Desconstruindo a Ideia do Presidente Macron Sobre o Exército Europeu


“Não protegeremos os Europeus a não ser que decidamos ter um verdadeiro exército europeu.” – Presidente Macron

O presidente Emmanuel Macron anunciou a necessidade de criar um Exército Europeu para “nos protegermos em relação à China, Rússia e até os Estados Unidos da América”. Quais as verdadeiras intenções do Sr Macron por detrás desta declaração não se sabe ainda, mas apostamos que ele não está a pensar bem na segurança europeia porque se estivesse então proporia que a Europa resolvesse as verdadeiras ameaças que afligem a Europa neste momento – ameaças essas que não podem ser resolvidas através de um exército europeu, mas através de uma Política Externa e de Políticas de Segurança Nacional inteligentes.

“Muito Ofensivas”

As palavras do Presidente Macron não são necessariamente ofensivas, mas sim bizarras: porque é que ele incluiria os Estados Unidos da América na sua lista de ameaças em vez da Turquia?

A contribuição dos EUA para o financiamento comum da NATO mantém-se nos 22,1%, ou cerca de US$685 milhões. Isto cobre os custos de algumas operações, treinos e exercícios, instalações conjuntas, o quartel general da NATO e funcionários. - fonte (em Inglês)

É justo recordar que os EUA são um estado-membro da NATO que, sozinho, não só praticamente paga as contas da organização como também é o país que mais serviços de defesa fornece à Europa; enquanto que a Turquia é um estado-membro que não só espia para certos estados islâmicos (e provavelmente para a Rússia também) como principalmente milita contra os Interesses Nacionais e Segurança Europeus. Logo, o piscar de olho que o Presidente Macron deu à Turquia é muito suspeito e a América tem todo o direito de não aceitar a petulância de Emmanuel Macron...a não ser que isto seja acerca do Irão.

A Questão Iraniana

Se o Euro-Exército é mesmo baseado na noção de defesa da Europa contra os EUA por causa do Irão, então Monsieur le Président perdeu completamente a cabeça porque as outras duas ameaças, segundo Mr Macron, são a Rússia e a China a quem ele se uniu para criar o SPV (Special Purpose Vehicle) de modo a “passar por cima das sanções americanas [e] permitir transacções financeiras com o Irão entre as petrolíferas e outras empresas.”. Ora, se pensarmos bem, o tal Euro-Exército representaria um conflito de interesses tendo em conta o instrumento legal preparado para dar a volta às sanções americanas contra o Irão.

Uma vez unido a dois países para combater as acções de um terceiro (neste caso, os EUA) como é que se pode criar uma entidade para combater os três? Há algo que não está a bater certo. 

Se o Presidente Macron quer proteger os Europeus então precisa de tomar uma série de medidas:

  • Remover o absoluto apoio à Autoridade Palestiniana (cuja assinatura está presente em praticamente todos os ataques terroristas islâmicos à volta do mundo – tendo o último ataque com a assinatura “Palestiniana” ocorrido na semana passada em Melbourne)
  • Retirar-se do JCPOA – que só espoletou o resumo da agressão e expansão iranianas
  • Obliterar a Política Árabe francesa – que no presente contexto faz com que a França pareça submissa ao Islamismo
  • Mudar a Embaixada para Jerusalém – para enviar uma mensagem de Força aos verdadeiros inimigos da Europa, e seus associados (China e Rússia)

Não dar estes simples passos anula qualquer plano abrangente de segurança . O tempo tem provado que o DS está a analisar bem a ameaça.

Desconstruindo a Ideia de Macron Sobre a Defesa Europeia

Monsieur le Président Macron precisa de perceber que velhas fórmulas não resolverão problemas e não produzirão nenhuma mudança tangível. Políticas para manter o Status Quo são obsoletas e isto é tão verdade que ao invés de olhar para a raíz do sangramento, Emmanuel Macron criou uma solução tipo penso rápido para estancar uma hemorragia: não, a Europa não precisa de um Exército Europeu (o que também constitui um problema de soberania), o que a Europa precisa é uma limpeza nos Serviços de Informação e Segurança.

Permitam-me que vos conte um breve conto:

   Era uma vez um(a) estudante de liceu que foi abordado(a) por um agente estrangeiro (de aparência chinesa ou que facilmente poderia ser de Tuva) que lhe oferece uma bolsa para qualquer faculdade da sua escolha com uma condição: no futuro, quando necessário, o(a) estudante deverá retribuir o favor. O(A) estudante vai para a Universidade, tira o curso, e depois o mesmo “anjo da guarda” facilita o seu primeiro emprego. Após um certo tempo, este novo profissional recebe uma comunicação sugerindo que se candidate a uma posição nos serviços de informação e segurança e para servir bem o seu país – a sua reputação deve ser limpa e estar acima de suspeita. Cada comunicação é seguida de um presente generoso num envelope. Uns anos mais tarde, e já incorporado nos serviços, o activo é activado e é-lhe pedido que comece a passar informação ao seu patrocinador estrangeiro. E assim começa e cresce a ameaça à Segurança Nacional. 

Multipliquem este exemplo por milhares de agentes que possam estar a cooperar com estados estrangeiros. Agora expandam isto às Forças Armadas, à Polícia, ao Sistema Judicial, ao Governo. Que bem faria um Exército Europeu neste caso? Iria o Presidente Macron começar uma guerra civil e à margem de uma outra guerra global contra a China e a Rússia?

O Euro-Exército é uma Ameaça à Soberania

Partimos do princípio que esta noção do Exército Europeu sirva para substituir a NATO; mas há que perguntar o seguinte: se os Parlamentos Europeus mal conseguem contribuir para a Aliança Atlântica com 2% do seu PIB (já que devido à sua natureza socialista, concentram-se na despesa de cariz socialista como o estado social, saúde de graça para todos, educação grátis e máquina do governo monstruosa com total prejuízo para a defesa e justiça), o que faz Emmanuel Macron acreditar que os Estados Europeus fossem fazer esse esforço para financiar o Euro-Exército?

O que significaria a criação de tal exército para a soberania dos Estados na Europa? 

Significaria a perda de controle, a perda de poder de decisão, a partilha de inteligência e de informação classificada com países cujos serviços secretos venderiam a própria mãe se daí pudessem obter qualquer vantagem; o que colocaria em perigo a Segurança Nacional dos Estados, especialmente se uma organização convidasse entidades como a “Autoridade Palestiniana” enquanto observadores e contribuidores (que espiam para organizações terroristas e aprender como evadir o escrutínio). Para além disso, significaria a transferência de qualquer decisão de defesa para um Comando Central Europeu (o que significa mais impostos para financiar a criação de tal empreitada) - mas que estado soberano aceitaria isso?

Conclusão

Esta proposta sobre o Euro-Exército reflecte a imaturidade do Presidente Macron. Já para não falar que é uma ideia perigosa e demasiadamente Soviética. Logo, o Sr Macron e outros deveriam abandonar a idéia porque sacudir a colmeia de abelhas é exactamente o que certas pessoas estão à espera para provocar um Conflito Anti-Globalismo de modo retrógrado. Por outro lado, o projecto do Euro-Exército de Emmanuel Macron é prova de que é urgente o Combate ao Globalismo - ainda que de maneira inteligente.

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