Estado da Nação: Viver Sob Medo Razoável



De Lenny Hannah


O Governo dum país não é o conjunto de indivíduos que rotativa e aparentemente gerem os negócios da nação. O Governo dum Estado é o povo, o soldado, a polícia, o tribunal e o político. Mas então porquê que em certos países esta parceria parece resultar melhor que noutros? A resposta é o medo.


Medo? Sim medo, obviamente não me refiro ao terror instado num povo por um qualquer descompensado que, quando se senta na cadeira do poder, acha que tudo pode, inclusive assassinar famílias inteiras só porque um dos membros se atreveu a criticar os seus métodos políticos.


Falo do medo razoável, uma tecnicalidade que deveria somente ser aplicada para salvar e preservar a República e/ou a Monarquia.


Exemplo concreto: Portugal precisa de um (1) milhão e quinhentos (500) mil imigrantes clandestinos para poder equilibrar as contas da divisão da Segurança Social (ISS). Ora, é do conhecimento geral e está estabelecido que antes da obtenção do Título de Residência, os imigrantes durante mais ou menos 24 meses têm de descontar para a ISS. Não vou aqui emitir nenhum juízo de valor; a coisa está assim truncada, logo, tudo o que o imigrante tem a fazer é jogar o jogo até conseguir o que pretende.


Pelo acima exposto depreende-se que assim seja por uma questão de segurança ou interesse nacionais. O problema é que aqueles não conseguem, em Portugal, empregos que noutros países são exactamente atribuídos a tais sujeitos.  


Desde quando é que é preciso falar português para: limpar o chão, lavar loiça, limpar escritórios e limpar escadas? 


Os cofres da ISS precisam do serviço dos ditos imigrantes, mas em vez de lhes oferecermos a cenoura, estamos sadicamente a dar-lhes chicotadas gratuitas. Porquê? Porque pelos vistos porque não temos a mecânica governamental bem instrumentalizada: falta o factor medo.


Já os ouço a chamarem-me fascista, Andreia Ventura e idiotices que tais.


Eu só quero saber onde está aquele funcionário público que é só e exclusivamente por Portugal e pela República? 


Aquele indivíduo que se está pouco marimbando para os partidos políticos, grupos de pressão e ONGS. Onde, onde, anda aquele tipo zeloso da nação que quando abre a boca, o corrupto sabe que não tem chance de se safar?


São esses olhos que deveriam escrutinar os olhos dos políticos e dizer: alto e pára o fandango! Se isto é para o interesse nacional, vai-se sussurrar nos ouvidos da colectividade empresarial para que facilitem empregos no ramo da higienização deste país.


Caros leitores, espero não estar a chocá-los pela minha apologia ao medo razoável, pois não é para perpetuar nenhum elemento no poder, é tão unicamente para a defesa do Governo e da República.


Até para a semana


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Comentários

  1. Olá Lenny,

    A falta de coordenação entre os planos do Governo e as entidades patronais é chocante. Não sei, parece que em Portugal há uma descoordenação sistemática que só oferece uma má impressão do país. Como se explica que convidemos estas pessoas a virem, que as nossas leis sejam menos rigorosas que as da Alemanha e Itália, por exemplo, e no entanto sejamos tão maus a integrar e a legalizar estas pessoas (depois de auferirmos de milhares de milhões em contribuições para a Segurança Social)?

    Que tipo de mensagem estamos a enviar? E depois já não falo da corrupção que acompanha todo este processo...enfim.

    Bom trabalho como sempre. Obrigada, Lenny! :D

    Shabbat Shalom

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  2. Só tenho uma pergunta: e estas pessoas precisam de trabalho para terem a residência, e precisam de descontar para o mesmo efeito, como é que é suposto atingirem o objectivo se ninguém lhes der trabalho? O que é que o governo português anda a fazer? Shabbat Shalom!!

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  3. Há muita coisa que deve ser resolvida em Portugal. Há tantas coisas erradas, de raiz, que nem sei como é que este país se manteve de pé durante tanto tempo. Será justo afirmar que em Portugal reina a injustiça?

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