De Lenny Hannah
Quando vivi em Londres, a minha loja para fora-de-horas era o Harts (uma cadeia alimentar com empregados de classe); o meu supermercado era o Sainsbury, na Cromwell Road, cujas cashiers negras estavam sempre com o semblante carregado - perguntei a uma amiga Zambiana a que se devia aquela animosidade, ela lá me explicou a provação dos caríbenhos em Inglaterra.
No supermercado ficava quase sempre para trás, porque me lembrava de qualquer coisa e voltava atrás para ir buscar. Numa dessas ocasiões, disse em luso ao meu falecido marido (que era branco) e à minha bela filhota “Hey...qualquer caixa menos as das blacks”; uma cashier que por acaso era de Malaca fez sinal aos meus e acabámos sendo servidos por alguém que percebia português, que entendeu quando lhe expliquei o porquê da minha frase, depois disse-me:
Cashier: todos sofremos quando chegámos aqui!
Eu: Claro, é por isso que sou fã da sublimação!
Cashier : Não é fácil; disse sorrindo.
Eu: Não, não é!
Há gente de todos os tamanhos, formas, cores e géneros: dentro destes existem os calmos, nervosos, rudes e vis; mas entre estes os piores são as mulheres.
Local de observação: Repartições Públicas.
Quando chego a uma repartição pública digo ao meu anjo da guarda que os homens são práticos, pois predispõem-se a explicar as coisas num modo calmo. Alguns são simpáticos outros nem por isso mas não deixam de fazer o seu trabalho sem irritar a pessoa que está há horas para ser atendida.
Mas as mulheres, por razões várias, tentam fazer crer que nos estão a prestar um favor, que estão ali num cativeiro e, por tal, temos que aceitar a sua característica nefanda chegando mesmo a considerarem imcompreensível a imcompreensão dos utentes. Este tipo de comportamento em certas fêmeas (que proliferam nas repartições públicas) indispõe-me sobremaneira e, imediatamente, assumo uma postura a rasar o desprezo pela pessoa, e consequentemente as mulherzinhas libertam uma adrenalina tão insuportável que confunde o meu cérebro - o meu captador de oxigénio finge-se morto por um cagasésimo de segundo.
Agir sob a influência da emoção nunca dá bom resulado. O meu próprio comportamento só me trazia fadiga mental que poderia conduzir-me à ira: fui ao manual de sucesso onde Hashem diz “Deixa a ira e abandona o furor; não te indignes para fazer o mal.” (Salmo 37:8) e lembrei-me também da minha avó que nos momentos em que eu me deixava abraçar pela fúria, me dizia “Lenny Hannah u na kodza hwu dirigire” e, eu pensei assim "Ninguém pode ser tão interminável! Quem é que consegue ser gratuitamente estúpido? Qual a razão de se estar constantemente na defensiva? Que espécie de gente aguenta viver permanentemente no estado agressivo-passivo?"
Postura das Funcionárias
Onde quer que fosse, reparei que a postura das funcionárias públicas é lamentavelmente auto-castradora: braços cruzados, costas curvadas, ombros para cima colados ao pescoço (que desconforto); não há quem aguente as jeans, o cardiganzito em V, a camisa desfraldada, e as botas mal amanhadas (estas são as caucasianas). As mulatas vestem sempre aquelas blusas cujo ombro gordo está desnudo porque as ditas blusas estão retalhadas em dois ou em três, aqueles cintos largos para pessoas com cintura acima de 90 centímetro (what is that?).
As negras, talvez por influência da Kim Kardashian, perderam o senso da modéstia pois usam as ditas Jeans rasgadas e apertadas salientando o traseiro cheio de celulite e um casaquinho ou camisola até à cintura (ó moças, o fio dental não é para ir trabalhar numa repartição pública se tiverem que se levantar várias vezes; ok?).
As mais velhas usam aquela saíta cinzenta de malha plastificada, a camisola de gola alta ou um casaquito e um lenço super colorido.
As Possíveis Razões do Comportamento
Adiante que eu tenho mas é que aprender a gerir e a controlar o meu mau feitio, e como tal tive que descobrir o meu ponto de intersecção e achei-o: um cálice que deveria estar sempre transbordante mas que infelizmente, para a maioria das mulheres, é causa de abuso:
Que Devo Eu Fazer?
Entender e embrenhar-me indirectamente na vida destas famílias que nem conheço e cujo rosto talvez nunca mais veja? Não o farei, porque se elas não sabiam que estariam a casar ou a viver com o seu carrasco, depois da primeira gritadela, empurrão e primeiro estalo, têm de ter a destreza de sair antes do problema se agravar, têm de perder a vergonha e falar, têm de ter coragem de recomeçar, têm de ter coragem de não sujeitar as suas crianças ao inferno - há que defender a sua vida a todo o custo. Não vale a pena treinar artes marciais e continuar com o meliante, porque este vai arranjar maneira de matá-la à traição, coisa que a mulher é incapaz de fazer mesmo em defesa própria.
