Lisboa, 28 de Dezembro de 2017
Caro António Costa,
Espero que vossemecê, a senhora e sua prole estejam todos bem; e já agora, aproveito também para desejar-lhe um novo ano cheio de peripécias. Sou uma mulher que tem a seu cargo cinco rapazes (idades entre os oito e os dezasseis anos) e vivemos num ermo com um hectare que nos foi deixado pela vil pessoa que tive por cônjuge.
A minha escolaridade é parca, pois só tenho o 9º ano e infelizmente não me foi permitido continuar, mas, graças a D**s, os meninos estão a estudar e vão bem, não lhes falta material escolar nem roupa porque uma suíça que é nossa vizinha, por artes por mim desconhecidas, oferece-nos esta preciosa ajuda; não passamos fome porque o senhor pároco organizou um grupo dentro do qual fazemos troca directa de produtos alimentares.
Feita a apresentação, venho por este meio queixar-me amargamente de vários assuntos que me preocupam sobremaneira:
- Duas famílias de “refugiados”/imigrantes (no conjunto perfazem 6 filhos) foram colocadas na nossa comunidade; e, por acaso, tive conhecimento de que beneficiam dum subsídio acima dos €300. Eu tenho cinco crianças a meu cargo e a minha reforma é de €169 mensais.
Sim, nós portugueses somos uns seres extraordinários. Sei que o marialva João Galamba irá dizer “essa mulher é baralhada das ideias; então ela não sabe que os fundos de ajuda aos imigrantes/refugiados vêm da UE?” Quer dizer, Portugal contribui para o orçamento da UE e devido a esta contigência árabe, a UE manda-nos de volta parte da nossa contribuição para pagarmos a estadia dos “refugiados” em Portugal; percebi bem, não é?
Por favor, vossemecê não ande por aí a dizer que a minha parca reforma se deve ao facto de eu não ter trabalhado nem ter descontado para a Segurança Social, porque durante 20 anos trabalhei, servi um homem que foi mais carrasco do que marido, tomo conta dos meus filhos que também sofreram que nem uns desamparados às mãos daquele maldito que já lá está.
Já agora, quando fizer leis pense em todos os cenários possíveis e não só naquilo que interessa a certos grupos.
As Crianças Valem Nada
- Em 1493, quando D. João II correu com os judeus de Portugal, as crianças judias foram enviadas para São Tomé para serem devoradas vivas por bestas, as mais sortudas foram entregues a famílias católicas portuguesas.
- Sabe-se que o Reino Unido enviou ladrões, assassinos, prostitutas e criminosos que tais, para povoar a Austrália; chegados às antípodas alguns meliantes-colonos emprenharam mulheres aborrígenes; depois as crianças mestiças eram arrancadas das suas mães “selvagens” e entregues a famílias caucasianas para as criarem segundo as regras da civilidade.
- As freiras católicas com a conivência dos padres, bispos e arcebispos roubavam os recém- nascidos a mães solteiras, divorciadas e prostitutas para os ofertarem a devotas mulheres católicas que não podiam parir.
Senhor primeiro ministro, pensei que estas torturas e humilhações contra as mulheres já tivessem terminado quando Portugal inteiro chorou com a mãe do Rui Pedro; mas afinal fomos assolados por uma seita de homens e mulheres maléficos que corromperam tudo e todos, em todo e qualquer ramo da sociedade portuguesa para abduzirem crianças portuguesas e levá-las para o estrangeiro. Por incrível que pareça, ninguém de coração chorou com as mães e pais dos miúdos roubados e nem o seu governo teve a coragem de por Portugal legislar o encerramento do estaminé dessa seita. Não estaria a violar o direito ao culto aos portugueses mentecaptos porque há em Portugal seitas derivadas - e iguais – à nefasta IURD.
Um dos meus filhos chamou rapariga a uma colega brasileira e sem mais nem porquê à saída da escola tinha uma espera de três maganos brasileiros que lhe deram um enxugo de pancada e com aviso:
“Cara, tu non podgi chamá vagaba à nossa irmã, si tu é iguinorantchi vá se infomá: rapariga é mau, meu broder!”
Fiquei cheia de raiva porque o ordineirão do pai já cá não está para pôr na ordem esses arruaceiros do Brasil. Depois do acordo ortográfico de 1990, pensei que Portugal parasse por aí, mas enganei-me visto que o corrupto e ignorante sindicalista José Inácio da Silva (Lula), que o Brasil elegeu por duas vezes como seu presidente, veio impor um acordo ortográfico ao Portugal de José Sócrates, e porque os portugueses resolveram seguir a palavra de um ser pouco pensante, cá estamos nós a ter que nos ajustar às sensibilidades brasileiras.
