A Índia Foi Usada Para Activar Células Terroristas?


Mahmoud Abbas visitou a Índia. Esta afirmou que o único representante dos Palestinianos visitou o país para assinar vários acordos de cooperação, não obstante o que os indianos ouviram foram os mesmos chavões e assistiram à velha falsa promessa de “paz”. O PM Modi deveria interpretar as palavras do Sr Abbas para além da exegese fornecida pelos seus assessores (que têm em mente os seus próprios interesses).

O Objectivo da Palestina na Índia

A Índia declarou abertamente a sua amizade por Israel (isto é, já não sente a necessidade de ser subtil acerca das relações entre as duas potências). Logo, é natural que o líder palestiniano se deslocasse lá para mostrar que também mantém uma boa relação com a nação Hindú – especialmente tão perto da visita do PM Modi à terra prometida.

Mahmoud Abbas falou perante uma audiência no Centro Cultural Islâmico:
“Quando a Índia se libertou do Britânicos, eu estava a estudar na escola primária onde a minha professora anunciou as boas notícias e nós celebrámos a independência da Índia ali”

Um toque assaz subtil. A Índia foi independente em Augusto de 1947; três meses depois, os árabes declararam guerra a Israel depois da UN ter anunciado o Plano de Partição (tão famosamente rejeitado pelos árabes que queriam “tudo ou nada” - i.e. Não queriam co-existir com uma nação judaica no meio deles). Logo, o que o presidente Abbas estava a tentar fazer é atrair a comunidade muçulmana indiana para mais perto da causa palestiniana, ao tentar estabelecer uma similaridade entre os dois campos.
“Estamos prontos para uma solução de dois-estados em que a Palestina e Israel vivem lado-a-lado com paz e estabilidade mas Israel tem de responder a isto,”

Esta já é uma realidade: Gaza (Palestina) e Israel a viverem lado-a-lado. Gaza de um lado, e Samaria e Judeia enquanto 'Palestina' do outro, com Israel no meio, não é viver lado-a-lado (definição de lado-a-lado: imediatamente adjacente sem espaço intermédio). Logo, esta passagem é uma armadilha e significa outra coisa.
“O que estamos a tentar fazer é a implementação da solução de dois-estados com base no dia 4 de Junho de 1967, quando Israel ocupou terras. Estamos empenhados e desejámos isto. É uma oportunidade aberta e rara e Israel tem de agarrá-la antes que se perca.”

'Estamos a tentar” - tentar, significa que ou ele não está seguro de que irá conseguir atingir os seus objectivos [o que nos leva a perguntar: o que fará ele se falhar (irá finalmente aceitar Gaza como Palestina, ou irá tentar aniquilar Israel)?] ou já está a negar qualquer responsabilidade no resultado do processo diplomático. 'Nós...desejámos isto' – desejámos no passado, querendo dizer que o plano foi trabalhar para atingir a solução de dois-estados baseada na ilusão das fronteiras pré-1967, mas agora desistiram; logo devemos mais uma vez perguntar: o que é que eles querem agora (manter Gaza ou destruir Israel)?

Detalhe: a Guerra dos Seis Dias ocorreu do dia 5 ao dia 10 de Junho de 1967. O Presidente Abbas disse “Israel ocupou terras” em “Junho, dia 4, de 1967” o que está incorrecto – o que é que está a ser planeado para o/até ao dia 4 de Junho de 2017?

A Índia Deve Prestar a Atenção

O Presidente Abbas não disse nada de novo. Ele até repetiu perante a Índia o mesmo que diz a todos os líderes mundiais: peço-vos que usem a vossa influência no processo de paz do médio oriente, como um amigo valioso. Assim que centrifugamos estas palavras o que é que sai? Nada. É como fazer sumo de uma banana.

A Índia tem de prestar a atenção porque há um padrão: quando Mahmoud Abbas repete a mesma conversa num determinado país, ele está na verdade a activar células adormecidas algures – lembram-se dos ataques em França e na Alemanha no ano passado? Eles ocorreram depois de Abbas ter activado células no Parlamento Europeu onde ele proferiu praticamente as mesmas palavras - por isso fiquemos atentos a que ataques terroristas ocorrem entre esta viagem à Índia e até ao dia 4 de Junho.

Sabe-se que a Índia gastou milhões na terra ocupada pelos árabes, na Samaria e Judeia, em complexos de tecnologia e outros projectos de desenvolvimento (e admito que seja difícil ver esse dinheiro ser desperdiçado); mas a Índia faria bem ponderar nos factos: o futuro Estado da 'Palestina' não será construído nem num centímetro que seja da Samaria e Judeia. Não é uma ameaça, mas uma Promessa. Por isso, definitivamente temos aqui elementos bastante interessantes para o PM Modi pensar antes da sua viagem a Israel, em Julho.

Cuidado com os amigos falsos que te abraçam...


[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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