Símbolo da República Portuguesa |
Em
Abril de 1974, uma amiga, em Moçambique, deu-me os versos de Grândola Vila Morena de Zeca Afonso. Tínhamos 16
anos e ela explicou-me que aquela bela canção Alentejana simbolizava o fim do
fascismo em Portugal.
Ela
e eu, com os pulmões a todo o vapor, cantámo-la esperançosas de um novo amanhã,
sem medo e, pela primeira vez pronunciámos a palavra democracia; para depois em
1976 ela e seus pais partirem de Moçambique (seu país e terra mãe) sob a ordem
de marcha 20-24 - i.e. “Suka daqui para fora, só com 20Kgs e em 24 horas!”
Fiquei
a magicar sobre o sucedido e, bem cedo, descobri que a democracia tinha vários significados.
Por exemplo, em Moçambique significava o seguinte: “A ditadura do proletariado é
a forma suprema da democracia” e como é bom de ver, não fiquei para destrinçar
o significado da afro-salgalhada.
Neste
momento, estamos a viver uma euro-salgalhada em Portugal. Não que a democracia
esteja a perigo; não que estejamos na banca rota; não que o povo português
esteja a lamber o chão; não que, tão pouco, estejamos a viver num mar de rosas;
estamos sim a atravessar uma crise exasperante cuja origem é mais ou menos
conhecida; logo, este é o tempo para reflectir - mas quem conseguirá fazê-lo
neste diário clima festivo-revolucionário?
Como
vos entendo, meus caros: primeiro, temos os avózinhos e os netinhos da plataforma “que se lixe a troika”, na
Assembleia da República a cantar, sem alma, Grândola Vila Morena, numa acção
provocatória, ao interromper a intervenção do PM Passos Coelho. Depois, temos o sindicato CGTP (comunistas) a organizar jornadas nacionais de luta nas
capitais de distrito, e lá estavam todos os suspeitos do costume (PCP, os Verdes,
os do BE e os do PS) a mandar os seus bitaites furados. Por fim, temos os mass-media a transmitir o dia inteiro chorrilhos de asneiras e coisas
incompreensíveis.
Essa
gente está toda empregada com o seu ganha-pão garantido; ao fim de semana não quer
partilhar o tempo com as suas famílias, está aborrecida e para preencher o
tempo convoca manifestações sem fim à vista, arrastando consigo pessoas que não
sabem o que fazer perante tanto desassossego social.
Povo
de Portugal, depois de andares a semana inteira preocupado com a tua vida, não
permitas que qualquer um tenha poder para te acicatar por dá cá aquela palha! Meu
concidadão, este é o tempo em que tu te agarras à tua família, em que reflectes
sobre o que realmente desejas para portugal. Caríssimo, tu sabes pensar por ti,
tu és quem realmente detém a chave da democracia; ou seja, se não gostas do
rumo que o teu país está a tomar (sem dramas e sem gritaria) mostra a ponta da
tua bota aos políticos, e à sua camarilha, nas próximas eleições. Qual o teu poder? O voto!
Comunas de um raio! Sinceramente, Lenny, já estou farta deles desde o dia que nasci: aliás, qualquer Moçambicano que tenha passado pela bela experiência que foi o regime comuna em Moçambique (não havia comida, os miudos não sabiam o que era um bolo ou comer morangos...uma vergonha) detesta o comunismo e os comunas idílicos!
ResponderEliminarAgora estão a causar problemas na nação ao fazer com as emoções das pessoas estejam sempre ao rubro...fora com eles mas é!!
Olá, Anónimo!
EliminarA oposição perdeu a habilidade de travar a luta política em sede própria: o parlamento!
A rua é agora o lugar preferido deo PS, BE, PCP e Verdes; estes quatro estão apostados em tumultuar o país e criar o caos.
Olha não advogo que se faça como em Espanha ( acabar com os comunistas por decreto), mas gostaria que o povo português lhes mandasse uma mensagem...
Obrigada pelo seu comentário
Um abraço
Lenny, credo...o comentário anterior assustou-me ahahaha! Bem, é bem sabido que eu também não posso com esquerdistas (nem comunistas, nem socialistas); epá, são uns falsos, corruptos, pseudo-preocupados com os mais fracos quando só se preocupam com eles mesmos. Olha, há um socialista que agora me mete nervos: um tal Galamba ou Galambas...tem aquele ar de moderninho mas quando abre a boca...mete medo ao susto! Ele é a prova de que o nível da educação superior em Portugal tem vindo a decair que é um disparate - está na hora de aumentar as propinas, aumentar o salário aos professores (queremos professores de qualidade, que não sejam políticos e que não estejam a influenciar os alunos com a sua agenda política), melhorar o sistema de ensino e formarmos gente como deve de ser a nível internacional.
ResponderEliminarHey, girl!
EliminarÀs vezes olha para a nova geração de políticos, direita ou esquerda, e encho-me de esperanças; para logo a seguir vomitar.
Claro que as propinas devem aumentar, para se ajudar os mecenas e o Estado a equiparem melhor as Universidades e contratar professores de qualidade e esta tem um preço.
Volta sempre!
Graças a Deus que já muita gente a topar os esquerdistas. Pois eu acho que é tempo de acabar com os comunas, como fizeram em Espanha. O que é que esses comunas fazem para ajudar a desenvolver o nosso país? Só sabem provocar raiva, desacatos, escondidos atrás da cgtp. Os portugueses que abram os olhos. Agora andam com a Grândola na boca. Vão mas é produzir qualquer coisa para Grândola e arredores, porque nem a letra sabem. Haja paciência. Português anti comuna e afins.
ResponderEliminarOlá, Anónimo!
EliminarMuito obrigada, pelo seu comentário.
Numa democracia todos fazem falta; não acha? O problema é que, a liberdade dos foliões das manifestações, está a interferir com a dos que querem ir trabalhar e voltar para suas casas em paz. Mas como consegui-lo, se as ruas e os passeios estão, sempre, apinhados de gente que, escolheu estar desocupada, nesses dias de ajuntamentos esgotantes?
Um abraço
Em uma democracia o povo deve reconhecer as armas que possui. Se antes não podia falar, o direito de expressão pode agregar mais poder quando somado aos outros para demonstrar a sua insatisfação. No entanto, não são todos os cidadãos que tem a coragem de dar a cara a tapa e sossegados preferem afundar nos sofás para reclamar da vida. Neste caso, somente o voto lhe cabe, pois com ele escolhe quem coloca no poder. Se assim não faz, afunda mais uma vez no sofá e resigna-se! Boa semana!!
ResponderEliminarHey; Luma!
ResponderEliminarPor ter vivido sob um regime totalitário, eu sou amante da democracia e de todos os "perks" que ela oferece.
Adoro exercer o direito de voto; quando o partido da minha escolha não age em conformidade, faço uso do voto útil; quando os direitos, liberdades e garantias estão a perigo, não me coíbo de ir para a rua protestar; mas muitos dos que, durante os dias úteis de trabalho, andam por aí aos gritos, nem sequer vão votar: são um pesadelo.
Obrigadíssima, pelo teu excelente comentário.
Boa semana e um óptimo fim da mesma!!!