No passado domingo o primeiro ministro afirmou “O maior défice que temos não é o défice das finanças, é o que acumulamos de ignorância, de desconhecimento, de ausência de educação, de ausência de formação, de ausência de preparação. Défice histórico que temos de vencer, se quisermos, e não podemos deixar de querer (…) sermos melhores do que os melhores”.
Caro António, vossemecê é absurdamente um amante de palavras: foi parlamentar, foi ministro no governo de Guterres, de Sócrates, foi presidente de Câmara de Lisboa, e agora tem o seu próprio governo - nem uma única vez o ouviu, nem o vi, a defender ou mesmo a implementar o começo do fim da ignorância neste país. Antes pelo contrário, anuiu na criação de estaminés cognominados de Formação Professional e Novas Oportunidades, geridas por amigalhaços oportunistas que ministravam futilidades certificadas por diplomas instantâneos atribuídos aos simplórios (que por sua vez cimentavam a ideia de que haviam feito muito bem não concluir o liceu) porque afinal é possível completar uma qualquer formação em menos de uma penada.
“Desconhecimento e Ausência de Educação”
É novamente verdade: o desconhecimento das regras básicas por parte dos pais é o princípio que norteia a falha de entendimento por parte da sua descendência; as crianças e a juventude deste país são tão deploráveis quanto desprezíveis.
“Acumulamos Ignorância”
É verdade: as pessoas foram todas obrigados a ir para a Universidade para serem instruídas por burros arrogantes (ausência de avaliação de professores pelos seus pares e pelos educandos) e o resultado é gente incapaz com um canudo sem valor.
“Ausência de Formação e de Preparação”
É também verdade: mas a culpa é inteiramente do seu governo (e a responsabilidade é inteiramente sua) porque só tinha que instruir o seu ministro da educação a repor os cursos Comercial e Industrial; assim, em 2018/2019 estaríamos a ter os primeiros alunos a receber formação e preparação técnico-profissional.
Falo-lhe com conhecimento de causa porque estudei na Escola Comercial Dr. Azevedo e Silva e só após os três anos de formação, qualquer aluno/a poderia sem o menor resquício de dúvida trabalhar em qualquer departamento duma instituição bancária e em qualquer empresa como dactilógrafa, mecanógrafa, técnico de vendas, contabilista. Feito o Instituto Comercial, poder-se-ia ser Revisor/a de Contas e, opcionalmente, o aluno estava apto a entrar em qualquer universidade, fazer o curso de economia e especializar-se em finanças.
Quanto ao curso Industrial formavam-se técnicos fabulosos tal qual as Escolas de Artes e Ofícios: soldadores, torneiro-mecânicos, desenhadores, carpinteiros, marceneiros, canalizadores, electricistas, operadores de maquinaria etc. opcionalmente optariam por ir para universidade e tornarem-se engenheiros, arquitectos etc.
António, para si vão as palavras de Dalida “Paroles paroles paroles, paroles paroles, paroles et encore des paroles que tu sèmes au vent”!
Até para a semana
P.S: Angola manda dizer que não irá cooperar com Portugal enquanto não se resolver a situação de Manuel Vicente. Pergunto-lhe se o governo português não saberá jogar ao braço de ferro? Outra coisa: que raio de converseta vem a ser essa de interconexão eléctrica com Marrocos? Toda a gente sabe que Marrocos é o maior exportador de terroristas; hoje a energia, depois alianças familiares e finalmente o cerco da reconquista de andaluzia: give us a break.
Costa com proper partners podemos ser independentes energeticamente; capice?
Olha, aí está uma boa ideia! Quantos jovens andam pra aí a torturar-se nas universidades quando poderiam ter uma formação profissional que lhes renda um bom rendimento? Li algures que daqui a 15 anos os empregos mais bem pagos são os técnicos, ou seja os da rapaziada com estes cursos técnico-profissionais! Acho que a GB re-abriu as suas não é?
ResponderEliminarReforma na educação, já!
Nós fomos invadidos por Marrocos e formou-se a Al-Andaluz e agora vamos atrás deles e dar-lhes motivos para nos invadirem outra vez! É muita parvo esse costa!
ResponderEliminarAngola não está a ser sábia, na minha opinião; e depois, quando a pressão começar mesmo a fazer-se sentir - porque Portugal não se vai deixar ficar - aí vamos conversar. O que aqui se falou na terça aplica-se também aos países africanos: a política externa portuguesa, mas principalmente a Justiça e Segurança Nacionais, não podem ser reféns de Ameaças de países como Angola. Tenham a santa paciência e comecem a mudar de estilo de governação - para o bem de todos.
ResponderEliminarMana, yah aprendia-se muito na escola comercial e foi saída para muitos de nós. Até os que partiram para a tuga depois da independência conseguiram djobar lá por causa da escola comercial. Boa dica, mana!
ResponderEliminarO pior é que meteram na cabeça dos putos que se não tiverem curso são uns zero à esquerda! Quer dizer, aonde e desde quando? Temos ficámos com miúdos com canudos mas sem emprego e sem conhecimentos práticos! Uma merda!
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