António Costa: "O Goês Católico"

António Costa (Fonte: Google Imagens)

Em Julho 2010, na edição nº 325 da revista Sábado, o carácter de António Costa é descrito como sendo de um rapazinho com acessos de cólera incontroláveis, visto que impõe a sua autoridade gritando com os vereadores, humilhando os seus subalternos mais directos e, indo ao cúmulo de dirigir-se a um edil com um “você está aqui a mais, não vale nada” e por aí fora.
No entanto, Costa é tido como trabalhador, talentoso, fiel com base na reciprocidade, amigo de seu amigo – espantem-se – solucionador de problemas e muito corajoso.
Freud explicaria uma coisa ou duas, perante tal percepção, pois não se entende como se pretende transformar um irrascível – abusador a priori (inseguro...?) – num homem admirável.

António Costa – ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, ex-ministro da justiça, ex-ministro de Estado, ex-ministro da Administração Interna e desde 2009 Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (esta está igualzinha a Kerala, fazendo fé no jornal Hindu "pot-holes continue to take life") – está presentemente a lutar pela liderança do Partido Socialista (NB: já o tentou em 2010 e nessa altura um anónimo afiançou que ele não conseguiria os seus intentos, porque “Sócrates não desisteria de lutar pelo poder”). Costa, neste momento, está em conflito aberto com o Secretário Geral do PS: se levar a sua avante não será sem uma luta cerrada por parte de José Seguro.

José Seguro, nem sequer se pode dizer que o seu camarada seja totalmente traiçoeiro porque, no dia 29 de Maio no programa da SIC “Quadratura do Círculo”, António Costa avisou-o de que partiria ao ataque, quando refrisou algo patético e irrelevante como “sou goês católico!”. Ó Joe Seguro, suponhamos que um black em plena televisão diria a uma nação inteira “ó, a propósito a minha origem é negra”, não suspeitaria da anunciação de tal redundância? Se a resposta é sim, então não achou perturbante que o “Babuch”, neste preciso momento, viesse com essa ladaínha de herança asiática?

Joe Seguro, faço-lhe estas perguntas porque no seu lugar, e obviamente dentro da minha cabeça, eu teria calculado assim: se Costa pretende o secretariado; para além do Luís Amado, quantos indianos (banianes, canecos e kojahs [ a minha avó era kojah]) haverá no PS?
Mas e se o Costa está a usar esta narrativa de herança asiática como mote para durante as vossas negociações, ele pedir ao Joe que o proponha como o candidato presidencial do PS?
O Costa afirma que não é um “euro-ingénuo”, mas você é certamente um “estratego-naïfe”. Mas que sei eu da camaradagem socialista?

“Dar força ao PS, para formar uma solução de governo forte e coesa, que gere confiança, estabilidade, esperança. O país precisa dessa solução.O país exige essa solução”. (António Costa no Expresso)
Esta é a ambição de “Babuch” que espremida significa nada. Ou antes, parece estar a dizer que quando tiver o poder, ele preparará uma solução de qualquer coisa e tomá-la-á para poder gerir a “fé, esperança e caridade”.
Meus Deus, e pensar que Portugal corre o risco de ter o primeiro kojah como presidente que só pensa em gerir confiança, estabilidade, esperança: por favor, matem-me!

Até para a semana!


Comentários

  1. Olá Lenny,

    Wow! É um verdadeiro amor nas relações com os subalternos e colegas, não? Se tivesse que trabalhar com António Costa e ele me falasse nesses modos ter-lhe-ia que dizer uma coisa ou duas. Que desrespeito.
    De qualquer modo, não gosto deste indivíduo ainda que talvez devesse apoiá-lo por pensar que Portugal precisa de ter representantes das minorias no poder; mas nem isso me compele a apoiá-lo. Prefiro esperar por alguém melhor (em todos os aspectos).

    Bom trabalho, Lenny. E fartei-me de rir.

    Beijocas

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    1. Olá, Max!

      É um casca grossa!

      As minorias têm de lá chegar pelo seu pé; não através de tropelias nem maquinações como esta do Costa; ok?

      Max, sabes bem, que faço orgulhosamente parte das ditas minorias; posso por isso afiançar que para merecer o que quer que seja, as pessoas devem-no conquistar honradamente.

      Bom, em princípio as regras do jogo são as mesmas para todos mas, se alguém tentar injustamente deitar-me abaixo (a arena também abarca gente menor), sem dó nem piedade, eu enfrento o animal.

      Então, o Seguro que não é moço de recados, nem do Mário Soares nem do seu protégé; que parta para a ofensiva, sem demora.

      Boa semana de trabalho, boss!

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  2. Mas que homenzinho desagradável, hein? Fogo! Ele confessar-se goês na televisão nacional é o mesmo que o Oceano confessar-se negro naqueles programas de desporto...pera lá: ó António Costa, não sabíamos que era caneco! Uau!!! Olhe, lenny, ri imenso e parto para o Shabbat a rir!
    Onde anda o nosso amor perfeito?

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    1. Olá, Carla!

      É um carne de pescoço!

      Ou então o R7 vir dizer "eu sou madeirense!"

      Os canecos ( mistura de goeses/ indianos com caucasiano: Luís Amado, Narana Coissoró, Catarina Furtado etc...) são normalmente mais claros, e passam geralmente por brancos.Os moçambicanos self-made antropologistas distinguem-nos a todos: é muito interessante!

      Boa semana de trabalho e espero que o Shabbat tenha sido perfeito!

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