O Mundo em 2018: Enterrando Velhas Fórmulas e Idéias


De Dissecting Society

2017 está a chegar ao fim. Gostaríamos de começar por agradecer aos nossos leitores por terem seguido o nosso trabalho e por terem compreendido a nossa missão subliminar: contribuir para um mundo mais evoluído e seguro. Não obstante, durante a nossa busca por uma comunidade internacional mais estável apercebemo-nos que os Estados ainda não estão a entender bem a mensagem, por isso em 2018 pretendemos ser mais directos.

Nos últimos 7 anos, tornou-se mais claro que o Dissecting Society é uma marca a ser levada a sério – os eventos mundiais têm sido precedidos por artigos que ou prevêm acontecimentos ou aconselham sobre qual o melhor caminho a trilhar, para benefício de todos aqueles que optam por seguir o nosso conselho.

Desta vez não iremos jogar o Jogo do Melhor Vs Pior do Ano, ao invés iremos tecer um pequeno comentário sobre uma ocorrência que servirá de mote a eventos de 2018.

O Espectáculo Subtil da Assembleia Geral da ONU

Os Políticos falam de mudança mas não a querem; senão não usariam as mesmas fórmulas desgastadas que nada fizeram para concretizar a “paz e segurança” para TODOS os Povos. A ONU mais uma vez demonstrou que o seu prazo de validade está quase a expirar. 

Quadro do Voto na UNGA, 21 de Dezembro de 2017

Todos os países que, no quadro acima, estão ao lado de quadrados verdes irão sofrer as consequências de terem votado contra o Presidente Trump. As repercussões far-se-ão sentir em graus de intensidade diferentes consoante os interesses nacionais mais prementes tanto de Israel como dos EUA:

Egipto

Alguns analistas israelitas são da opinião que o Presidente Trump deveria deixar Cairo em paz, apesar de ter sido o autor da moção proposta, devido à sua importância estratégica: ajudar Israel no combate ao terrorismo e a controlar o Hamas. Apesar de entendermos a complexidade das relações Israel-Egipto, defendemos que é chegada a hora dos países Árabes escolherem o que realmente querem fazer doravante:

1. Querem andar para a frente e fazer do Médio Oriente numa Potência? Ou
2. Querem acabar destruídos?

Este é o tempo para decidir. E com isto em mente, sugerimos aos POTUS que corte a ajuda ao Egipto em metade até que o Presidente Sisi e outros líderes árabes compreendam que o relativismo político e o politicamente correcto - que em nada resultaram no bem-estar de todos os Povos no Médio Oriente - já não são instrumentos aceitáveis nas Relações Internacionais.

A União Europeia

Os países que compõem a União Europeia e votaram a favor da moção Egípcia dever-se-iam lembrar que a sua segurança depende de Israel e dos Estados Unidos da América – e sabendo o que nós sabemos, esses países acreditam mesmo que estão tão seguros que possam continuar a aplicar velhas fórmulas? Se a UE cair, se os Europeus sofrerem as consequências de más decisões e políticas, de que terá servido a ideologia, a corrupção e falta de ética - em relação ao bem-estar do Povo Europeu?

A União Europeia faria bem recordar que os Estados Unidos são o seu principal mercado de exportação.

A Catalunha votou pela independência, de novo. A vontade do Povo deve ser respeitada, e a Espanha deve mudar a sua postura, a não ser que queira provocar outra guerra civil.

2. The European Union (..) deplores, in particular, the practice of torture, summary and arbitrary executions, forced labour, abuse of women, political arrests (..) - in European Foreign Policy: Key Documents by Christopher Hill

Pergunta: como é que a UE condena as prisões políticas em Mianmar mas não reage da mesma maneira quando a Espanha neste momento mantém presos políticos? Ter dois pesos e duas medidas é deplorável, independentemente das razões.

Etiópia

Este país apaziguou a China e a Turquia: o investimento Chinês representa US$15 mil milhões e os Turcos investem US$7 mil milhões. O investimento Americano representa US$567 milhões. Logo, a decisão etíope foi feita com base nos fundos investidos – e cortar ajuda se calhar não produziria o efeito necessário; mas Addis Ababa deveria pensar no aspecto da Segurança, e olhar para outros países Africanos onde os investimentos Turcos e Chineses comportaram um custo altíssimo (ex: Angola, República Centro-Africana, Sudão, RDC etc) – gostaria a Etiópia de se juntar a eles?

Aconselha-se Addis Ababa a escolher bem os seus associados: Erdogan vai cair e o próximo líder Turco poderá não ter a mesma inclinação em relação a África, já que irá precisar dos fundos que ainda restarão para reconstruir a Turquia. A China irá em breve estar envolvida num conflito e irá precisar de virar as suas despesas e atenção para dentro.

E o que farão países como a Etiópia nessa altura? África precisa de se virar para associados confiáveis, começando agora.

Conclusão

Todos os países que votaram contra o POTUS fizeram-no para distrair o mundo dos seus próprios pecados políticos. Olhando para os 128 países que votaram a favor da moção Egípcia, vê-se bem o que têm em comum (ainda que em graus diferentes): corrupção, perversão e violação dos Direitos Humanos. Estão tão perdidos que nem sabem mais o que significa fazer a coisa certa. Mas em 2018 far-se-á com que se recordem desse significado e da sua insignificância.

Feliz Ano Novo.

(Imagem: Enterro de St Lucy - Caravaggio)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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