Militantes do Hamas (Fonte: Google Imagens) |
Numa altura em que o Estado Islâmico (IS) trava uma Jihad contra a Síria, o Iraque e o Ocidente (tal como declarado pelo jihadista inglês que decapitou um jornalista americano diante das câmeras), é curioso como o Hamas se deu ao trabalho de concatenar as suas acções com as actividades dos seus associados.
Como a duplicidade do grupo foi exposta, a habitual estratégia mediática perdeu a sua eficácia agora que cada vez mais ocidentais começam a aperceber-se que combater o Hamas é o mesmo que combater o IS.
Graças aos seus irmãos islamistas, o Hamas está a perder a guerra da opinião pública à medida que as similaridades entre si e o Estado Islâmico (liderado por Abu Baker al-Badgdadi) são cada vez mais óbvias:
- Dois grupos islamistas cuja liderança é corrupta (i.e. recrutam indivíduos para sacrificarem a sua vida pela causa de Alá, enquanto vivem luxuosamente no Qatar, no Dubai, Irão etc com fundos oriundos dos estados patrocinadores e de actividades criminosas na América-Latina [Fronteira Tríplice] e África),
- Dois grupos que consideram as mulheres cidadãs de segunda categoria (chegando ao cúmulo de dizer que se forem mortos por soldados femininos não irão para o céu),
- Dois grupos que detestam gays (a comunidade LGBT deveria ver o que eles fazem aos homosexuais: não é bonito),
- Dois grupos islâmicos que perseguem e matam minorias (o Hamas até usou uma igreja cristã, em Gaza, para atirar rockets de lá, na esperança que Israel a atingisse e a destruisse porque não querem infiéis no seu Estado Islâmico de Gaza),
- Dois grupos islamistas que odeiam o Ocidente e os judeus do fundo do seu âmago (embora o seu dinheiro seja bem-vindo),
- Duas organizações que têm representantes suficientes em países ocidentais e, logo, se sentem à vontade para ameaçarem a América, a Inglaterra, França. Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, Austrália, Israel et al, e para tentarem expandir o seu "Khalifah".
A única diferença entre o Hamas e o IS é que o primeiro depende de donativos dos contribuintes internacionais para financiar a sua "causa" e, logo, na maioria das vezes recorre a mentiras e ao engano; enquanto que o IS aparenta ser mais financeiramente independente - o que significa que são mais perigosos - logo os seus videos são mais fiéis à realidade (exibindo cadáveres verdadeiros e a carnificina é óbvia como poderão ver aqui).
O que é mais espantoso quando se pensa no Hamas, IS e outros grupos islamistas é que eles recebem apoio dos seus alvos: o Departamento de Estado (através da Casa Branca) está sempre a pressionar o Congresso para financiar a Fatah - agora unida com o Hamas, um grupo terrorista; países como a França, Espanha, Alemanha, Itália, Austria e Suiça têm o costume de pagar resgates a grupos terroristas Islamistas (encorajando, logo, o IS e outros a raptarem cidadãos ocidentais); e a UE paga os salários dos "funcionários públicos" em Gaza (levando-nos a pensar que a União Europeia paga salários a atiradores furtivos, a atiradores de rockets, e financia a compra de armas), através do Mecanismo Pegase.
O Reino Unido diz estar muito preocupado com a crise no Médio Oriente já que a situação poderá ter um impacto enorme em casa - por muito que eu admire os últimos esforços de David Cameron ao falar contra o Islamismo na praça pública; devo relembrar-lhe que o seu partido contribuiu em grande parte para o presente Nakba Britânico e, continua a fazê-lo sempre que decide condenar em público países que servem como tampão contra o Islão Radical, protegendo assim a Europa.
Mas continuem e, depois, quando o crescente atacar o Union Jack: God Save the Queen.
Certamente, alguns de vós estarão a acusar-me de ser uma alarmista (natural daqueles que gostam de enfiar a cabeça na areia) ou uma outra similar palavra; contudo, os sinais estão à vista e seria imprudente ignorá-los.
Como cidadã da Península Ibérica, eu sei que já aqui estivemos antes; e agora que o IS ameaçou reconstruir al-Andalus, perdoem-me por não desejar que a história se repita.
"As similaridades entre o Hamas e o ISIS são mais importantes do que as suas diferenças. Ambos gostariam de estabelecer um Califado. O Ministro do Interior do Hamas declarou-o neste discurso de 2013." -- Noah Beck in Obama's Hypocrisy on Hamas, ISIS and Iran
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