O Hipotético Discurso do Chega

De Lenny Hannah

"Portugueses!

Todos vós sabeis que a minha herança política é baseada no ideal da social democracia e não no nacional-socialismo.

A política em Portugal estagnou. Está um lamaçal e o facto de o meu partido desejar a mudança, originou uma onda de medo e terror, e logo todas as facções políticas (inclusive o Partido onde militei anos a fio) entenderam por bem apelidar o Partido Chega de extrema direita. Seja! Mas antes deverão provar sem margem para dúvidas que latentemente e/ou ao pé da letra os nossos Estatutos e Princípios advogam o seguinte: 

1. Superioridade da raça caucasiana

2. Discriminação e xenofobia sobre tudo que não seja genuinamente português 

3. Asfixiar social e psicologicamente todo o estrangeiro não europeu

4. Não à imigração ordeira e controlada

5. Empregos só para portugueses (ainda que incapazes)

6. Vedar o acesso a educação, saúde e habitação aos imigrantes

7. Portugueses de segunda ocuparão postos de trabalho preteridos pelos Lusitano

Pois...e muitas outras práticas que são apanágio dos inscritos na Internacional Socialista (IS); por favor provem-no, não se reservem somente à capciosidade, provem-no e se assim for, o Partido Chega dissolver-se-á nesse mesmo instante."

O nosso Partido arroga-se como defensor da democracia e toda a sua componente; a Liberdade de Expressão é a alma de todo o processo democrático, através dela faz-se luz e por vezes através dela também se recorre ao assassinato de carácter: é inegável.

Em todas as civilizações sem excepção, o pensamento é entendido como o impulsionador do intelecto e a critica é compreendida como um instrumento de mudança, ora a interacção destes dois mecanismos pode ser irradiante ou nefasta. Se for a última, quem deve actuar é a Lei mais os seus infindáveis artigos.

Veja-se como é a ironia da democracia, as redes sociais foram quase todas elas criadas por gente alinhada com a esquerda com a âmago de dar voz a qualquer um; ah…

A Lei é prevalecente, não é uma rede social seja lá qual for que polícia os seus utilizadores, clientes e quiçá accionistas anónimos. Os ditos Community Standards não devem presumir que as pessoas sejam imbecis e que por sistema sigam o negativo ou o mal. Por exemplo, os meus princípios não aceitam de modo algum que fique impávido e sereno perante o extermínio dum povo, nem que me cale perante injustiça clamorosa: tenho sempre que expressar a minha indignidade.

Não tenho que fingir que aceito o multiculturalismo porque sempre que possa e me apeteça quero visitar outros países e, por uns tempos viver diferentemente daquilo a que estou habituado; não aceito o multilateralismo porque não concebo a formatação do ser humano pois somos todos diferentes - a única semelhança é o humanismo; o globalismo ou globalização foi iniciada única e exclusivamente pelos descobrimentos portugueses e infelizmente descambou para o torto porque em vez de comércio/mercantilismo com outros povos implantou-se a colonização e a mais vil e tortuosa desumanização do ser humano: escravatura.

Portugueses, sim, eu estou apostado em mudar Portugal. Se através da  governação me vier a tornar um ébrio o povo, o verdadeiro detentor do poder, dentro da lei (manifestações ordeiras, petições em tribunais, incitamento a rebelião inteligível) poderia destituir-me e eu com o rabo entre as pernas e com a cara coberta de vergonha partiria porque não tinha direito de desgraçar o povo e a nação portuguesa.

Estou aqui para ficar até que o povo me conceda a grandeza de o servir e desde já aviso que pretendo salvaguardar e fazer respeitar o direitos democrático e suas extensões na sua inteireza. Comigo o povo não será marioneta de ninguém, não possuo intenções ulteriores nem posteriores: o que for assim será.

Não se preocupem com o Twitter nem com o Facebook pois não sou manejável e como diz a Lenny não tenho pejo nenhum em regressar ao básico se preciso for.

Muito obrigado pelo vosso tempo e sempre ao dispôr."

Até para a semana

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