Hum...se calhar esses cavalheiros que encontramos nas repartições são lobos vestidos em peles de cordeiros; está tudo truncado, não é? Mas eu recuso-me a ser maltratada, a ser o ponto de descarga de emoções negativas ou a ser o escape de alguém. Mas a ver vamos como correrá a minha próxima visita a alguma repartição de frustração pública.
Até para a semana
No supermercado ficava quase sempre para trás, porque me lembrava de qualquer coisa e voltava atrás para ir buscar. Numa dessas ocasiões, disse em luso ao meu falecido marido (que era branco) e à minha bela filhota “Hey...qualquer caixa menos as das blacks”; uma cashier que por acaso era de Malaca fez sinal aos meus e acabámos sendo servidos por alguém que percebia português, que entendeu quando lhe expliquei o porquê da minha frase, depois disse-me:
Cashier: todos sofremos quando chegámos aqui!
Eu: Claro, é por isso que sou fã da sublimação!
Cashier : Não é fácil; disse sorrindo.
Eu: Não, não é!
Há gente de todos os tamanhos, formas, cores e géneros: dentro destes existem os calmos, nervosos, rudes e vis; mas entre estes os piores são as mulheres.
Local de observação: Repartições Públicas.
Quando chego a uma repartição pública digo ao meu anjo da guarda que os homens são práticos, pois predispõem-se a explicar as coisas num modo calmo. Alguns são simpáticos outros nem por isso mas não deixam de fazer o seu trabalho sem irritar a pessoa que está há horas para ser atendida.
Mas as mulheres, por razões várias, tentam fazer crer que nos estão a prestar um favor, que estão ali num cativeiro e, por tal, temos que aceitar a sua característica nefanda chegando mesmo a considerarem imcompreensível a imcompreensão dos utentes. Este tipo de comportamento em certas fêmeas (que proliferam nas repartições públicas) indispõe-me sobremaneira e, imediatamente, assumo uma postura a rasar o desprezo pela pessoa, e consequentemente as mulherzinhas libertam uma adrenalina tão insuportável que confunde o meu cérebro - o meu captador de oxigénio finge-se morto por um cagasésimo de segundo.
Agir sob a influência da emoção nunca dá bom resulado. O meu próprio comportamento só me trazia fadiga mental que poderia conduzir-me à ira: fui ao manual de sucesso onde Hashem diz “Deixa a ira e abandona o furor; não te indignes para fazer o mal.” (Salmo 37:8) e lembrei-me também da minha avó que nos momentos em que eu me deixava abraçar pela fúria, me dizia “Lenny Hannah u na kodza hwu dirigire” e, eu pensei assim "Ninguém pode ser tão interminável! Quem é que consegue ser gratuitamente estúpido? Qual a razão de se estar constantemente na defensiva? Que espécie de gente aguenta viver permanentemente no estado agressivo-passivo?"
Postura das Funcionárias
Onde quer que fosse, reparei que a postura das funcionárias públicas é lamentavelmente auto-castradora: braços cruzados, costas curvadas, ombros para cima colados ao pescoço (que desconforto); não há quem aguente as jeans, o cardiganzito em V, a camisa desfraldada, e as botas mal amanhadas (estas são as caucasianas). As mulatas vestem sempre aquelas blusas cujo ombro gordo está desnudo porque as ditas blusas estão retalhadas em dois ou em três, aqueles cintos largos para pessoas com cintura acima de 90 centímetro (what is that?).
As negras, talvez por influência da Kim Kardashian, perderam o senso da modéstia pois usam as ditas Jeans rasgadas e apertadas salientando o traseiro cheio de celulite e um casaquinho ou camisola até à cintura (ó moças, o fio dental não é para ir trabalhar numa repartição pública se tiverem que se levantar várias vezes; ok?).
As mais velhas usam aquela saíta cinzenta de malha plastificada, a camisola de gola alta ou um casaquito e um lenço super colorido.
As Possíveis Razões do Comportamento
Adiante que eu tenho mas é que aprender a gerir e a controlar o meu mau feitio, e como tal tive que descobrir o meu ponto de intersecção e achei-o: um cálice que deveria estar sempre transbordante mas que infelizmente, para a maioria das mulheres, é causa de abuso:
- Recordo-me que uma pessoa me dissera que por não atinar com o esquentador, o animal do marido dava-lhe um estalo e chamava-lhe estúpida, logo de manhã (obrigada a Junkers e a Vulcano pelos esquentadores inteligentes), e depois ia trabalhar com esta carga emocional negativa
- A outra tinha que ir levar as crianças à creche e correr o risco de chegar atrasada à repartição, e logo de manhã apanhava uma carga de nervos porque o marido que a caminho do emprego passava obrigatoriamente em frente à creche recusava-se a fazer o jeito porque não estava para sair mais cedo de casa
- Outras imagino que tenham sido fustigadas de pancada na noite anterior ou de madrugada e ao outro dia têm de ir trabalhar para a repartição
- Outras, como é tendência nos dias que correm, nem chegam ao emprego porque entretanto foram mortas
- Outras vão trabalhar mas com medo de regressar porque nesse dia poderão ter o azar de servirem de saco de boxe.
