria apresentar o programa XFactor com um tal Manzano? How low can one go...right?

      Boa semana de trabalho!

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    2. Lenny, é João Manzarra - vê-se que vês muito os canais generalistas lol.

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  3. Olhe Lenny, não conheço a Babs para estar aqui a falar dela mas conheço a cara da Babs e se eu fosse marido dela também me sentiria incomodado com aquela cara cheia de botox. Quer dizer, a fulana está horrível. Quanto ao ex-ministro da cultura, eu como homem devo dizer que achei aquela entrevista uma pouca vergonha porque um homem de verdade não discute a sua vida particular em público. E nada mais tenho a dizer.

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    1. João Pedro, falou uma grande verdade: um homem de verdade não discute a sua vida particular em público! Já não há decoro, digo-lhe eu.

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    2. Olá, João Pedro!

      Ó meu caro João Pedro, ao casal falta-lhe classe e auto-domínio; nunca vi coisa igual...!

      Obrigada pelo seu comentário e boa semana de trabalho!

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  4. Caramba, pensava que só eu é que tinha reparado na indumentária da menina jornalista: mas o que era aquilo? Ela trabalha mesmo lá ou foram buscar a senhorita à rua dos Anjos? Claro, o bom professor só se sentia compelido a tratá-la por tu hahaha.
    Olhem, não me meto na vida de ninguém e agradeceria que as pessoas não me impingissem a sua vida, que é o caso destes dois! Portugal não quer saber de vocês para nada!

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    1. Um leitor interessado8 de novembro de 2013 às 20:35

      Há Fadista!!

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    2. Olá, Anónimo!

      Muito bem dito!

      Esperemos que as rádios e televisões nos deixem em paz com esta história horrorosa.

      Um abraço!

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  5. Lenny, tudo o que posso fazer é rezar por esta pobre família. Não vi a entrevista, e pouco mais li acerca do assunto mas pelo que sei isto é uma vergonha! Então não é que o ex ministro até falou em tentativa de violação e bebedeiras? Mas já não há pudor nem decoro? E também ouvi ouvi dizer que ela também anda a ter comportamentos indecorosos; pobrezinhas das crianças, Lenny! Oremos irmãos! E oremos também pela nossa amiga Lenny porque a sua língua está a precisar de pimenta...

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    1. Olá, Maria Joaquina!

      Não perdeu grande coisa, a entrevista foi grotesca.

      O ex marido deveria tê-la aconselhado a fazer terapia; essas vivências são aterradoras: pobre mulher!

      As minhas orações são todas pelos dois pequenos!

      Ó pá às vezes a minha língua atraiçoa-me; mas aceito as orações: obrigada, minha cara!

      Bjcas e até Sexta-feira!

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  6. Um leitor interessado8 de novembro de 2013 às 20:40

    Ainda me lembro quando a Bárbara Guimarães pregou aquela partida ao Miguel Ramos. Epá, cá se fazem cá se pagam; tá ver, Lenny?
    Eu não acredito que o Manel Maria tenha alguma vez açoitado aquela fulana, Lenny. Cá para mim, ele avançou para outra (sóbria, que coma comida em vez de comprimidos, carinhosa, que não queira estar sempre na ribalta, que saiba ler etc), ela não gostou e resolveu vingar-se na única coisa que ele realmente ama naquela relação: as crianças. Uma mãe digna não usa as crianças contra o pai, não estão de acordo?

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    1. Olá, leitor interessado!

      Como diriam oa anglo-saxónicos: "karma is a bitch"!

      Quando dois idiotas lutam quem paga são os pequenos.

      Eu estou de acordo, a Segurança Social deveria ir buscar os pequenos e entregá.los a alguém da família que seja responsável.

      Obrigada pelo seu comentário

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  7. Epá, o que foi que eu perdi? Não vi a entrevista mas a conversa aqui está óptima!!
    Ainda me lembro da menina Bárbara ter enganado o seu primeiro marido com o futuro segundo, por isso a Lenny tem razão: o karma é lixado!

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