Portugal, país socialista. Portugal, país de deputados desonestos. Portugal, país sem um único Juíz ético. Portugal, país de caça ao rico. Portugal, país de invejosos. Portugal, país do prepotente alcaide Medina. Portugal, país de brandos costumes. Portugal, país de coitados visto que o seu povo é incapaz de se re-inventar ...
Vem isto a propósito da reunião anual da Concertação Social na qual se discute a miserabilidade do salário mínimo durante horas a fio. No fim do encontro e num português macarrónico os patrões clamaram:
- “Esperava com alguma expectativa que o Orçamento do Estado nos trouxesse agradáveis surpresas e motivos para que as empresas, ajudadas desde logo em sede fiscal, o pudessem fazer, como isso não aconteceu frustraram-se as minhas expectativas e desapareceu o meu otimismo em relação ao tema(sic)” (presidente da CIP)
- “Não são viáveis porque os indicadores têm que ser mensuráveis e a política salarial e dentro dela o salário mínimo nacional, tem de ser indexado à produtividade, ao crescimento económico e à inflação(sic)” (António Saraiva)
- “Aguardamos por isso que o Governo, honrando aquilo que tem honrando em outros instrumentos nomeadamente no banco de horas individual e na segmentação dos contratos de trabalho, honrando o seu compromisso programático que apresente o valor de 600 euros(sic)” (António Saraiva).
- “Acima disso é complicado, não para todas as empresas, mas para algumas(sic)” - afirmou Vieira Lopes, acrescentando ter a expectativa de ver o Governo “aliviar a carga fiscal”
Os sindicatos (UGT e CGTP) reiteraram o que vêm dizendo há um ano:
- “Há condições” para aumentar o salário mínimo acima de 600 euros no próximo ano. “Era importante que neste último ano de legislatura houvesse a capacidade de a Concertação Social dar um passo para além dos 600 euros” (líder da UGT, Carlos Silva)
- O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu que “é necessário aumentar o salário mínimo”, frisando que 650 euros é “um valor adequado”.
O governo da geringonça pela voz de Vieira da Silva, ministro do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, despudoradamente disse:
- “Se criarmos condições para que haja um entendimento alargado de que será vantajoso um outro valor [acima de 600 euros] não será o Governo que se irá opor”
Ai, os patrões – muitos dos quais são socialistas e outros foram apoiantes da desonestidade perpetrada por António Costa, PS, BE e PCP – são adeptos da exploração do homem pelo homem, senão vejamos:
- Falta-lhes a sabedoria para compreender que o crescimento económico e a inflação são indicadores que por alguma razão andam ao sabor do vento
- São falhos de sofisticação para entender que a produtividade depende exclusivamente da relação entre o estado de espírito do trabalhador e da grandeza de espírito do empregador.
Se os patrões portugueses, de uma vez por todas, desistissem de agir tal qual uns arruaceiros extorsionários (taxar o trabalhador pelo emprego) e valorizassem o seu trabalhador, atrevo-me a garantir que a produtividade não seria mais um assunto a ser discutido e, em vez da perda de tempo num qualquer gabinete governamental, patrões e trabalhadores estariam nas suas fábricas a traçar estratégias e a debater novas ideias para assegurar o pão a todos e às gerações vindouras, doravante patrões e trabalhadores não precisarão da benção do governo para negociar o salário mínimo. Posto isto, cada trabalhador deve auferir no mínimo €1.000 mensais.
Os Sindicatos, do modo como estão organizados em Portugal, são um grupo corrosivo:
- Não estão a ajudar os seus associados, por não terem ainda abandonado a postura de correia de transmissão de ideologias gastas e batidas
- Um sindicalista não é para perseguir patrões amesquinhando assim a vida do trabalhador; porque o patronato por estar absorto com o reinvestimento, introdução de novas tecnologias e pagamento de empréstimos, involuntariamente tende a esquecer-se do seu activo primordial
- O sindicalista vela pela melhoria de vida dos seus associados, logo deve coadjuvar o patronato na gestão dos trabalhadores
- O Sindicalista deve sugerir ao governo que baixe o IRC e outras taxas deesnecessárias para garantir um emprego duradoiro e melhoria de benefícios para os seus associados.
O governo é composto por gente incapaz, porque se não o fosse:
- Instaria o patronato a pagar o salário mínimo de €1.000 aos seus assalariados
- Todo e qualquer trabalhador sem excepção pagaria a sua quota parte de IRS
- Baixaria a carga fiscal às empresas (15% IRC)
- Diminuiria o número de deputados no Parlamento
- Deixaria de subsidiar os parlamentares
- Os secretários de Estados deveriam ser seleccionados dentro dos respectivos Ministérios: fora com os tachos.
Aposto que nenhum dos visados irá dar cavaco ao que aqui foi sugerido, porque para vingar na política (e melhor roubar ao povo) precisa-se de gente desgraçada. Para fingir que se luta pelos trabalhadores convém ser ideólogo puro e duro e guinchar o mais alto possível; os pseudo-patrões vão continuar com a mentalidade dos seus predecessores da revolução industrial; sim, porque todos estão embuídos pelo espírito da confusão mental senão o da opressão intelectual: coitados, são uns desgraçados incorrígiveis.
Até para a semana
(Imagem: Euros[Ed] - Google Imagens)
Acho que há falta de criatividade na política e é esta falta de criatividade que leva aos bolsonaros da vida.
ResponderEliminarOlá Lenny,
ResponderEliminarOs governos têm de se habituar à ideia de baixar os impostos às empresas porque senão elas terão sempre desculpa para não aumentar o salário mínimo. Por outro lado, as empresas podem sempre aumentar os salários dos trabalhadores à margem destes acordos sociais, não? No entanto, compreendo o detalhe fiscal é importante porque em Portugal empera a roubalheira àqueles que criam postos de trabalho e criam riqueza nacional. É um desrespeito total e completo; mas eu sei que o futuro será risonho para os portugueses.
Shabbat Shalom, minha querida!
Mana, os patrões agem sempre da mesma maneira! Xii, tantos estudos pra nada, pra continuarem a fazer negócios como se tivessem a gerir uma quitanda. A tuga parece cada vez mais um país socialista, estilo frelimo! Hehehehe
ResponderEliminarÁgua mole em pedra dura...haveremos de lá chegar, Lenny. €1.000 de salário mínimo e pensões mínimas indexadas ao mesmo. A economia portuguesa só terá a beneficiar com isso. Faremos as contas pelo Governo. :-)
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