Pacheco: O Espião que veio do Porto


“Transformação da palavra austeridade numa espécie de injunção moral, serve para o PM........mais austeridade, mais desemprego e ainda precisamos de mais pobreza. (..) Um discurso de contínua mentira e falsidade. (..) Um discurso...que as famílias ajustaram, as famílias ajustaram, só o Estado não ajustou, como se as 3 entidades...(..) Na verdade...mas algumas ajustaram falindo” - Pacheco Pereira in Jornal de Negócios

Pacheco? Humm...nada!
Juro madrinha, não é escárnio sobre o bom nome da sua família. Apenas me refiro a um tal P. Pereira: um comuna barbudo e cabeludo com a postura de um repetente de Maio de 68, que me faz franzir o sobrolho sempre que abre a matraca. Mas também, desde já lhe digo, que muito por culpa da direita portuguesa a quem lhe falta orgulho, alguma congruência e:

  • incapacidade de se assumir como um grupo que professa valores conservadores (contudo ajustáveis à sua contemporaneidade)
  • incapacidade de adoptar o conceito de juízo ético de valores
  • incapacidade de se posicionar no cinismo do xadrez da realpolitik

Sabendo disto, este escritor e repúblico ao compreender o deterioramento da sua posição dentro do PCP (m-l), traçou um plano que consistia em aproveitar-se de duas ideologias dum só aparo: visto que primeiramente, com a aprovação da cúpula dos marxistas-leninistas, iria mui sorrateiramente infiltrar-se nas fileiras de um partido de direita; para depois, como prémio, obter informação privilegiada para a divulgação das biologias dos líderes mais acrimoniosos do comunismo.

Ora, no PSD abundam tipos cuja linhagem se assemelha à de P Pereira (“foge cão que te fazem barão! Para onde, se logo me fazem visconde?”); por essa razão a infiltração foi fácil, já que ninguém se deu ao trabalho de questionar tamanha radicalização. Tal como fora com Durão Barroso e Heduíno Gomes, o escritor vermelho foi logo feito MP mais de três legislaturas, chefiou o partido, esteve em reuniões da NATO, foi MPE, traçou e ouviu estratégias dentro do partido, desrespeitou social-democratas natos, desrespeitou o partido e seus militantes de gema ao vir para a praça pública criticar os seus pares em vez de o fazer internamente; foi-lhe dada proeminência nas rádios e televisões, escreveu até agora a trilogia de Cunhal, conheceu gente interessante à custa do PSD, recusou um cargo na UNESCO porque se achou mais importante a ele próprio do que à missão; and so on...

P Pereira afirmou num entrevista à TVI que os militantes do PCP indagaram a cúpula sobre o que iria acontecer se os mesmos (PSD-CDS) se mantivessem no poder. Pelas suas declarações, podemos inferir que o assalto ao poder pela esquerda radical (PS, BE,PCP) já vinha sendo preparado há um ano. Portanto quando os controleiros do P Pereira lhe disseram que seria impreterivelmente o seu homem no Museu de Serralves, o tom de desdém pelo PSD e as críticas quase insultuosas ao ex-primeiro ministro da coligação escalaram para proporções...como diz o outro...”estratosféricas”.

Todos sabemos do desemprego, da perda de casas, carros, destruição de lares e (até) dignidade porque o povo desconhece as consequências do consumismo sem limites; mas convém relembrar que quando se pede dinheiro emprestado ao banco para negócios, compra de casa, carro, mobílias, férias, plasmas etc; o banco também pede dinheiro emprestado aos seus pares para continuar a financiar. O Estado quando tem os cofres meio-cheios ou vazios também vai ao mercado (através de instrumentos financeiros) pedir dinheiro emprestado para pagar as pensões, salários aos funcionários públicos e despesas com a saúde etc.

Ora, o dinheiro não é elástico como ficou provado com a crise financeira mundial provocada principalmente pelas dívidas soberanas (Estados-Países), que arrastou os Bancos (cheios de papéis de dívida dos respectivos países e de maus papéis das suas próprias negociatas gananciosas) e as pessoas para a lama, porque ninguém poupou um cêntimo com a história de procurar uma vida melhor de um modo fictício (leasings, hipotecas e TAEG's devido ao excesso de consumo).    
O dinheiro paga juros e estes são estabelecidos por quem empresta. Qualquer falha de pagamento encarece ainda mais o dinheiro; e tal qual as contas das nossas casas, as dívidas são para honrar (pagar). E mais, todos os empréstimos - sejam eles governamentais ou privados - entram nas contas do Estado (i.e. OGE e PIB).

