Em Portugal diz-se “As palavras são como as cerejas” - claro que este adágio é verdadeiro para quem gosta de cerejas ou de falar: digo eu! Outra “Quem muito fala, pouco acerta” - um treinador de futebol de origem nórdica disse a um dos seus jogadores “Antes de accionar a boca, certifique-se de que a mente está a funcionar”. Ora, nem mais nem menos, visto que accionar a boca por si só (“quem muito fala”) sem adequadamente reflectir, corre-se o risco de dizer nada (ou seja “pouco acerta”).
Isto vem a propósito dos políticos e de outras personalidades que desfilam nas televisões para expressar o seu ponto de vista sobre eventos nacionais e internacionais. Não sei se devido à condicionante de estarem a mentir (os primeiros) ou ao receio do julgamento pelos seus pares (os segundos) são levados a expressarem opiniões que após espremedura das mesmas: o resultado é nada; demonstrando-se assim um total desrespeito pelo telespectador/consumidor, que ao pagar o serviço de cabo tem todo o direito de exigir um serviço isento de insignificâncias.
Quando alguém é pago para dispensar o seu custoso tempo saberá de ante-mão que os honorários que lhe são atribuídos pela estação de rádio/televisão são maioritariamente suportados pelo consumidor (seja pelo pagamento do cabo ou da publicidade) portanto essas mentes brilhantes devem, no mínimo, preparar-se convenientemente:
- Devem munir-se de factos e cingir-se aos mesmos
- Não devem ser ajudantes-de-salão de cabeleireiro do governo em funções
- Devem esclarecer os assuntos sem manobras de diversão
- Não devem gratuitamente exacerbar os acontecimentos
Sinceramente, é tão cansativo estar diante dum plasma, ver estampados no rosto das pessoas a dissimulação e o engano; ouvir dos políticos e afins tentativas patéticas de auto-domínio de voz, para melhor manipular a passagem da informação pretendida. Por exemplo, como sempre defendemos no Etnias, este governo finalmente parece estar a impor o cumprimento da lei da floresta, sendo a principal razão a prevenção através da limpeza das matas, abate de árvores que não estejam de acordo com a regulamentação de implantação (tanto para particulares como para empresas) e quem não cumprir está sujeito ao pagamento de uma multa.
Então qual é a razão de “o governo não està na caça à multa”? Claro que está na caça à multa, até às últimas consequências, pois se a floresta é vida (oxigénio e fonte de rendimento) ninguém tem o direito de fazer com que a floresta ceife vida humana e animal e destrua bens materiais, consternando assim Portugal e os portugueses (estejam onde estiverem); portanto a narrativa deve ser clara e concisa “se é detentor de propriedade florestal, conduza-se adequadamente senão arrisca-se ao pagamento de coimas e se por negligência for reincidente/relaxado o estado leiloará a sua mata para cobrir as despesas de limpeza compulsiva realizada pela Câmara/Junta de freguesia”.
Perguntar-se-á “e aqueles que não possuem equipamento nem dinheiro para contratar uma empresa de serviço de limpeza das matas?”, nesse caso, em abono da prevenção dos fogos e ceifa de vidas: as Câmaras co-adjuvadas pelas Juntas de Freguesia poderão alugar a maquinaria por um preço mais acessível e depois serão ressarcidas em seis vezes - digamos – por aqueles que não possuíssem disponibilidade imediata para cumprir as suas obrigações até ao fim de Abril.
Jornalismo não = Opinion Making
Outro exemplo são os transmissores de notícias, quando estão a relatar sobre o Brexit, a Catalunha, o Presidente dos Estados Unidos da América e a crise Israelo-Árabe, incompreensivelmente exibem carantonhas, dando a nítida impressão de que o telespectador deve concordar com a sua posição política. Chega a ser desprezível observar esse tipo de jornalista e eu não resistindo, digo do meu sofá,
“Ó idiota, o teu trabalho é ler a notícia, não te pagam para seres comentador ou fazedor de opinião! Transmite somente a notícia, a tua opinião política aí nesse lugar é irrelevante, seu/sua anti-ético/a incorrigível!”
