A Velha Banqueira de Jusepe de Ribera |
Li no DN que uma historiadora Portuguesa escreveu um livro, com a intenção de demonstrar
cientificamente, as seguintes suposições: os trabalhadores Portugueses são de
boas contas; o Estado Português é burlão; as PPP (Parcerias Público Privadas)
são sanguessugas; a Banca e a Portugal Telecom são fraudulentas; a Segurança
Social está delapidada; o grande Capital é lesa-estado; os médicos, enfermeiros
e professores são o parâmetro da defesa do serviço público e, o sistema
capitalista está nú.
Portugal
é um país onde os cidadãos são induzidos a olhar para o Estado como sendo o
solucionador da sua vida: as Fundações, de carácter social que supostamente deveriam
contribuir para a sociedade civil, são subsidiadas pelo Estado; as escolas
privadas são subsidiadas pelo estado, as empresas de serviços para os prestarem
dependem do Estado; os jornais e jornalistas estão debaixo da asa do Estado; a
regulamentação em vez de ser lei é uma entidade reguladora sustentada pelo
estado; os cidadãos recebem do Estado os mais variados subsídios; as Câmaras
Municipais para se financiarem precisam do Estado...portanto, quando a
historiadora clama que o seu livro revela as nuas contradições do sistema
capitalista, está a ser capciosa porque na verdade os portugueses, desde o 25
de Abril de 1974, vivem debaixo de um Estado Social ou Dirigisme - o que está longe de ser capitalismo.
Quem
sou eu? Eu sou os meus ascendentes, descendentes e familiares; sou as minhas
possessões, as minhas dívidas, as minhas vitórias e derrotas; sou a minha força
de vontade; sou o meu livre arbítrio; sou os meus sonhos; e sou o que o meu
amanhã me oferendar. Tudo isto é possível e provável num estado de direito,
democrático, livre, onde prevaleça a economia de mercado e, onde nem pessoa nem
coisa alguma controle a minha liberdade de acção. Em suma, sou uma
individualista pura e dura, logo eu sou indubitavelmente parte da engrenagem do
sistema capitalista.
A
historiadora afirma que “os Portugueses recebem o equivalente a 50% do PIB, mas
na massa total de impostos que entram no Estado, 75% vem do rendimento dos
trabalhadores e não do capital” – aqui vou até fingir que não sei que por cada
trabalhador o empregador contribui com 23,75% para a Segurança Social, que as
empresas pagam 25% de IRC, que os
patrões pagam também o seu IRS - mas,
honestamente, que raio de PIB é este; é decalcado de Cuba ou da Venezuela? Cada
um de nós produz a ridicularia de €17.047 anuais? Temos a certeza que estes
números são do Portugal do século XXI?
Então
os trabalhadores portugueses têm uma dívida do tamanho do universo: primeiro
para consigo próprios porque não conseguiram especializar-se de maneira a que o
patrão, na iminência de perder um bom operário, fosse obrigado a pagar-lhes um salário
condicente com a sua arte; segundo para com o Establishment porque este país oferece condições invejáveis para
que cada um de nós queira ir mais além e fazer mais e melhor; terceiro, e
último, têm uma dívida moral e ética para com aqueles que representam o futuro.
Senhora
historiadora, Raquel Varela; veja bem, entre um individualismo com consciência
social e pontualmente solidário e, um Sistema Social onde toda a actividade económica (à
mistura com idealismos) é controlada pelo Estado, prefiro o primeiro porque
pode ser reformulado e reajustado ao modo de vida actual, enquanto que o segundo
tem uma váriavel chamada ideal e esta, como todos sabemos, é corrupta.
Olá Lenny,
ResponderEliminarÉ...esta semana é a semana de me abrirem os olhos. Já és a segunda pessoa que me diz que Portugal é um estado social (logo, socialista) apesar de termos um governo de direita, ou centro-direita (já nem sei mais). Estou desapontada com Portugal.
Quanto a esta querida historiadora: é uma mimosa! E de esquerda, na certa. Não sei como é que ela conseguiu publicar um livro...será que não há editores, revisores, em Portugal? Será que não se corrige a informação contida nos livros antes de os publicarem? Estou desapontada.
Bem, Lenny, a imagem que apresentas da Lusitânia é assustadora e nada condicente com o século XXI. Que desapontamento...
Adorei o teu artigo.
Beijocas
Olá, Max!
EliminarEspero que, dentro de três anos, possamos estar livres desta crise, e então concentraro-nos-emos na restauração de Portugal e na renovação de mentalidades.
Não há dúvida de que é de esquerda e com uma agenda: baralhar as massas.
Editores? Já tentaste ler, um livro do escritor Lobo Antunes (dr. de psiquiatria)?
Obrigada, pelo teu comentário, minha cara.
Bjcas
Lenny, É demasiado evidente a cor política dessa escritora. Pessoas como ela, eu simplesmente ignoro. Forças com a tua luta para denunciares, todos aqueles que só querem viver à custa do estado, quando deve ser o País a viver à custa de todos os Portugueses. Já Kenedy dizia, antes de perguntares o que é que o País pode fazer por ti, diz o que é que tu podes fazer pelo país. Esta é que é a verdadeira questão.
ResponderEliminarForça com a tua luta para denunciares todos aqueles que só pensam neles próprios, e não no nosso País.
Força Portugal.
OLá, Victor!
EliminarObrigada pelo teu comentário.
A mulherzinha é do grupo dos esquerditas pouco iluminados, cujo conhecimento estagnou com a obtenção do canudito. Surpreende-me que as pessoas não entendam que o dinheiro dos impostos é para fazer o país avançar.
Aquele abraço
Lenny, sao 3:02 da manha e o ETV diz "86% da receita de IRS vem dos dois ultimos escaloes" por isso essa dama esquerdista nao sabe do que fala, logo o seu livro nao tem credibilidade nenhuma.
ResponderEliminarOlá, meu caro!
EliminarSó é cego quem não quer ver; yah?
Essa historiadora é uma esquerdita tendenciosa, e mais não digo.
Quanto ao seu livro, acho que ela deve queimá-lo e enfià-lo na veia, e talvez tenha um surto de realidade acerca do seu país.
Obrigada pelo seu comentário.
Um abraço