A Morte da Língua Portuguesa: Solução do Jogo



Eis aqui a solução do desafio apresentado na semana passada:

"Em suma, esta geração nova sente a necessidade do divino. A ciência não faltou, é certo, às promessas que lhe fez: mas é certo também que o telefone, o fonógrafo, os motores explosivos e a série dos éteres não bastam a calmar e a dar felicidade a estes corações moços. Além disso, eles sofrem desta posição ínfima e zoológica a que a ciência reduziu o homem, despojado por ela da antiga grandeza das suas origens e dos seus privilégios de imortalidade espiritual. É desagradável, para quem sente a alma bem conformada, descender apenas to protoplasma; e mais desagradável ter o fim que tem uma couve, a quem não cabe outra esperança senão renascer como couve.
O homem contemporâneo está evidentemente sentindo uma saudade dos tempos gloriosos em que ele era a criatura nobre feita por Deus (...)"

(in O Mandarim de Eça de Queirós)

Necessidade: a letra c quando acoplada com as letras e e i não leva cedilha. 
Às: a palavra hàs não existe. Hás é do verbo haver (segunda pessoa do singular) e leva sempre acento agudo, e neste caso a palavra certa é às (preposição). 
Posição: claro que o substantivo posição não leva duplo s
Ciência: a palavra siência não existe.
Senão: a palavra çenão também não existe na língua Portuguesa.
Contemporâneo: esta é a maneira correcta de escrever este adjectivo.
Sentido: no jogo esta palavra apresentava-se como uma gralha por troca de posição. 

Assalto X

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