Maxiavelli: Desmond Tutu Não Consegue Manipular-me

Desmond Tutu (Fonte: biography.com)

Recuso-me a ser manipulada por Desmond Tutu.

O ex-bispo Anglicano Tutu é um activista que luta pelos oprimidos e contra o racismo, pobreza, sexismo e o virus do SIDA. Como humanitário conseguiu juntar uma colecção de prémios (Prémio Nobel da Paz, em 1984; Prémio Humanitário Albert Schweitzer, em 1986; Prémio Pacem in Terris, em 1987; Prémio Sydney da Paz, em 1999; Prémio Gandhi da Paz, em 2007; e Medalha Presidencial da Liberdade, em 2009); para depois, em 2012, anular o significado desses prémios (paz mundial) ao associar-se com terroristas racistas (Ahmad Abu Halabiya and Zaher Birawi, membros do Hamas), que advogam exactamente o oposto daquilo que o Sr Tutu diz defender.

A África do Sul, no passado, foi manchada pelo apartheid (i.e. separação das raças; proibição de casamentos mistos [relações sexuais entre duas pessoas de raças diferentes era crime]; segregação nos locais públicos [parques, praias, casas de banho, hospitais, restaurantes, autocarros para cada raça]; proibição do comunismo [ou seja, oposição ao governo]; sistema educativo separado; privar as"pessoas de côr" e os asiáticos do direito de voto etc) de 1948 a 1994.
A África do Sul, hoje, está manchada pela violência: os genitais das crianças é utilizado na feitiçaria para trazer boa sorte; meninas são violadas para curar o vírus HIV; lésbicas são violadas para serem "corrigidas"; e, um condutor de táxi moçambicano pode ser algemado ao carro da polícia e ser arrastado até à morte.

O comportamento político do ex-bispo Tutu, é mais ambíguo do que aquele de um político: apoia Israel no seu direito à defesa (porque fica bem repetir este mantra político) mas ao mesmo tempo, de forma propagandista, acusa Israel de implementar o apartheid (porque este tipo de mentira garante-lhe o acesso a certos grupos, conferências e prémios). Ele luta contra o sexismo, racismo, pobreza e SIDA, mas não o vemos a abordar o que se está a passar na sua própria terra onde a divisão racial continua; onde 10% da população tem SIDA; onde o número de meninas (entre os 10-14 anos) que engravidam e estão infectadas com o vírus HIV está a aumentar de forma louca - porque homens feitos têm relações sexuais com elas; onde um segmento da sociedade sul africana se crê dono das mulheres e crianças; e, onde um cidadão acabado de comprar o seu jantar, a caminho de casa,  é atacado com catanas só por causa de um frango de churrasco.
Até Desmond Tutu redireccionar as suas prioridades, eu recuso-me a ser manipulada por ele.

Mas retornemos à mentira que Desmond Tutu criou, e que outros repetem cegamente: Israel é um estado apartheid.
Qualquer ser humano minimamente informado, e livre de preconceito, discordaria: em Israel não há apartheid, porque não existe separação de raças (já agora, cliquem aqui para ver quem é a Miss Israel 2013); em Eretz Yisrael não é considerado crime ter relações sexuais com pessoas de raças diferentes; no estado Judaico não há segregação nos locais públicos (para dizer a verdade, até é bastante comum ver-se nos hospitais israelitas mulheres árabes, pretas, asiáticas e de pele clara a darem à luz umas perto das outras); qualquer ideologia política e qualquer partido é bem-vindo em Israel (incluindo os partidos árabes que servem interesses estrangeiros apesar de se sentarem no Knesset); e todo o cidadão israelita, de qualquer côr e forma, tem o direito de voto (como aliás, a Autoridade Palestiniana e a Liga Árabe já admitiram).
Desmond Tutu, e outros, são mais que livres de simpatizar com a Causa Palestiniana; mas deveriam fazê-lo com mais dignidade: ser minimamente verdadeiros, baseando-se em factos; ter a coragem de admitir em público que a liderança Palestiniana é defeituosa e ajudar os Palestinianos a provar que realmente conseguem construir uma nação, ao fazerem bom uso dos fundos doados. Fazer comentários incorrectos, inflamatórios e populistas não é a melhor maneira de ajudar - isto é, se Desmond Tutu está verdadeiramente preocupado com os Palestinianos e não meramente a usá-los como veículo de auto-promoção.

Por tudo o acima disposto (e mais), eu declaro que Desmond Tutu não me consegue manipular. E a si?

Comentários

  1. Eu, também, não me permito a ser manipulada por esse senhor!
    Eu acharia desejável que, os líderes da dita Palestina (OLP e HAMAS) pensassem sempre, em primeiro lugar, no bem estar do seu povo; que entendessem de uma vez por todas, o quão contraproducente é o uso de linguagem inflamatória, se o que eles, verdadeiramente, desejam é um país.
    Quanto ao bom Bispo, a sua missão deveria ser um activismo factual e produtivo como: a luta contra a guerra, fome, pobreza e doenças que estão assolando o seu próprio comtinente de cabo a rabo.
    Bom trabalho!
    Bjcas

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    1. Olá Lenny :D!

      Fazes bem. É incrível como as pessoas (inteligentes até) caiem nas conversas deste senhor, sem se questionarem. Ele tosse, todos tossem; ele profere mentiras, todos as repetem...é impressionante.

      Aí é que está, a Palestina (OLP e Hamas) não querem um país; querem manter o status quo (i.e. continuar sendo o proxy de certos países). É uma vergonha.

      Podes crer, África precisa mais dele do que a Palestina (que tem a liga Árabe) - mas se calhar, ajudar o continente africano não produz prémios suficientes...

      Obrigada, querida, pelo teu comentário :D. Adorei.

      Beijocas

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  2. Estou chocado! Não sei se as pessoas estão a clicar nos links dos membros do hamas mas os tipos são uns racistas do caraças! E o Desmond Tutu é amigo deles e apoia a causa destes tipos? Epá, só podemos andar a brincar!

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    1. Olá Anónimo :D!

      Infelizmente essa é a realidade. O que interessa é a manipulação das massas, porque sabem que estas não se questionarão.

      Anónimo, obrigada pelo seu comentário :D.

      Um abraço

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