Bandeira Angolana |
O presidente exigiu um jornalista específico (Henrique Cymerman) e optou por "revelar" a boa relação entre Angola e Israel - a nível diplomático, militar e de segurança.
O Henrique Cymerman parecia um marionete: as suas perguntas foram superficiais, os seu sorrisos falsos e, basicamente, ele (um jornalista extremamente respeitado) parecia estar a fazer figura de tolo - foi como se estivesse a certificar-se de que o mundo soubesse que fora forçado a participar naquela fantochada.
Já que a maioria em Portugal desconhece por completo a relação entre Israel e Angola, porque é que o presidente dos Santos sentiu a necessidade de fazer menção dela? Só se pode partir do princípio de que estivesse a enviar uma mensagem a alguém...mas a quem? Quem quer que fosse a pessoa; não temos a certeza de que a mensagem subliminar enviada por um político corrosivo-corrupto vá afectar os objectivos desse indivíduo/entidade.
O presidente angolano também se referiu às suas boas relações económicas com o Brasil (cuja presidente, Dilma Roussef, nos fez rir quando no ano passado afirmou que Angola era "o bastião da consolidação democrática") e com Portugal (cujos líderes políticos e elite estão a vender o país ao desbarato à família dos Santos, e aos seus comparsas, sem questionar a verdadeira origem dos fundos).
Quando lhe perguntaram acerca do relacionamento de Angola com a China, o presidente justificou a exploração chinesa com a seguinte explicação: após a independência, em 1975, ninguém no ocidente emprestava dinheiro a Angola porque pensavam que esta fosse rica (nota: esqueceu-se de transmitir que a razão fora porque o país estava alinhado com a União Soviética); logo, tiveram de se virar para a China - o único país disposto a emprestar-lhes aquilo que necessitavam. Por isso, agora, está na hora de pagar o empréstimo: Angola está a deixar os Chineses explorarem os angolanos, não porque a família dos Santos recebe incentivos financeiros para tal efeito mas sim, porque Angola deve à China.
Quando José Eduardo dos Santos teve a oportunidade de informar a audiência portuguesa acerca do seu trabalho político, leu os seus feitos a partir de um papel (estrategicamente colocado na mesinha de centro à sua frente)...
Fontes, em Angola, dizem que quando queremos ir ao banco levantar $200 o caixa irá ficar com $50 para si; quando chegamos ao aeroporto para sair da nação do Semba, o segurança dirá que a encomenda dos pimentos habaneros pode ser usado para explodir com o avião (e logo teremos de deixar o pacote para trás) a não ser que se lhe pague qualquer coisita; quando queremos começar um novo negócio temos de pagar à família do presidente - geralmente à sua número 2 (Isabel dos Santos, a sua filha, a wannabe-dona de Portugal) - senão...
Henrique Cymerman perguntou como é que dos Santos pretendia lutar contra a corrupção. O presidente respondeu que o seu governo havia criado mecanismos para combater os desvios (levados a cabo por funcionários públicos) e floreou o seu discurso à volta deste tema. Ponto final, parágrafo.
A melhor parte da entrevista foi quando o jornalista perguntou ao presidente dos Santos quem era o seu modelo político: ele respondeu que era muito difícil nomear um (N.B: por pouco que não se nomeou a si mesmo) porque o mundo está numa tal confusão; mas se tivesse mesmo que nomear um modelo seria o "Lula" (foi como tratou o ex-presidente do Brasil) porque ele combateu a pobreza no Brasil, encolheu o fosso entre os ricos e os pobres, criou uma sociedade democrática e inclusiva e todas as coisas que ele sonha para Angola...
Foi pedido a Eduardo dos Santos que descrevesse a ideologia do seu governo:
Resposta: uma democracia.
Continuou dizendo que o partido no poder era de esquerda mas que implementava políticas de centro-esquerda - depois, deu um risinho (para dizer a verdade, deu muitos risinhos ao longo da entrevista).
O presidente de Angola queria provar ao mundo que as políticas de esquerda são um verdadeiro sucesso e criam prosperidade para todos.
Deixamo-vos com um video de um Musseque (AVISO: se é sensível à imundice desaconselhamos a sua visualização):
Comentários
Enviar um comentário
O Etnias: O Bisturi da Sociedade™ aprecia toda a sorte de comentários, já que aqui se defende a liberdade de expressão; contudo, reservamo-nos o direito de apagar Comentos de Trolls; comentários difamatórios e ofensivos (e.g. racistas e anti-Semitas) mais aqueles que contenham asneiras em excesso. Este blog não considera que a vulgaridade esteja protegida pelo direito à liberdade de expressão. Cumprimentos