Que Devo Eu Fazer?
Entender e embrenhar-me indirectamente na vida destas famílias que nem conheço e cujo rosto talvez nunca mais veja? Não o farei, porque se elas não sabiam que estariam a casar ou a viver com o seu carrasco, depois da primeira gritadela, empurrão e primeiro estalo, têm de ter a destreza de sair antes do problema se agravar, têm de perder a vergonha e falar, têm de ter coragem de recomeçar, têm de ter coragem de não sujeitar as suas crianças ao inferno - há que defender a sua vida a todo o custo. Não vale a pena treinar artes marciais e continuar com o meliante, porque este vai arranjar maneira de matá-la à traição, coisa que a mulher é incapaz de fazer mesmo em defesa própria.
Hum...se calhar esses cavalheiros que encontramos nas repartições são lobos vestidos em peles de cordeiros; está tudo truncado, não é? Mas eu recuso-me a ser maltratada, a ser o ponto de descarga de emoções negativas ou a ser o escape de alguém. Mas a ver vamos como correrá a minha próxima visita a alguma repartição de frustração pública.
Até para a semana
(Imagem: Repartição Pública[Ed] via Google Imagens)
Olá Lenny,
ResponderEliminarOu simplesmente as senhoras estão com o SPM (também acontece).
Eu pessoalmente nunca apanhei nenhuma funcionária mal humorada, mas sei que há pessoas que as apanham; e aí temos de nos perguntar: o problema são as senhoras ou são os utentes e a forma como se dirigem a elas?
Este assunto dá muito pano para mangas e estou curiosa para ver o que outros dirão.
Beijocas
Olá, Max!
EliminarHá que controlar o SPM com queijos, chocolates, batatas fritas de pacote, pickles etc; etc...
Sim há utentes que são uma pedra no sapato, pois os coitados não se sabem lidar com os seus problemas e descarregam sobre a primeira pessoa que, por alguma razão estúpida, os indisponha por alguma razão.
Beijocas
Mana, aqui em Moza toda a gente é simpática, homem ou mulher mas podem é te barrar tudo até estarem "satisfeitos", se é que percebes? Mas sim, se as coitadas soferem em casa essas coisas então é natural que reajam mal e nós temos que compreender, né? Não é fácil, mana, não é fácil!
ResponderEliminarOlá, Carlitos!
EliminarPercebo muito bem:bacelas, right?
Não, se não fui descortês: exijo igual tratamento; é a regra básica da civilidade.
Claro que não fácil: tudo é duka, dizem os budistas
Aquele abraço, resistente de Moza!
As pessoas devem aprender a separar a vida privada da professional. Por outro lado, será que esse mau humor se deve aos salários baixos que auferem? Eu sempre ouvi que a função pública ganhava mais que os da privada, em áreas similares, mas começo a achar que não é bem assim - pelo que leio na imprensa portuguesa. Será esse também o motivo?
ResponderEliminarOlha, há muitos anos as caixas de supermercado em Portugal também eram antipáticas mas depois melhoraram com a formação; se calhar o Gov só tem de apostar na formação das funcionárias?
Olá, CCG!
EliminarAmén. Os salários baixos poderá ser uma das causas; mas que tem o público em geral, a ver com isso?
Lembro-me bem desse tempo, as tipas pareciam umas mal amadas: um horror.
Sim se calhar o governo não só deva apostar na formação como também deve ter um psicólogo de serviço para acudir os funcionários com dificuldade em lidar com o stress provocado pelo trabalho.
Ciao bella.
Hahahahaha gostei da descrição das manas! Boa observação, lenny, a sério! Elas vestem-se assim mesmo. Não sei quem disse pra elas que fica bem!
ResponderEliminarOs homens são simpáticos pra toda a gente, mas as mulheres nem tanto, é verdade. Se calhar é isso mesmo, sofrem em casa!
Shawane, Leila!
EliminarSe calhar é o sofrimento que as poverelle estão sujeitas nos seus lares: c'est domage.
Espero que já te tenhas ajustado a Portugal e suas gentes ;)
Beijocas, resistente de Moza!
Nem todas são antipáticas. Ainda vai havendo algumas queridinhas!
ResponderEliminarOlá, Unknown!
EliminarAs queridinhas são a excepçâo a regra, ao que parece.
Cumprimentos