Silly Season em Angola
Isto não tem nada a ver com os meus filhos, mas achei engraçado que um ministro angolano tenha afirmado que não comprariam azeite ou coisas que tais a Portugal até que o governo resolvesse o problema do corrupto Manuel Vicente; diz-se também que o presidente de Angola João Lourenço afirmara que não viria a Portugal em visita de Estado até que o problema do corruptor Manuel Vicente fosse descartado pelas autoridades judiciais portuguesas.
Já que a silly season está em aberto lá para as bandas de Angola e noblesse oblige por parte das autoridades portuguesas, eu uma zé ninguém (que nem marido soube escolher) tenho uma coisita a dizer:
- Se eu mandasse, as relações na CPLP e PALOP estariam de vento em popa e estaríamos todos a beneficiar financeiramente; não toleraria o pensar emocionalóide e cérebros recheados com titica de galinha. Eu, Portugal, imporia as regras de jogo para benefício dos povos português, africano, brasileiro e timorense, e quem não quisesse jogar poderia abandonar o barco e ver-me a liderar a associação.
- Os métodos e propaganda esquerdóide já teriam sido abandonados em e por Portugal porque a ideologia não avança colectivamente os países nem satisfaz, nem põe comida na mesa dos povos. Eu Portugal adiaria o sonho de Fernando Pessoa “cumprir o imenso Portugal” e faria questão de permanecer pequeno para me focar na longa e vasta experiência afim de que nenhum negócio nem matéria prima alguma me fizessem dobrar a coluna vertebral de Portugal – ou seja, nem o Brasil nem Angola sofreriam de tamanhas inferioridades a ponto de se desacreditarem tão escandalosamente.
Senhor primeiro ministro, em vez de andar por aí feito tonto a enumerar vitórias vãs que nada significam no todo; em vez de publicamente revelar a sua impuissance quando confrontado acerca de ministros sem credibilidade; por favor, aja como um verdadeiro líder porque essa gente tem bens e propriedades aqui, mas acham-se besta suficiente para insultar o povo português no palanque internacional porque se convenceram de que não haverá consequências.
António Costa, a sua língua não deve ser somente solta para lançar chiste no Parlamento: deve usá-la todas as vezes que haja uma ameaça ou enxovalho em direcção ao nosso modo de estar e viver. Ó homem, não tenha medo de dizer o seguinte “orgulhamo-nos dos nossos 900 anos de história e de sermos o único país do mundo uno e consolidado...”
Cumprimentos,
Matilde Noémia da Silva
[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]
Hahahahaha gostei do texto brasileiro. Eles falam assim mesmo e depois dizem que não nos entendem, pois não admira! Mas vocês agora recebem cartas de pessoas para por aqui ou quê? Boas entradas!
ResponderEliminarOlá, Anónimo!
EliminarRecebemos e-mails
Tenha um bom ano.
Olá Lenny,
ResponderEliminarA coitada da Matilde só aufere 169 euros? Só com muita ajuda mesmo.
Eu já disse tudo o que havia a dizer quanto a Angola e Portugal, mas eu também teria uma postura mais firme no clube recreativo-político que é a CPLP/PALOP.
Gostei muito desta missiva: vamos lá ver o PM Costa entende a mensagem. Também gosto do sentido de humor da Matilde - o humor é um sinal de inteligência. Já para não dizer que o 9º ano da Matilde concedeu-lhe mais sofisticação intelectual que o curso universitário de muitos.
Obrigada por partilhares as queixas desta brava senhora, Lenny.
Beijocas e Shabbat Shalom
Olá, Max!
EliminarÉ para que saibas a miséria que grassa por aí. Para ela lá estão o padre e a vizinha suíça.
O Costa deveria convidar os mwangolés levar daqui os seus dinheiros sujos, a encontrar compradores idóneos para adquirir as casas e propriedades no espaço de 90 dias.
Portugal não se pode sujeitar a ameaças de nações estrangeiras e todos os angolanos que adquiriram nacionalidade portuguesa por conveniência deveriam fazer o favor de renunciar; eles que sejam ingleses, alemães, espanhóis, franceses e turcos. Em Portugal não há pão para malucos, os portugueses são sobreviventes: Angola que pergunte a Napoleão Bonaparte e aos Filipes de Espanha.
Obrigada e beijocas
Hehehehe, é os nossos irmãos brasileiros falam assim mesmo! Mas como é que se vive com €169, pá? Com os preços da luz e da água sempre a subir, esta coitada deve passar por imensas dificuldades, lenny! O governo português deveria ter vergonha.
ResponderEliminarQueridos, desejo-vos um feliz ano novo cheio de sucesso! Que 2018 seja bombástico e que por cá continuemos.
Olá, Cêcê!
EliminarBom te ouvir e bom ano, amiga!
O governo português é a vergonha personificada; ok?
Feliz ano novo, Lenny & Cº!
ResponderEliminarOlá, CCG!
EliminarObrigada! Bom ano para ti também, minha linda!
Beijocas