A Economia, o Governo e Homens Nobres


De Max Coutinho

3 temas serão abordados de modo rápido:

  1. Os Turistas alimentam a economia do país


Foi publicado um artigo na media portuguesa dizendo que qualquer aversão aos turistas e residentes gold é um erro porque não só compram casas como também compram comida e roupa. Que argumento tão obtuso. 


Pessoas que não querem viver em portugal, que nem sequer fazem o mínimo esforço para aprender a nossa língua, mas que compram imóveis para ter um cartão de residência, empurrando assim os preços das casas para cima, e empurrando os “verdadeiros” residentes e as pessoas para fora das cidades, simplesmente para seu conforto e benefício; estes é que são os verdadeiros alimentadores da economia de um país?


Esqueçam as estatísticas; trabalhemos com o bom senso: se sou um cidadão nacional ou se eu vivo num país por mais de cinco anos, trabalho ali, pago os meus impostos, arrendo uma casa, compro uma casa, faço compras, inscrevo as crianças na escola, pago as propinas, vou ao cinema, compro coisas para a casa quase todos os dias, compro café, água, sandes, gelado etc…eu alimento a economia. Eu alimento a segurança social. Eu contribuo para a Segurança Nacional do país. Confiar somente no turismo e nos residentes gold não é algo sustentável a longo prazo. 


  1. O governo está a disponibilizar casas mas…


Quando o Primeiro Ministro Português, António Costa, anunciou que o seu governo iria finalmente abordar a Crise de Habitação nas grandes cidades, tivemos uma sensação de alegria: finalmente um governo socialista teria a fortitude testicular para fazer o que está certo. 


Quão errados estávamos. 


Na semana passada, o governo anunciou que iria arrendar casas aos proprietários para os subarrendar aos cidadãos e, também, disponibilizar os prédios vazios do estado. Armadilha: a atribuição será feito por concurso. Desculpem? Em quê é que isso irá resolver o problema?


Os seres humanos têm muitos problemas em aprender com os erros. Já existem programas de habitação que supostamente dão casas aos mais desfavorecidos, só que os socialmente vulneráveis nunca recebem tais casas:


  • Idosos com filhos com problemas psiquiátricos

  • Idosos a viver sozinhos

  • Residentes estrangeiros que precisam de um empurrão e agora dormem nas ruas ainda que tenham um emprego

  • Famílias que vivem em centro de acolhimento (CAES)

  • Jovens que ganham salário mínimo e são forçados a viver em condições inaceitáveis


O Estado coloca tais indivíduos em hosteis, em centros de dia, e em lugares horriveis onde a humilhação humana é indescritível…


  1. O que faz um homem?


Não necessariamente um orgão masculino. Hoje em dia, qualquer um pode ter um phallus e não são necessariamente um homem. 


Ser um homem é algo mais complexo e interessante, e quando se comportam como bestas é porque não entendem a nobreza contida num grande homem. 


Tive o prazer de conhecer grandes e nobres homens; homens que elevam as mulheres ao seu estatuto de co-adjuvantes, homens que reconhecem o valor e papel de uma mulher na sociedade. É uma verdadeira honra trabalhar com tais homens.

Também já tive o desprazer que conhecer homenzinhos pequenos e mesquinhos; homenzinhos que reduzem as mulheres a um estatuto de objectos sexuais, de algo que deva ser usado e exibido como um troféu…criaturas desprezíveis. 


Conclusão


Os Países, principalmente Portugal, devem parar de ter comportamentos saloios, provincianos, ao pensar que tudo o que é estrangeiro é que é bom. Portugal poderia ser um país soberbo se tivesse as pessoas certas ao elmo - pessoas que realmente amam o país e que não o vendem por meia moeda de ouro. 


Um Governo está ali para servir o povo. Qualquer nova política criada deve refletir esse objectivo, e não intensificar a corrupção de um sistema já por si profundamente corrupto. O governo faz bem em disponibilizar casas mas deve fazê-lo para toda a gente que tenha meios para as arrendar - o salário mínimo é €760; as pessoas que o auferem também têm direto de arrendar uma casa decente. É uma premissa muito simples. 


Homens nobres permitiram que o feminismo de treta lhes fizesse sombra. Homens de verdade, independentemente da classe social e estatuto, devem voltar à superfície e retomar o seu lugar na sociedade. 


(Imagem: Instrumentos Musicais - Evaristo Baschenis)

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