O PS e a Falácia do Desemprego em Portugal


Os caros leitores lembrar-se-ão que neste blogue desmistificámos o conceito dívida; pois bem, desta vez desmistificaremos o desemprego.

No hemiciclo de S. Bento está sentado o economista João Galamba que foi transformado em deputado pelo Partido Socialista de Sócrates.
Bizarro, se pensarmos que numa das sessões da Comissão de Inquérito Parlamentar, ficou demonstrado, pela lição ad hoc ministrada pelo Governador do Banco de Portugal, que o economista-deputado não domina bem as matérias do seu curso.

Então porque foi ele premiado com tal honraria?
Não faço a mínima ideia, sei contudo que faz uso do seu assento parlamentar para se armar em enfant terrible que utiliza linguagem rasteira para chamar burlão, falsificador e mentiroso ao governo do seu país.
Sabemos que ele conhece bem o mundo da decepção, pois foi apanhado em flagrante delito a roubar o ganha-pão de outros cidadãos através do crime de pirataria. Ao ostensivamente assumir a postura de sonegador de direitos audiovisuais, este deputado está a contribuir para o desmantelamento das PMEs (pequenas e médias empresas), para o prejuízo dos clubes de futebol (que também beneficiam dessas transmissões) e para o desemprego dos funcionários desse ramo.

O que é o desemprego?
Não sei o que seja, mas sei o que é um desempregado: é alguém que vive desesperado sem saber se amanhã terá água para tomar banho e lavar os dentes; se terá gás para aquecer a água e fazer um café feito a partir da borra do dia anterior; é alguém que não sabe se terá electricidade para passar a roupa para se apresentar às entrevistas, ou para fazer uso do Simplex e procurar emprego através da Net. Um desempregado é alguém que não sabe se terá fundos suficientes para o metro, comboio, Lisboa transporte, stage coach e carris ou algumas vezes o táxi, devido as inúmeras greves no sector dos transportes; porque o subsídio de desemprego já era.
Um desempregado é alguém que vive mortificado pelo caos psicológico.

Que fazem os políticos? Falam...falam...falam...e o povo finalmente apreende o significado de falácia: quando estão no poder dizem que estão a trabalhar para mitigar o problema; quando estão na oposição fazem figas para que o problema se prolongue e se agrave porque talvez venha a ser uma das plataformas que os venha fazer regressar ao poder: idiótico!

Ora, o deputado João Galamba sabe muito bem que a sustentabilidade da economia depende grandemente do ser humano, este não é mental nem psicologicamente estático, daí a explicação dos ciclos económicos: uns ascendem até atingir o pico e depois deslizam, outros declinam vertiginosamente e depois retomam lentamente a subida; isto para dizer que, desde que a crise se instalou em 2008, não é de espantar que o desemprego esteja só agora a atingir o seu pico e, vale a pena lembrar ao sr. Galamba que o maior causador do problema do desemprego foram as vistas curtas das políticas do Partido Socialista na era do eng. Sócrates.

Aah João Galamba, sr. Independente, essa retórica de que o desemprego seria ainda maior se se contasse com o número de pessoas que sairam das listas oficiais, outras que não se inscrevem e, outros que ainda se reformam mais cedo (aqui iriam morrer porque não têm o 401K); é a mesma táctica usada pelo GOP no norte da américa, para menosprezar a baixa de desemprego nos EUA: Jonhny be original, ok buddy?

Numa crise como a que está quase a amainar (mais 3 anos para a normalidade), o número de desempregados não decrescerá do pé para a mão:

porque os governos não estão no ramo de criação de emprego,
porque as pessoas estavam endividadas até ao pescoço (a procura encolheu e a oferta retraiu-se, dando lugar a despedimentos em massa),
porque as pessoas maioritariamente reagiram negativamente a esta crise. Quando tal fenómeno se verifica, não há plano macro-económico que resulte, nem subsídios que cheguem para tudo e todos, nem grupos de trabalho para atacar a crise, nem soluções à la carte como a subida da re-subida de impostos para os ricos ou baixa de impostos para a classe média, nem sequer compaixões deslocadas para com os mais carenciados; visto que quando a estupefacção conduz à indolência, a nação mergulha no abismo porque o “povo é quem mais ordena”.

Que devem os políticos fazer? Devem ser incisivos e eficazes!