Outra falácia foi a do premier António Costa com o seu aparato da limpeza das matas: irá ele todos os anos proceder com a sua miserável prestação de aglutinador de pseudo-limpadores das matas; ou isto foi um acto de contrição pela morte de mais cem pessoas esturricadas em 2016, ou seja uma vez sem exemplo?
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Pois falou, falou e feitas as contas cuspiu no coração dos familiares das vítimas que ainda nem sequer foram ressarcidas pela perda de vidas, negócios e bens materiais. Se deseja que o seu governo seja pró-activo e engajado então mantenha-se na rectaguarda; vigie e atire com o seu ministro da Administração Interna a dar a volta a Portugal inteirando-se do cumprimento da lei florestal por parte das Câmaras, privados e empresas.
António Costa, Vossemecê tem muito que fazer, como por exemplo, focar-se em criar um bloco comercial e social com a CPLP e fazer entender às ex-colónias que os complexos de inferioridade e comportamentos agressivo-passivo da sua parte não leva a bom porto e quem tem mais experiência é quem segura o leme (Portugal). Quem não quiser que se pisgue e continue na sua senda de roubalheira e sub-desenvolvimento económico e social.
Babush, África e Timor talvez não lhe digam nada, mas lutar por aqueles povos seria um trabalho memorável e digno de um humanista. António, assuma a CPLP e os PALOP ou então acabe-se com a charada de uma vez por todas. Eu vim/sou de Moçambique e digo-lhe que Portugal e aqueles países poderão a vir a facturar mais do que a Commonwealth e melhor ainda, beneficiar aquelas nações e povos ao contrário do bloco anglo-saxónico/Moçambique.
Uma Palavra para o PM: Sucesso
Por favor, António não queira repetir fórmulas furadas e controlar o incontrolável. Urjo-o a que os tenha no sítio, assuma as rédias, mande a soft diplomacy para às malvas e aí...as palavras teriam significado, fariam sentido e obter-se-ia: action, actos, results, resultados and/e achievement, sucesso. V'cê tá a compreender...?
Até para a semana
(Imagem: José Miguel Júdice[Ed]- TVI24 via Google Imagens)
Esses comentadores são intrumentos do regime, mana. Mas gostei do conselho ao mano costa, sim...nós podemos ser maiores que a commonwealth dos bifes, mas não há vontade política!
ResponderEliminarXii, esqueci de perguntar quem é esse na foto?
EliminarOlá, Carlitos!
EliminarO homem da foto é um advogado proeminente em Portugal. Chama-se José Miguel Judice.
Hoje em dia não há vontade para ..., quanto mais política.
Aquele abraço, resistente de Moza!
Olá meus amores! Ó lenny, agora dás conselhos ao inimigo? Então tu não sabes que o costinha é socialista? Quanto ao Júdice, o homem nunca mandou uma para a caixa! Beijocas e Chag Sameach!
ResponderEliminarHey, hey, hey...!
EliminarCheers baby girl! Não é bem inimigo, somos adversários políticos, mas por Portugal, you know.
Beijocas, amore!
O PM Costa só passou 6 minutos a limpar a mata? Bem, isso foi mais uma operação de charme, uma photo Op, do que qualquer outra coisa.
ResponderEliminarAs palavras, hoje em dia, pouco ou nada significam - "Enjoy the Silence!" (já diziam os Depeche Mode, não é verdade?).
Chag Pesach Sameach, Lenny.
Olá, CCG!
EliminarDai... o premier Costa é a personificação do speed Gonzalez.
"Enjoy the silence" e actually correr o risco de ter que pensar? Be serious, sweetie.
Beijocas, bella mia!
Serei o único a ver que o costa é um idiota chapado? Mas mais palhaço é o Rio que pensa que vai fazer coligação com o PS para o ano!
ResponderEliminarOlá, Anónimo!
EliminarCosta é um agressivo-passivo, não sei que será de Portugal, nas mãos de gente desta. O Rio é aquela incongruência a raiar a estupidez por que o Costa nunca fará coligação com o PSD. O Costa quer coligar-se com a raia miúda para melhor os manobrar e descaracterisar com o intuito de lhes roubar votos.
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