O discurso do Presidente George Weah é um paradigma a ser seguido por outros líderes africanos: ao invés de usarem a UNGA para dizerem disparates ou se fazerem de vítimas, ou mesmo lamber as botas daquele orgão internacional; porque não delinear um plano como deve de ser para o Desenvolvimento do Povo em África?
“Os desafios da liderança são enormes, mas em cada um destes desafios, vejo oportunidades para melhorar as coisas, e para melhorar de forma permanente a vida dos liberianos, à medida que criamos políticas e programas que terão um impacto positivo e duradoiro nas vidas dos nossos cidadãos.”
Isto é exactamente o que qualquer país africano deveria fazer: criar políticas para melhorar a vida dos seus cidadãos. Outro país que o faz bem é o Ruanda; o que me faz pensar quanto tempo demorarão a acusar George Weah de ser um déspota ou um ganancioso pelo poder como fazem ao Paul Kagame – outro líder que é incansável na busca do melhoramento da vida dos Ruandenses. Este tipo de coisa acontece principalmente quando os líder africanos não permitem que os europeus, por exemplo, brinquem ao jogo da extorsão nos seus países.
O Presidente Weah deverá contar com este tipo de manobras no futuro.
“Para aqueles jovens que ficaram para trás nos seu estudos, devido à crise civil desastrosa, e que já passaram da idade escolar, o meu governo está a investir em Programas de Formação Técnico-Profissional para criar habilitações empreendedoras que possam corresponder às necessidades do mercado.”
Educação e formação são vitais em qualquer sociedade. Por isso, parabéns ao presidente Weah for este plano magnífico: iremos seguir a Liberia de perto para nos certificarmos de que os seus planos são implementados.
Há um estigma em África: se não se foi à universidade não se é coisa alguma; também não se irá longe se não se frequentar a universade. Mas isto não é verdade; e neste assunto, concordo com o Presidente Obama quando ele uma vez disse que se uma pessoa não tiver capacidade para ir para a universidade (porque nem todos a têm) poderão sempre tirar cursos de Formação Profissional para se prepararem para os empregos do futuro. Para além do mais, fomos recentemente informados de que os empregos técnicos (canalizadores, electricistas, carpinteiros, serralheiros etc) serão um dos mais bem pagos até 2020 – por isso pensem bem. Posto isto, o Presidente Weah está certíssimo ao ir para lá da educação universitária.
O nosso plano é reverter a sua situação infeliz e transformá-los em cidadãos produtivos através da provisão de instalações educativas adequadas ao nível de liceu e ensino superior, para aqueles que ainda tenham interesse em prosseguir os seus estudos académicos.
Construir instalações escolares de formação profissional é mais um desafio em África. Sim, os chineses, os holandeses e outros ajudam a construir escolas temporárias (com poucas condições) em troca de recursos naturais; mas na minha opinião, mais tem de ser feito para investir na educação de crianças e jovens africanos: por isso, cabe às nações africanas parar de estar sempre à espera que os estrangeiros façam o seu trabalho e começar a aplicar os fundos, que ganham da exploração dos recursos naturais, na construção de Escolas e Universidades Topo de Gama para o seu povo. Isto é possível e os africanos merecem melhor.
“Estando consciente da importância e do impacto que as infraestruturas têm no desenvolvimento social e económico, o meu governo identificou o investimento em estradas, energia e portos como a nossa principal prioridade, e por isso solicita financiamento e perícia técnica para levar a cabo estes projectos na busca de atingir o nosso objectivo de ligar as nossas cidades e vilas, e alimentar a nossa economia.”
O Sr Weah deveria abordar Israel para assistência. O Estado Judaico possui a perícia técnica nos mais variados campos para ajudar a desenvolver a Libéria – porque não experimentar?
A infraestrutura é vital em qualquer país, mas mais ainda em África: estradas como deve de ser e portos para transportar bens para as cidades e exportá-los também; vias ferroviárias (e estradas) como deve de ser para facilitar a deslocação de trabalhadores; hospitais e clínicas para garantir que a Libéria tenha mão-de-obra saudável para desenvolver a economia do país e, acima de tudo, escolas modernas que gerem e retenham os cérebros de amanhã.
E porque não investir em Energia Solar para que cada casa seja bem-vinda ao século XXI? É mais rápido e menos invasivo para o meio ambiente (i.e. a construção de barragens hidroeléctricas não só é brutal para a paisagem como também para o ecosistema, e a ligação das pessoas à terra).
“O nosso povo ainda carrega consigo as marcas do conflito. Por isso, pretendemos iniciar uma série de Diálogos de Paz Nacional pela Libéria a fora. Temos de reiniciar aquelas conversas difíceis a nível local, e incluir a nossa juventude, para que eles – e nós – não repitam os graves erros do passado.”
É importante curar as feridas do passado. É importante mostrar às pessoas que o ressentimento não trará nada de positivo ao futuro da Libéria. Toda a gente deve focar-se na reconstrução da nação, por dentro, para garantir que as crianças liberianas não tenham que emigrar e serem humilhadas na Europa, ou noutro sítio qualquer, no futuro. Não, juntos, eles poderão todos desenvolver o seu país, estar orgulhosos dos seus feitos enquanto nação, e serem verdadeiramente independentes.
“Nós demos ênfase ao combate ao crime organizado, especialmente no comércio transfronteiriço de substâncias ilícitas, do tráfico de armas, drogas e humano; pirataria e as actividades de actores não-estatais que ameaçam minar a paz e a segurança da região do ECOWAS.”
Ao invés de se concentrarem nas missões de paz da ONU, os países africanos deveriam focar-se nos crimes acima mencionados que não só representam uma ameaça às suas regiões mas principalmente à sua soberania. Para além do mais, muitos destes negócios ilícitos são alimentados pelas missões de paz (ex: funcionários de ONU têm estado envolvidos em passar armas a rebeldes no Sudão do Sul, já para não falar que também mantêm armas em instalações da ONU – como fazem/fizeram nos tais territórios “palestinianos”). Para além do mais, os estados africanos têm de fazer alguma coisa acerca das ONGs que operam em África como desculpa para contratarem serviços sexuais baratos. É um problema que está a enriquecer muita gente imoral.
Conclusão
Congratulamos o Presidente George Weah por ter apresentado um plano para reconstruir e fortalecer o seu país. Ele não expressou o mínimo desejo de interferir com a soberania dos outros, não mostrou disponibilidade para compactuar com as ilusões socialistas; e nem se fez vítima; pelo contrário, ele anunciou que pretende tomar conta dos seus. Neste aspecto, o Presidente George Weah está alinhado com o Presidente Trump na doutrina do Patriotismo e de fazer o seu país grande de novo.
(Imagem: Presidente Weah na UNGA 2018 - UNGA)
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