Segundo o dicionário Priberam Oligarquia é o “estado de uma nação em que a preponderância de alguma família dispõe do governo”.
O assenhoramento de algo é a premissa da oligarquia com o intuito de alcançarem um estatuto político sócio-económico; e como é óbvio, a oligarquia portuguesa, é muito diferente das oligarquias doutros países, senão vejamos:
- Os oligarcas russos sacaram tudo o que quiseram e puderam do ex-império soviético; são implacáveis, exibidos e ruidosos, contudo fazem bom uso dos seus fundos obscuros: investem-nos e criam emprego tanto interna como externamente. Estes sacadores do estado serviram-se deste último, e embora tenham saído do funcionalismo público, eles mantêm alguma influência no aparelho do estado para que as suas transacções tenham sempre cobertura.
- Os oligarcas africanos roubam o estado, enchem os bolsos dos seus filhos, amantes e quadrilha. Vivem sempre à custa dos recursos naturais do país, mantêm propositadamente o povo na ignorância e na miséria. Investem no estrangeiro e os negócios que detêm nos seus países são fruto de nacionalizações à pressão e de apreensão de propriedade alheia.
- Os oligarcas portugueses nasceram no funcionalismo público; cresceram, casaram, foram pais e permaneceram na função pública; fazem-se deputados, chefes disto e daquilo dentro do estado e por fim asseguram lugares no aparelho do estado para os seus rebentos e familiares. São normalmente advogados e economistas que no papel de conselheiros e projectistas do estado servem-se dos impostos do povo como uma extensão ao seu rendimento.
A oligarquia é desconcertante mas no caso português é um insulto à inteligência, porque só falta um decreto onde esteja lavrado que o funcionalismo público é hereditário, logo os políticos dever-se-iam abster de labializar certas situações contra outros, porque afinal num piscar de olhos fazem uso do nepotismo de um modo despudorado.
A façanha do senhor Carlos César a favor da sua sobrinha não me faz espécie porque, em Moçambique, na minha família tínhamos ferroviários, médicos e enfermeiros e bancários do Banco Nacional Ultramarino e eu ovelha ranhosa cortei com a figura do estado na minha vida e no meu núcleo, não obstante compreendo bem as dinastias da função pública mas não entendo nem aceito a bravata política quando são os outros a tentar dar um rumo à sua vida.
Seja de que modo for, a oligarquia portuguesa é revestida de uma pequenez hedionda, porque se entregam à prática da usurpação de postos estatais para sugarem os impostos de quem teve que realmente suar, entre catorze e dezasseis horas por dia, para contribuir para a economia nacional; para a criação de emprego e bem estar dos seus trabalhadores; para a segurança financeira dos seus e satisfação pessoal do dever cumprido: ou seja, legado.
Até para a semana
(Imagem: Oligarquia 1900 - Google Imagens)
Olá Lenny,
ResponderEliminarFaz-me espécie o funcionalismo público hereditário; bem, na verdade faz-me espécie o funcionalismo público como principal fonte de emprego, ponto final. Defendo menos governo, mais sector privado (só assim é que as nossas economias poderão andar para a frente e providenciar real bem-estar aos cidadãos).
Bom trabalho, querida. Cadaz vez melhor!
Beijocas
Olá, Max!
EliminarSou pertença de uma longa linhagem do funcionalismo público; saí do círculo por achar que o ra-mer-ra-me não era a minha praia.
Falaremos do liberalismo económico noutra ocasião.
Beijocas, minha linda :)
Todos uns ladrões pelo que não interessa as diferenças entre eles!
ResponderEliminarOlá, Anónimo!
EliminarQuem assim fala não é gago :)
Cumprimentos
Olá meus amores!! Coitados lenny!! Pá, se uma família só sabe viver à custa do estado mas trabalhando para ele o que podemos fazer? Alguém tem de ser funcionário público, não? Olha, eu é que não sirvo para isso! É preferível tê-los a trabalhar do que a comer dos subsídios, ou não?
ResponderEliminarHey, hey, hey...
EliminarNada podemos fazer, foi assim na minha família. Tens toda a razão, alguém tem de ser funcionário público, desde que não seja idiotamente cretino. Eu também achei que nem servisse para tal servidão nem tão pouco queria aquelas chouriças azuladas nas minhas pernas que carinhosamente se apelidam de varizes.
Amén sister, se existem clãs de quase tudo, porque não do funcionalismo público? Dispensamos porém a tacanhez de mentalidades e a transformação do serviço público num qualquer freak reality show.
Beijocas e bom te ver ;)
Entre todos os oligarcas descritos: venha o diabo e escolha.
ResponderEliminarOlá, CCG!
EliminarAi, fadista!