Os políticos têm estado a alimentar e a perpetuar os preguiçosos, os chicos-espertos e os falhados como eles próprios: sangue-sugas, pessoas por conta do Estado sem resultados para o colectivo.
Ninguém que entenda a grandeza da vida foge da luta justa: oportunidades iguais para todos!
Nenhum ser humano digno e orgulhoso do seu intelecto aceita viver de esmola, pessoa alguma quer desbaratar o erário público; já que nem todos poderemos ser ricos, mas todos sem excepção poderemos aspirar viver confortavelmente, para podermos enfrentar as lutas necessárias e inerentes ao ser humano.

Srs deputados façam uma manobra de heimlich no povo português:

1- Acabar com as taxas de manutenção bancária
Nenhum depositante deveria pagar para depositar o dinheiro no banco.
A minha amiga Riquita (desculpa lá, miúda) tinha guardados €1.000 na Caixa Geral de Depósitos para as suas emergências; entretanto ficou desempregada e recebeu o subsídio de desemprego durante 18 meses, findo este prazo ainda não havia conseguido um novo emprego. Resolveu deitar mãos à obra e, começar uma pequena actividade para se aguentar, eis que quando chega à Caixa, estes dizem-lhe que não havia dinheiro porque fora utilizado para despesas de manutenção de conta.
Agora pergunto eu: será que o sistema informático fora instalado para a posteriori ser pago com a poupançazita da Riquita, e de outros sem grandes recursos nem voz? Porquê que os políticos e juízes obrigam o povo a alimentar a ganância dos banqueiros?

2- Não ao corte de electricidade, Água, gás e Telefone fixo
Para tempos de crise, o governo deveria emitir um Título do Tesouro para o mercado interno, para garantir o pagamento às empresas de serviços de luz, água, gás e telefone fixo; as pessoas que ficassem a dever (por impossibilidade certificada pela Junta de Freguesia da residência) quando voltassem ao normal pagariam parceladamente a sua dívida (acrescida de um pequeno juro) num conta bancária, para o efeito, na Caixa Geral de Depósitos.
Embora os devedores tenham sempre que reembolsar a sua dívida, a outra solução para as empresas de serviços seria abaterem no seu IRC o montante em dívida.
Qual a razão? Muito simples, se a pessoa está sem job, neste mundo de hoje, nenhum governo ou Partido decente deveria permitir a humilhação total das crianças destas famílias. Se temos capacidade para choramingar pelos mais desfavorecidos e destituídos sintamo-lo através de acções visíveis e producentes. Assim, os desesperados e aflitos não se sentirão espezinhados; e a vontade de partir para a luta será encarada sem nó angustiante e o regresso a casa não será degradante.

3- O salário minímo deverá passar para €1.000
E não me venham com a retórica do quanto custaria esta operação, porque os subsídios para tudo e mais alguma coisita, o dinheiro que se dá à EDP, os custos suportados pelo Estado nas Parcerias Público-Privadas, os subsídios aos colégios privados etc etc... suportariam a parte dos assalariados do Estado e; os privados só teriam que explicar e fazer compreender aos seus trabalhadores o quanto teriam de produzir para alcançar tal pagamento.

Soe dizer-se que “enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”, pois bem, os três pontos acima descritos são a folga, depois cada desempregado terá cabeça para saber se muda de profissão, se continua a sua formação ou se se associa a outros e cria algo espectacular.

Os políticos precisam que o povo os guie e não ao contrário; os políticos para comerem do suor e canseiras do povo português devem merecê-lo e o merecimento ganha-se com legislação palpável e favorável ao povo. Os políticos  desconhecedores do toque de Deus, ateus, ignorantes quanto ao papel da religião na vida de um ser humano, por mais livros que leiam continuarão carneiros seguidores e nunca impulsionadores das massas; logo, serão quanto a mim uns insatisfeitos e atormentados de vocação.
   
Bom, a conversa já vai longa, está um calor infernal, as férias estão aí, portanto:

Até para a semana

(Imagem [Ed.]: João Galamba - Google Imagens)

Comentários

  1. Xii, um ladrão está no parlamento português? Pensei que isso só acontecesse lá na terra hehehehe. Mas espera, um fazedor de leis quebrou a lei, não é isso? Txe...
    Gostei dos teus conselhos, é isso mesmo, porque o estado não ajuda mais as pessoas? Boa dica, lenny! Todos precisam do desemprego para política, o que quer dizer que usam os pobres para fazer política e assim nunca podem acabar os pobres. Jesus tinha razão!