Como lhe foi conveniente não alertar o povo na altura do consumismo tresloucado; o chico esperto do P Pereira vem agora dizer que o sacrifício feito pelos portugueses para zerar as contas, e quem sabe cair um dia novamente na mesma senda, foi horrífico. E o facto de os portugueses terem sido umas crianças mal educadas no Toys R Us foi culpa do governo PSD-CDS.

Parece-nos que P Pereira tenha andado a militar contra a direita. Por isso, se o PSD expulsou um dos seus co-fundadores (António Capucho), também pode correr com este espião marxista-leninista que veio do Porto (não quero saber se ele tenta não ir contra os regulamentos do Partido). O infiltrado deve voltar às suas origens, porque se assim não for: o que aconteceu nas últimas eleições, continuará por mais uma década. É só um aviso à navegação!

Até para a semana

(Imagem: Pacheco Pereira [Ed.] - Google Images)

Comentários

  1. Olá Lenny,

    Mais um esquerda caviar, hein? O mundo está cheio deles. Não sei o que dizer desta gente, a sério. E porquê? Porque não os vejo fazer algo de concreto por aqueles que precisam de verdade. Falam, falam, falam, falam de injustiça social e disto e daquilo, mas fazer que é bom...nada.

    Em Portugal, temos gente a viver em bairros onde ainda as pessoas defecam para baldes e depois despejam-nos nos contentores do lixo: o que é que a esquerda nacional faz? Dá casas com as devidas condições sanitárias a gente trazida do estrangeiro só para se sentirem bem consigo mesmos "hoje fiz uma acção boa". Parece que os nossos portugueses não merecem essas boas acções.
    Esta crítica, porém, também se estende à direita cristã...claro.

    Quanto a Pacheco Pereira: não o conheço bem. Só sei que tem um blogue maçador e uma escrita pesada. Vi-o falar duas vezes na telly mas pareceu-me um Humpty Dumpty político. Não me caiu bem no palato.

    Será um espião dentro do PSD? Poderá, há tantos naquele partido, que levaria uma década a limpar a casa. Porém, o Sr Passos Coelho bem tentou e, desde então, é atacado por membros sem brio do seu próprio partido de forma descarada.

    Bom artigo e concordo que se deva expulsar os infiltrados.

    Beijocas

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    1. Olá, Max!
      Minha cara, toda gente fala mal de Marcelo Rebelo de Sousa (um redondo como diz o Sócrates, só não o foi quando o mesmo Marcelo fez uma campanha porca para derrubar Santana Lopes e beneficiá-lo a ele, Sócrates).
      O personagem P Pereira não passa dum hooligan da politiquice; that's all folks

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  2. Sempre desconfiei deste homem, lenny. Deveriam chutá-lo do partido mesmo.

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    1. Olá, Carla!
      Eu já teria confiscado o cartão de militante quando recusou uma missão na UNESCO, porque não queria estar debaixo de ordens do então Primeiro Ministro Santana Lopes.
      Num partido há regras e uma delas é respeitar o detentor do cargo máximo, e se se tem alguma altercação, crítica, dúvida, o que quer que seja, cospe-se tudo dentro dos muros da sede ou das delegações do Partido.
      Um partido não é uma reserva de animais, é um lugar de debate e convergência de ideais ainda que possam existir divergências na implementação de estratégias.
      Reitero: fora com esse espião!

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  3. Mas a menina tem coragem de ir atrás do intelectual de portugal! Olhe que só disse o que a maioria pensa mas nunca teve coragem de dizer. Se não fosse o Duarte Marques, e agora a lenny, este homem jamais teria sido exposto à crítica. Mas sair do partido, ser expulso? Não sei se o PSD tem coragem para isso, sabe lenny, ainda somos pouco corajosos, ainda somos tímidos nestas coisas.

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    1. Olá, Anónimo!
      Eu não fui atrás do intelectual, ele é que se expôs armando-se em intelectualóide com as suas derradeiras posições políticas.
      Quando expulsaram o Capucho, isso sim foi de uma posição extrema raiando quase "a ter lata".
      Este homenzinho nem sequer é social-democrata nato; é mais um aproveitador ingrato que não trouxe nada ao partido, nem seguidores nem sequer uma nova visão social-democrata: fora com esse fuínha.

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  4. Respostas
    1. Olá, Maria Joaquina!
      Ora aí está uma grande verdade!
      Bjocas

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