O Que os Portugueses Realmente Querem...



De Lenny Hannah

Portugal, país de: D. Afonso Henriques, D. Sebastião, Viriato, Nuno Álvares Pereira, padeira de Aljubarrota, dos Bravos de Ourique em 1640, D. Carlos IV, António Oliveira Salazar, José Sócrates, meu e do povo português; pois bem a nação está novamente num tropel; anda pra aí um zum-zum, os brandos costumes transformaram-se em azedume contra quase tudo e, sobretudo, contra o governo.

Imagine-se que o governo de António Costa fez questão de chamar a si o controle de um negócio tão escorregadio como é o da aviação (TAP), no entanto permite que os portugueses sejam extorquidos desalmadamente pela EDP do governo da China. 

Entendo o mecanismo intrínseco ao mercado livre e suas leis, mas isto não significa que o governo permita que o povo seja manietado, explorado e espoliado:
  1. Quando os burocratas da União Europeia acham que os produtores duma determinada mercadoria, não estão alinhados com eles, sem mais nem porquê, os preços desse produto disparam injustificadamente, e o povo como precisa: paga!
  2. O salário mínimo aumenta e nesse mesmo instante os preços em tudo sobem, conclusão: o aumento salarial foi um engodo para o governo agastar o povo e pilhar em mais uma taxa e outra; e o povo agradecido pelo presente envenenado: paga!
  3. Nas ATM pode-se levantar €400 por dia, mas quando é preciso uma quantia maior, a pessoa dirige-se à caixa onde após “consentimento” exige-se uma taxa de €5. Nota bene - não existe outra alternativa e o cliente de mãos atadas: paga!
  4. Os senhorios andam a gozar com isto tudo, as Câmaras andam a fazer fitas com o seu património, a Santa Casa da Misericórdia tornou-se agência só para turistas ricos, pois dá-se à impiedade de alugar duas assoalhadas sem mobília por exorbitantes €900 - compreendo que a Santa Casa da Misericórdia tenha mais funcionários que pobres: muita aposentadoria para pagar.

Mas afinal quem herdou e vela por este país? Não é certamente as gentes dos variados Visas que por aí andam, nem tão pouco os estrangeiros que aqui gravitam e exibem um desrespeito latente pelos portugueses. 

Este país é dos lusitanos e seus descendentes que com guerra, morte, feridas, suor e lágrimas vão continuar a defendê-lo até a destruição desta galáxia.

Portanto, o povo exige que o governo de Portugal se deixe de merdas como é esta esmola anunciada pelo primeiro-ministro e seus acólitos; o povo está farto de medidas a pressão; o que o povo precisa são soluções estáveis e duradouras como, por exemplo, leis em que o povo seja sempre posto à frente de tudo;  porque sem o povo não há mercado de espécie alguma.
Então, o que o povo português quer mesmo é: 
  • Habitação para todos, onde possam copular e constituir família
  • Trabalho com um salário mínimo de €1000 para fazer girar a economia 
  • Respeito pelos idosos que agora correm o risco de viver até aos 100 anos, logo as reformas mais baixas devem estar sempre em paridade com o salário mínimo nacional
  • O IRC deve baixar para 15%
  • O IVA nos bens essenciais (água, luz, gás, gasolina, alimentação, fraldas para crianças e incontinentes, alimentação infantil, vestuário infantil, medicamentos) deve baixar para 10%
  • Toda a gente sem excepção paga imposto e tudo se equilibra.     
Posto isto, o Primeiro-ministro que faça o favor de pegar nos seus subsídios-esmola (€125) e metê-los no…saco azul, visto que é mais uma daquelas merdas!

Até para a semana 
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(Foto: Ponte da Arrábida, Porto - Acordo Itinerante)

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Comentários

  1. Olá Lenny,

    O povo anda agressivo em Portugal, sim. E compreende-se que assim seja porque a situação não está nada boa. Em Lisboa, não há casas: há gente a dormir nas ruas porque não conseguem alugar casa (pedem contrato de trabalho e prova de rendimentos...ora como é que um imigrante acabado de chegar pode apresentar tais documentos? E se tem a prova de rendimentos, cobram 6 meses ou 1 ano de renda adiantado...WTF?) ou já não podem pagar os preços exorbitantes dos hostels...enfim.

    Ao mesmo tempo o governo diz precisar de mais imigrantes para trabalhar: onde vão viver?

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