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    1. Olá, Leila!
      Claro que Jesus tinha razão!
      Enquanto houver homens, haverá pobres; uns por escolha própria; outros por incapacidade e outros por infortúnio. Cabe-nos a nós ajudá-los a encontrar soluções (não esmolas ou subídios como sistema) porque o trabalho é enaltecedor e se nem sempre é compensador há que ter a coragem de saciar a insatisfação: procurar outra ocupação.
      Os políticos precisam de entender que ao fazerem uso da pobreza da maneira rasteira como a propalam só estão a encorajar os desfavorecidos e destituídos a cairem na miséria: e depois?

      Aquele abraço

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  2. Parabéns por este artigo: a lenny deverá certificar-se de que não utilizarão as suas ideias sem lhe conferirem o devido crédito.
    O estatuto dos políticos está tão baixo que é preciso que pessoas como a lenny apresentem ideias concretas para mudar a vida dos cidadãos que os eleitos deveriam servir; ao invés queixam-se do governo, insultam os governantes e nada de apresentar soluções sérias. Votaria em si em qualquer momento. Parabéns!

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    1. Olá, Anónimo!
      Se alguém utilizar as minhas palavras e não der crédito, irei recorrer aos tribunais; não desejo emprego nem dinheiro (graças a Deus, estou servida), só quero que digam "como diz a Lenny no Etnias": é tudo.
      Obrigada pelo cumprimento "vénia" ! O melhor de todos os votos é a sua passagem pelo Etnias :-)
      Meu Caro saiba que quando o Etnias atingiu os 1.000 plus, a Max aumentou o meu salário.
      Agora estou na busca de atingir 100.000 leitores por semana, com a ajuda preciosa de todos os nossos leitores. Sei que chegaremos lá e Portugal ultrapassará a nossa claque luso-americana. Que me diz desta plataforma política?
      Cumprimentos

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  3. Lenny! Lenny! Lenny! Lenny para PM!
    "Os políticos têm estado a alimentar e a perpetuar os preguiçosos, os chicos-espertos e os falhados como eles próprios: sangue-sugas, pessoas por conta do Estado sem resultados para o colectivo." - temos fadista nesta casa portuguesa, concerteza!!!
    Esse João Galamba é um retardado: mas o que é essa merda de citar Baudelaire e coisas que tal? Pelo que vemos não lhe fez nada! O que é que ele aprendeu? Quando abre a boca chegamos à conclusão que não aprendeu nada! É mais um pretencioso. Pá, será que ele é casado com a Raquel Varela? HAHAHAHAHA....mesmo nível, tá?
    Lenny, ao menos podemos contar contigo para termos soluções concretas, agora basta saber se os políticos têm coragem para te ouvir, para ouvir uma portuguesa que realmente se preocupa com o povo e apresenta propostas decentes! BRAVO!!!!

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    1. Hey, hey, hey...
      Obrigada, obrigada, obrigada "vénia"!
      Aprendeu direitinho com o seu mestre José Sócrates, este também gostava de citar A, B, C e shit, shit, shit...
      Eu só desejava que estes políticos nos mostrassem e dissessem algo de novo nem que seja chocante, mas digam-no.
      HAHAHAHA....acho nunca poderiam ser casados, o pretensiosismo esganá-los-ia porque ambos não sabem quando parar.
      Os políticos que se lixem, quero é que o povo saia do marasmo e lute, que não aceite lágrimas de crocodilo, embargos na voz deslocados e fingimentos desprezíveis: c'est tout!

      Shabbat Shalom!

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  4. Um criminoso que dita leis! Deus nos valha!!!
    Conheço uma pessoa que está desempregada oficialmente mas empregada oficiosamente se é que a lenny me entende. Isto para lhe dizer que a lenny tem toda a razão, mas mesmo que não conhecesse esta pessoa eu só teria que ver os relatórios de aumento de confiança dos consumidores, quer dizer de onde vem esse dinheiro todo se estão todos sem dinheiro e sem trabalho? Só Deus, só Deus!

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  5. Olá, Maria Joaquina!
    Entendo muito bem, são aqueles que os anglo-saxónicos dizem que estão no "cash only system" ou seja são pagos em espécie e, tanto foge dos impostos o trabalhador "desempregado" como o próprio empregador: que mascambilha!
    Deus sabe, você suspeita, eu presumo e os deputados estão no golpe fraudulento.

    um abraço, caríssima!

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