Eu poderia aqui alongar-me em congratulações ao governo por estarmos fora do controle da Tróika, mas não o farei porque quando votei no programa social democrata foi sob a promessa implicíta de que, se o PSD fosse governo, as contas seriam postas em ordem; porém direi apenas “bravo” porque a palavra foi honrada.
Sim, até o Presidente do Eurogroup, o socialista Jeroen Dijsselbloem diz-se feliz por Portugal, mas por não ter feito uso do programa cautelar – uma espécie de garantia de pagamento aos especuladores que compram Títulos de Tesouro e Obrigação nos mercados internacionais (basicamente, trata-se de uma disposição do Mecanismo Europeu de Estabilidade que nunca foi usada nem desenvolvida: imagine-se!) – o nosso país estará por sua conta se se vier a verificar que a saída foi mal calculada.
O vice-primeiro ministro Paulo Portas diz que Portugal deve agora apostar tudo no investimento para assegurar o crescimento da economia e combater o desemprego: parole que vous semez au vent, porque os investidores estão a rumar em direcção à Irlanda cujo IRC é 12,5% e ao continente das novas oportunidades: África.
O que desejo saber é o que Portugal fará de agora em diante? O que farão realmente os políticos portugueses para que Portugal se transforme num país orçamentalmente respeitável?
Calculo que irão recorrer à mesma velha fórmula: aumentar os impostos; reduzir os salários da função pública por tempo indeterminado; inventar novos parâmetros para o cálculo (roubo) das reformas; fechar mais maternidades e escolas por falta de crianças; no fim, irão proceder à reposição de um estado social sobrecarregado e assim nunca mais sairemos da cepa torta.
Quanto ao investimento, acho que devemos esquecer essa treta das grandes multinacionais se virarem para Portugal, porque os salários são jeitositos, ou porque terão grandes vantagens fiscais ou por alguma outra fraqueza, porque essa caravela está agora a virar-se para África.
Portugal e os portugueses devem ser criativos: fazer coisas que interessem e tenham utilidade para essas multinacionais que vão redobrar o cabo das tormentas, porque África é um continente que não nos é estranho; fazer associações com os jovens africanos que aqui estão a estudar e oferecer serviços de qualidade aos chegados de novo a África.
Outro mercado é a Índia onde nos podemos destacar com ofertas de outra índole, sendo Goa, Damão e Diu um ponto de partida; é verdade que os indianos são ferozes quanto à criatividade, mas é um mercado infindável constituído por 1000 milhões e tal de criaturas.
Um outro mercado fenomenal é o israelita – esqueçam essa porra dos boicotes, saibam mandar àquela parte os políticos que por razões obscuras emperram a vida de terceiros – são super inventivos e de coisas que todo o mundo quer e precisa.
Jovem português, não fiques à espera do governo: faz pela vida, faz de ti um vencedor e Portugal será grandioso (PIB, rendimento per capita, trabalho para quem quiser, e uma economia invejável). Lembra-te, jovem, que Portugal já foi grande e, se as pessoas não acompanharam essa grandeza foi devido à tacanhez (sabes bem do que falo: preguiça, indolência, inveja, rancor e o laisse faire du hazard).
Pelo bem estar de Portugal, todos sem excepção, devem pagar impostos. No futuro exigiremos que as nossas reformas sejam intocáveis; que o Serviço Nacional de Saúde seja gerido competentemente; que as doações feitas por indivíduos como contribuição para a manutenção dos parques escolar e hospitalar sejam dedutíveis no IRS; que os cidadãos sejam incentivados a ser responsáveis pelos membros das suas famílias; que o poder local crie mecanismos visando o envolvimento dos jovens na dinâmica das suas comunidades; que as empresas e trabalhadores tracem metas que sejam benéficas para todos; e, acabar com o estado da pedinchice. Em suma, os portugueses devem comandar os desígnios da sua vida, e para tal só anseiam por alguém que comande o aparelho do estado justamente.
Espero que este governo não se deixe enfraquecer devido às distracções políticas do PS, que não relaxe coisa nenhuma, que prossiga com as medidas até que Portugal esteja livre de escorregadelas, perigos e que finalmente se verifique a consolidação total e completa.
Espero sinceramente que este governo ganhe as eleições Europeias e as legislativas com uma única promessa: re-erguer Portugal!
Até para a semana!
Olá Lenny,
ResponderEliminarÉ isso mesmo, Portugal tem de se virar para mercados mais interessantes com produtos que só nós poderemos produzir; produtos Made in Portugal. Também poderemos surfar na onda africana mas talvez de um ângulo diferente: em vez de corrermos para o continente, deveríamos enviar produtos nacionais para lá (após um marketing bem feito nesses países onde a classe média está a aumentar e os ricos gostam de gastar).
Águas minerais, sumos Compal (porque o Ceres da África do Sul é uma miséria), exportação de pastéis de natas para os hotéis; bacalhau; castanhas, uvas etc...coisinhas que toda a gente gostaria de ter por lá mas não tem e quando tem á a preços impossíveis.
Portugal tem de parar de se comparar com outros países e aperceber-se do seu próprio potencial. E os empresários portugueses têm de parar de ficar à espera do governo para tudo e mais alguma coisa (inclusivé o marketing internacional dos produtos portugueses - juntem-se e façam-no vocês. Comecem aos poucos).
Excelente artigo. Adorei, Lenny - obrigada.
Beijinhos
ResponderEliminarOlá, Max!
Eu nunca vi povo que gostasse tanto de se diminuir; dá vontade de salir a puñotasos!
Bom fim-de-semana, minha linda!
Foi um bom trabalho deste governo, há que admitir! Agora resta-nos a nós portugueses fazer a coisa certa, votar neste governo para que ele possa continuar com a dita disciplina fiscal, como a Max gosta tanto de dizer. Eu rezo ao Senhor para que tenhamos sucesso e não tenhamos de voltar a uma crise como esta durante muito tempo!
ResponderEliminarLenny, concordo consigo, porque não nos viramos para outros mercados e fornecemos produtos que só nós podemos produzir? Temos tanta coisa boa aqui no nosso país! Meu Deus!
EliminarOlá, Marian Joaquina!
É verdade, há que deixar este governo consolidar as contas e encorajá-lo a passar legislação para evitar o despesismo; uma espécie de um tecto que seria supervisionado pelo Parlamento.
Não fazemos mais porque somos uns inertes de mão estendida a pedir batatinhas ao governo,
Não se esqueça de ir votar, caríssima.
Tudo de bom para si, amiga!
Olá meus amores! Ainda não decidi em quem votar, mas as coisas parecem estar a melhorar! E por isso só: parabén, portugal; parabéns portugueses que foram bem valentes!
ResponderEliminarEu concordo que todos têm de pagar impostos. Fim às isenções!!!!!
ResponderEliminarHey, hey, hey...
Fim às borlas de todas as espécies!!!
Ó pá vais votar e pronto; mas escolhe bem: eu sei que o farás: PSD/CDS.
Saudações cordiais pelo voto certo. ;-)