Terrorismo em França: Quem Inculpar? Políticos, Artistas & Celebridades


Na semana passada, Paris foi palco de três ataques levados a cabo por terroristas islâmicos – 12 pessoas foram mortas, 5 foram feridas, na sede de Charlie Hebdo, na 4ª-feira; 1 mulher-polícia foi morta, um homem foi ferido, na 5ª-feira; 4 pessoas foram mortas e 4 ficaram severamente feridas, na 6ª-feira. Total número de mortos: 17 pessoas em 3 dias.
Estes ataques terroristas poderiam ter sido evitados – mas no exercício do meu direito à liberdade de opinião, eu declaro abertamente que a maioria dos políticos, artistas e celebridades mundiais (os defensores e simpatizantes do Islão) têm nas suas mãos o sangue de todos aqueles mortos em qualquer ataque terrorista islâmico.

A Liga Árabe condenou o ataque de 4ª-feira (mas talvez não o de 6ª-feira), contudo a sua condenação pouco, ou nada, significa quando muitos (se não a maioria) dos seus estados membros patrocinam terrorismo. Por exemplo, como poderão países como o Sudão e a Turquia (que já admitiram dar guarida a elementos de organizações terroristas) denunciar, com toda a sinceridade, um ataque terrorista? Como poderão nações como a Arábia Saudita e o Qatar (que patrocinam a maior parte dos conflitos religiosos mais terrorismo no Médio Oriente, Ásia e África), com toda a honestidade, condenar um ataque terrorista?
Eu teria aplaudido a Liga Árabe se esta tivesse tido a coragem do Sheikh David Munir  “Se [há muçulmanos que] não estão satisfeitos em viver num país liberal, podem emigrar e deixar-nos em paz” - realmente, esses muçulmanos insatisfeitos deveriam fazer as malas e migrar para os países muçulmanos onde as suas susceptibilidades não serão feridas e onde a liberdade de expressão, de religião, de associação é ignorada.
Eu teria ainda mais aplaudido a Liga Árabe se esta organização tivesse feito eco às palavras do Presidente Abdel al-Sisi:

“Será possível que 1,6 mil milhões [de muçulmanos] queiram matar o resto dos habitantes do mundo – 7 mil milhões – para que eles mesmos possam viver? Impossível!...(..) Digo e repito que precisamos de uma revolução religiosa. Vocês, Imãs, são responsáveis perante Alá. O mundo inteiro, repito, o mundo inteiro está à espera do vosso próximo passo...porque esta umma está a ser devastada, está a ser destruída, está a perder-se – e está a perder-se pelas nossas próprias mãos,”

Os defensores do Islão deveriam prestar atenção ao discurso do Presidente Sisi: o líder egípcio responsabilizou toda a umma pelos ataques terroristas à volta do mundo; não fez distinção entre os “muçulmanos moderados” e “os radicais”, nem entre a “maioria pacífica” e a “minoria violenta” - ele tem razão; mas pergunto-me se também ele irá ser apelidado de “racista” ou mesmo de “islamofóbico”?

O Estado Islâmico disse que o ataque de Paris foi um sinal de que “a vingança de Maomé 'acaba de começar'” e se juntarmos estas palavras à informação que temos acerca das tácticas empregadas pelos perpetradores, deveremos ser capazes de rever tudo o que pensávamos saber acerca da Jihad Global e o quão fundo vai.
A Jihad Global não é um assunto menor; logo seria bom se políticos, como a Ana Gomes, se abstivessem de twitar opiniões infundadas como Esta – principalmente quando Alan B. Krueger & Jitka Maleckova já refutaram o argumento de que a pobreza, e outros maleitas sociais, sejam a causa de terrorismo. Os políticos deveriam pensar antes de se expressarem, pois ser eleito não é carte blanche para falta de intelecto e demagogia barata.

Saïd & Cherif Kouach (cidadãos franceses) entraram na sede de Charlie Hebdo com Kalashnikovs e RPGs nas mãos, em pleno dia: como é que foi tal coisa possível?
Um perito de segurança disse ao i-HLS que “Nalguns bairros muçulmanos, em Paris e noutras cidades, há arsenais de armas” e que as células de terrorismo muçulmanas – em França – estão bem equipadas “com armas de calibre mais elevado do que simples armas de assalto” - como foi que permitimos que a situação chegasse a este ponto?

Os sinais estão todos lá: temos um problema islâmico em mãos, e é contraproducente tapar o sol com a peneira. Também é contraproducente continuar com as políticas de apaziguamento em relação a países Islâmicos (que alimentam o problema).
Vivemos numa aldeia global, querendo isto dizer que as nações têm que interagir umas com as outras, não obstante essa interacção implica reciprocidade (para além das oportunidades de trocas comerciais) – para bom entendedor meia palavra basta...
De facto, os sinais há muito que por aqui têm estado. Em 2013, escrevi que os Serviços Secretos deveriam agir como defensores da democracia:

“Após ter raspado mais um pouco, apercebi-me de que os SI estão numa privilegiada posição de ter que nos manter a todos seguros e, proteger as nossas democracias (de potenciais infiltrados).
Se olharmos bem para a Europa (um dos parceiros comerciais mais importantes da América), temos de reconhecer que há ali um problema severíssimo; um que os políticos estão a ter dificuldade em resolver.
O principal trabalho dos políticos é legislar (de maneira a beneficiar o povo), é resolver problemas e manter a população contente - i.e. a trabalhar, em segurança e distraída com futilidades. Quando os políticos falham, por sistema, em fazer o seu trabalho e o povo está infeliz por demasiado tempo, algo está profundamente errado e, alguém está a beneficiar com isso.
É nesta altura que a democracia está em perigo e, é quando os serviços secretos vêm em seu socorro: o establishment precisa de saber as intenções dos líderes políticos que por sistema se vêem incapazes de resolver os problemas; que por sistema não conseguem tomar uma posição firme perante questões cruciais e tomar partido dos seus aliados históricos; que mantêm relações com elementos suspeitos; que sistematicamente tentam interferir com a estabilidade e desenvolvimento de um país etc etc.
Certas figuras públicas proeminentes devem estar sob escrutínio também.

Raspo a superfície dos eventos e apercebo-me de que uma nova ordem está a ser dada à luz:

Comunidade Política Vs Comunidade da Secreta”

As palavras acima citadas nunca foram tão importantes como hoje; apesar de eu recentemente me ter apercebido de que até a comunidade da secreta pareça estar a precisar de uma reforma antes de poder assumir uma tão vital tarefa.

"O terrorismo está a tomar novas formas e nomes. Nenhum país, grande ou pequeno, no norte ou sul, este ou oeste, está livre dessa ameaça.
Estamos mesmo a fazer um esforço internacional concertado para lutar contra estas forças, ou vemo-nos ainda impedidos pelas nossas políticas, divisões, a nossa discriminação entre países, a distinção entre bons e maus terroristas?" -- PM Narendra Modi

Comentários