Vai à televisão o Ministro do Ambiente dizer “Para o ano vamos ter que aumentar o preço da água se não chover”. Há uns dias veio o Ministro da Agricultura arengar que “Choveu; mas ainda não é suficiente!” - mas que vem a ser isto? Será que o povo português controla o tempo? Será que deveria saber bufar as nuvens e empurrá-las em direcção a Portugal Continental (já que ao que parece os arquipélagos da Madeira e dos Açores estão a ser fustigados pelas tempestades, exactamente, como previsto)?
Deve o povo depreender que se por acaso não chovesse mais: permitiria o governo que as autarquias subissem o preço da água (medida reprovada por D*us, o dono de facto do tempo) e daí esta abençoada catadupa de água - e pensar que ainda nem chegou Abril, a época das águas mil?
Eu sei e todos estão cientes de que este governo é perfeito, é o mestre do bem fazer e exemplo para todas as nações. Mas se algo não correr como esperado e subentendido pelas brilhantes mentes da esquerda radical, aí a culpa é do zé povinho.
A falta de água per se já é um transtorno e perante a ameaça da subida de preço do líquido precioso: fazem-se contas de antemão para saber quanto se deverá começar a poupar para o tal aumento, mais as taxas sobre os resíduos sólidos e líquidos e, especula-se se não aumentará também a taxa sobre o tratamento dos lixos urbanos, porque certamente se, na factura da água, a quota da Valor Sul incrementar quem a pagará será o consumidor.
Se perante contrariedades causadas por Força Maior, e se o Ministro do Ambiente ou o da Agricultura achassem que deveriam imperativamente vir à praça pública botar falação, então tê-lo-iam feito positivamente. Caramba, senhores ministros, vossemecês vivem num país em que a maioria crê firmemente em D*us e em milagres – não sei se são ateus, agnósticos ou nadas – logo tudo o que tinham a fazer era racionalizar e dirigirem-se ao povo português pedindo-lhe que intercedesse junto de D*us por água celestial - esta proposta provocaria uma aglutinação de vontades e de espíritos para uma causa comum...chuva torrencial; chuva para Portugal e pelos portugueses.
Qual a diferença entre o vosso modus operandi e a minha sugestão? A minha sugestão ter-lhes-ia evitado a verborreia (leia-se acusações) do costume:
- Incongruentes,
- Ladrões,
- Corruptos (as pessoas pensam que os políticos estão todos feitos com a Valor Sul, capisce?),
- Estes gajos são todos iguais,
- Filhos disto e daquilo,
- Não vale a pena votar,
- Estes gajos...é sempre assim,
- Quando há “dilúvios” o preço da água não baixa e agora que falta água querem aumentar o preço; que juízo é este?
Então, senhores ministros, eu penso que nenhum governante tem o direito de inquietar os seus concidadãos com considerações despropositadas agravadas pelo facto de dar a impressão de que a insuficiência hídrica seja culpa deles. E o mais incrível é que mesmo sabendo que a escassez de precipitação é um fenómeno cíclico, a paranoia instala-se nas mentes e lá vai o Serviço Nacional de Saúde patrocinar desnecessariamente as farmacêuticas pelo fornecimento de Prosac, Xanax, benzodiazepina e outros ansiolíticos que tais e consequentemente faltas ao trabalho, baixa produtividade, sonolência crónica e indolência: quão contra-producente é isto tudo?
Bom, ao dirigirem-se tão desastradamente aos portugueses os senhores ministros praticaram um acto de “terrorismo psicológico” (como diria a ex-presidente Dilma Roussef) porque instalaram o medo e a paranoia no espírito dos portugueses - as consequências poderão vir a ser devastadoras.
Até para a Semana.
Olá Lenny,
ResponderEliminarPronto, os ministros estão divididos entre o serem honestos em relação à crise e os benefícios das RP. É necessário um outro tipo de cacifo para navegar entre as duas ondas (honestidade ao mesmo tempo que se redirecciona a mente das massas para o positivismo).
Se eu gerisse Portugal eu começaria a pensar em adquirir tecnologias que nos ajudem a mitigar os períodos de seca. Dar uma volta à Gestão Hídrica que agora se faz no país.
Bom trabalho, senhora :).
Beijocas
Ah, esqueci de dizer uma coisa: Dilma Roussef é uma irresponsável quando faz uso de tais expressões como "Terrorismo psicológico" porque é banalizar um assunto sério como o terrorismo. E de qualquer maneira, o termo não se encaixa na definição de terrorismo. Mas enfim...sou picuinhas...
EliminarOlá, Max!
EliminarFazes bem em ser picuinhas. Dar uma volta à quê...? Essa boa!
Beijocas, minha linda.
Mana, você tá a usar expressões da presidenta? hehehehe Não sou perito mas até eu sei que não existe terrorismo psicológico mas sim violência psicológica, agora temos de perguntar porquê esta gente remexe nas expressões, com que intenção, mana? Yah, temos de saber. A tuga tem seca, nós temos cheias!
ResponderEliminarOlá, Carlitos!
EliminarQuando já não sabem o que fazer duma determinada situação, como mecanismo de defesa perante a impotência, eles inventam tretas, um pouco também para camuflar a sua incompetência.
portugal está a atravessar o deserto e Moçambique está mais uma vez a passar por chuvas torrenciais; acho que é por isso que o mundo não se muda: uns com pouco e outros com excesso.
Aquele abraço, resistente de Moza!
Não é só o governo que aterroriza as pessoas: a própria media fá-lo. Cabe aos cidadãos não se deixarem levar por lavagens cerebrais. Shabbat Shalom!
ResponderEliminarOlá, CCG!
EliminarCom a Indução que por aí vai; não sei quantos terão capacidade para se alhear de tanta caca.
Beijocas, bella mia!