Eventualidades


Gostaria de dedicar este pequeno conto à Liza.

Está uma tarde solarenga. Tu e eu estamos sentados numa imensa núvem branca a olhar para baixo...observamos a terra como se fosse um filme. Digo-te para escolher uma pessoa, qualquer pessoa; alguém que possamos ajudar hoje. Escolhes a Elaine.

Elaine é uma jovem baixa, magra, de cabelos castanhos, olhos verdes provocadores, um nariz pequeno, lábios carnudos e rosa, uns dentes lindos, um sorriso que ilumina o mundo e uma inteligência de raposa. É casada com o Christian, um jovem alto, elegante, com cabelos castanhos, uns olhos castanhos penetrantes, um nariz perfectus romanus, lábios apetitosos, dentes lindos, um sorriso que atrai o mulherio e uma intelectualidade de génio.
São um casal extremamente feliz, que vive na sua nova casa (no campo). Elaine adora ler debaixo de uma enorme árvore que habita no centro da sua propriedade contemplando tudo e todos à sua volta, enquanto estica os seus enormes ramos e folhagem como se estivesse a louvar ao Senhor pela sua divina existência.

Um dia, vêmo-la sob a árvore a ler “O retrato de Dorian Gray” e apercebemo-nos de que um homem se aproxima dela…não gostamos nada disto [a nossa núvem começa a estremecer...as energias não são nada boas].
«Boa tarde, senhorita!» diz um jovem alto, gorducho, loiro com olhos de um azul horripilante e um sorriso arrepiante. «Boa tarde, e o senhor quererá dizer senhora!» responde Elaine, «Ah, sim...Senhora Goldfinger!» «Será que poderia perguntar-lhe como teve conhecimento do meu nome?» perguntou desconfiada enquanto se levantava [ao mesmo tempo olha em volta para o caso de ter de fugir] «Disse-me o seu ex-vizinho...tá a ver, eu comprei esta propriedade aqui ao lado [aponta para Este] agora somos vizinhos!» Elaine tenta esboçar um sorriso, sem sucesso algum; sente uma mão no seu ombro e, assustada vira-se «Christian! És tu!» o marido sorri «O que foi, meu amor? Claro que sou eu, quem mais?» beijam-se e Elaine segura-lhe a mão «Christian, este é o nosso novo vizinho…o Sr…perdoe-me, mas não captei o seu nome...» [o vizinho sorri] «Não captou porque fui tão mal educado que falhei em não me apresentar…chamo-me Ernest Klein, como está?» Christian dá um aperto de mão ao seu vizinho e, sente más vibrações «Prazer em conhecê-lo [sorrindo], Sr. Klein. Elaine, querida, temos de ir...já estamos atrasados!» «Ah, é verdade! Sr. Klein, foi um verdadeiro prazer conhecê-lo e muito obrigada pela visita!» «O prazer foi todo meu, creia-me!» respondeu Ernest num tom de voz baixo e grave...
[Em casa, enquanto se trocam para sair, Chris e Elaine conversam] «Que homem horrível! Não gosto nada dele...vêm aí problemas, ouve o que te digo!» comenta Elaine «Também não gosto dele, mas que tipo de problemas poderia ele representar?» olham um para o outro em silêncio...após uns segundos «Como é que eu sei? [enfiando-se numas pantalonas] Sou por acaso alguma bruxa?» «Não, não és uma bruxa [puxando-a para si]...tu és o meu amor, o meu lindo amor [beijam-se]!»...
De longe, o Sr. Klein observa-os através de uns binóculos enquanto ri «Ah, Sra Godlfinger…aproveita bem o teu co-copulador enquanto podes…porque em breve vais ser minha!!»

Tu e eu entreolhamo-nos. O que fazer? Eu proponho-te duas opções, tu escolhes uma e depois a história poderá prosseguir...

A) Livramo-nos do Klein sem mais explicações, poupando o casal de problemas.
B) Antes de nos livrarmos dele queremos saber o porquê da sua obsessão pela Elaine, e depois logo vemos como ajudar o jovem casal.

[A opção mais escolhida sera a que contribuirá para o fim deste conto].

Próximo Episódio: Armação e Traição

Imagem: David de Caravaggio

Comentários

  1. A nossa núvem começa a estremecer novamente...as energias não são realmente nada boas. O que faremos? Desceremos do nosso observatório tomando postos para cumprir a nossa verdadeira missão ou ficaremos apenas observando.
    Na realidade vamos esperar a próxima ação e no que depender de nós, Ernest Klein nunca chegará perto Elaine Goldfinger.


    Max!! Eu não sou boa contadora de histórias!
    Boa semana! Beijus

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  2. Oi Luma,

    "Na realidade vamos esperar a próxima ação e no que depender de nós, Ernest Klein nunca chegará perto Elaine Goldfinger." - assim será!!

    Luma, eu acho que és óptima contadora de histórias :D! Obrigada pela contribuição ;D!

    Obrigadão, tem uma boa semana também tu, linda!

    Beijos

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  3. Grazie Max!
    per il commento.
    Io sono triste e sconvolta non solo che mi manca "ArouetVoltaire" ma anche perchè io ho sempre figgito dalla vita connettendo rete, e non avrei mai immaginato che anche nel Web la gente muore,
    e ti lascia....
    panico, dolore...
    Lui era però un genio di scrittura e intelligenza. Ottima persona.
    a presto

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  4. Hanna,

    Non c'è di che, caríssima!

    "Io sono triste e sconvolta non solo che mi manca "ArouetVoltaire" ma anche perchè io ho sempre figgito dalla vita connettendo rete, e non avrei mai immaginato che anche nel Web la gente muore, e ti lascia.... panico, dolore..." - soltanto posso immaginarlo, bella! Ma è vero, la morte (che è una parte della vita) ci caccia da che nasciamo fino a che partiamo...è inevitabile. In Portogalo dicono che la unica cosa certa in questa vita à la morte (ciò e le tasse). Avendo detto questo, possiamo tentare di scapare dalla vita comunque tutti i suoi componenti ci perseguono...sempre!

    "Lui era però un genio di scrittura e intelligenza. Ottima persona." - ci credo! :) E penso che sará mancato!

    A presto, Hanna!

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