Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas: Ninguém os Viu Chegar...


De Lenny Hannah

Na panela de pressão havia 600 mentes independentes, 600 vontades de ferro, 600 profissionais aparentemente apolíticos, ninguém os conhecia e do nada: bum! Uma aparição que ninguém viu chegar...

O governo estremeceu, o povo viu assombração, as centrais sindicais (UGT [orientação socialista] e INTER SINDICAL [orientação comunista] ) estavam à deriva, incrédulas, e o país paralizou. A nação quis saber:

  • O que são produtos perigosos?
  • Quem são estes camionistas e porque se acham tão especiais?
  • Quem é o líder da matilha?
  • Quem estava a financiar tal paralização?
  • São trabalhadores do sector privado ou público?

Os “finórios” que decidiram ignorar os propósitos dos grevistas, nas bombas de gasolina estavam fulos porque não podiam abastecer o seu pópó; a classe política esquerdóide e alguns sectores da direita começaram a balbuciar incompreensões:

  • Esses trabalhadores são egoístas
  • Esses trabalhadores estão a pôr em perigo a segurança nacional
  • Essa gente vai provocar tumultos em Portugal
  • Essa malta não é razoável
  • Essa gente é um bando de gente à deriva e sem controle, e, e e, eee ....

Meus senhores, não importa se alguns GNR, PSP e Militares (mal preparados para manejar tais materiais) tentaram colmatar as falhas em locais cruciais; não importa se o governo requisitou os serviços mínimos (e pelos vistos não houve meios de os fazer cumprir) porque a esquerda ensinou o povo a perder o respeito pela Autoridade; pois actualmente os direitos humanos sobrepõem-se a tudo. É de tal modo que, um dia destes, ninguém defenderá os países porque o direito das pessoas ao recurso às emoções e às sensações passaram a ser la force majeure, isto é, tudo é orientado e feito segundo as sensibilidades de momento sejam elas políticas, sociais ou ambas.

Estamos em altura de eleições e ninguém quis ser visto a perturbar este aparente espontâneo movimento de trabalhores porque a greve é um direito que lhes está consagrado na Constituição (Artº 57).

Como os políticos são uma fauna incompetente e casmurra, tenho a dizer que se um outro grupo resolver organizar-se tão bem ou melhor ainda que os camioneiros de produtos perigosos de nada serve pensarem em mudar a lei porque ela está bem, obrigada, e recomenda-se. O curso de acção é esquecerem-se dos compadrios e, para variar, servir o povo; por isso, republico o seguinte:

  • Não às leis sobre o ambiente pois só servem para sacar mais dinheiro aos contribuintes (os glaciares estão de volta)
  • Não à doutrinação esquerdista da juventude; que sabe essa tal Greta que com certeza está a ser manipulada por um lunático qualquer? A Greta se quer ser hip que vá para África ajudar os meninos de lá: incentivá-los a estudarem, a explicar-lhes o quão importante é que eles se mantenham nos seus países para os desenvolverem e criar condições humanas como as que ela goza deste lado do mundo.
  • Os jovens da minha família (entre os 10 e os 21 anos) estão terminantemente proíbidos de marcharem pelo ambiente, pelo clima e tolices que tais, pois estão a ser preparados para agir em caso de sobrevivência; caso De*s decida enviar mais uma catástrofe como já o fez no passado, e não há nada que os esquerdistas possam fazer para a impedir.
  • Não à intromissão ostensiva do governo nos hábitos alimentares dos cidadãos, a família que controle os membros do seu clã.
  • Não às ideologias furadas: o socialismo e o comunismo são sistemas insidiosos, ruinosos e regressivos.
  • Sim ao salário minímo de €1.000
  • Sim à criação de condições para que cada trabalhador produza entre duas a três vezes o seu salário.
  • Sim ao pagamento de impostos por todo e cada um dos cidadãos – 10% de imposto sobre os rendimentos, para toda a população activa.
  • Sim à criação de mecanismos práticos e verificáveis para auxiliar os desfavorecidos, não aos ociosos, preguiçosos etc.
  • Sim ao pagamento condigno aos polícias, médicos, enfermeiros, professores, militares equivalente ao que recebem os deputados.

Bom, vou preparar-me para fazer mais maztah para o finalzinho do Pesach.

Até para a semana   

(Imagem: Sindicato Nacional de Motoristas Matérias Perigosas[Ed] - via Google Imagens)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society™ (Grupo ao qual o Etnias pertence). © 2009-2019 Autor/a(es/as) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS]

Comentários

  1. Fiquei bem impressionada com a estratégia deste sindicato com 6 meses de vida. A organização da greve foi impecável, e denotou-se a presença de um grupo de pessoas que usam a cabeça. É refrescante ver que em Portugal também se pode mudar o MO e ser bem sucedido. Parabéns a este novo sindicato.

    ResponderEliminar
  2. Gosto da ideia do salário mínimo a mil euros mas pra isso o governo tem de diminuir o irc para incentivar os patrões ao aumento! Boa sorte!

    ResponderEliminar
  3. Olá Lenny,

    Estou muito interessada em saber quem é este grupo que pôs Portugal de joelhos e conseguiu o que queria. Isto prova que as pessoas só entendem drama e força. E já agora: desde quando é que lutar pelos seus direitos, porque convenhamos que €1.200 é nada para quem tem este tipo de profissão de risco, é ser egoista? Essa é boa.

    Bem que eu gostaria de ver mais portugueses a lutar pela sua vida. Portugal estaria muito melhor, garanto-vos.

    Muito bom trabalho, Lenny, como sempre.

    Beijocas e espero que esses Matzot estivessem bons :).
    Chag Sameach

    ResponderEliminar
  4. Foi bem pensado, minha cara, foi muito bem pensado! Será que este sindicato está ligado aos coletes amarelos? Um abraço JP

    ResponderEliminar
  5. Já estão a ameaçar com novas greves, pá! Acho que leram este artigo e se sentiram inspirados!! Estamos lixados.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

O Etnias: O Bisturi da Sociedade™ aprecia toda a sorte de comentários, já que aqui se defende a liberdade de expressão; contudo, reservamo-nos o direito de apagar Comentos de Trolls; comentários difamatórios e ofensivos (e.g. racistas e anti-Semitas) mais aqueles que contenham asneiras em excesso. Este blog não considera que a vulgaridade esteja protegida pelo direito à liberdade de expressão. Cumprimentos