O Professor e o seu aluno de Claude Lefebvre |
Numa
conversa telefónica com um amigo Irlandês, este acusou-me de ser tendenciosa, porque
defendi que o caos em que o país se encontra era da responsabilidade directa
do Partido Socialista. Argumentei também que, o Partido Social Democrata votara
a favor dos 3 Planos de Estabilidade e Crescimento, por uma questão de
patriotismo. Estupefacto, o homem disse-me “Crap!”
e, acrescentou que naquele momento a pátria exigia, aos deputados do PSD, uma
dose de coragem para que chumbassem os malditos planos; rematando com “That’s a fact, Love”!
AH...factos!
Alguém disse em tempos “contra factos
não há argumentos” mas no dia 29 de Setembro houve um facto muito interessante:
o Consultor Executivo para o Dossier das Privatizações, contratado pelo
presente governo, veio a terreiro chamar ignorantes aos empresários portugueses
que se opuseram à introdução da medida da TSU. Estes ficaram agastados com o sr.
dr. Professor António Borges, e foram amargamente pronunciadas coisitas como “Ele nunca trabalhou na vida; nunca teve de
pagar salários" e que revela "total ignorância do que é o tecido empresarial português" possuindo uma "insensibilidade social perfeitamente
inaceitável...”
Cada
um com o seu estilo; não é verdade? Mas o que deveria ter sido dito ao sr. dr. Professor
é o seguinte:
“Reconhecemos-lhe o valor académico e professional,
mas não lhe concedemos o direito ao despautério. Talvez, quando se submeter ao
escrutínio do povo português, lhe concedamos a prerrogativa de ser excêntrico
no trato social; e, enquanto consultor do governo da nação, lembre-se o sr. dr.
Professor que os nossos impostos (54%) contribuem grandemente para o seu nível
de vida”.
Dizem
ainda os jornais que tal importunidade se passara durante uma reunião no
Algarve composta por 300 empresários com representantes de Moçambique, Angola,
Índia, Emiratos Árabes Unidos, Brasil e Portugal. Neste business gathering, António Borges, terá ainda reforçado a sua
ideia quanto à burrice dos portuguese
entrepreneurs ao afirmar que se, os mesmos, fossem seus alunos não
passariam do 1º Ano por não compreenderem a significância da medida.
Especulação:
Estaria o Mr Borges a pretender estrelar-se
ainda mais investindo-se daquela aura de banqueiro sabichão da Goldman Sachs?
Sim, porque estes camaradas na sua imensa sabedoria no ramo da alta finança
lixaram a Grécia (consultores financeiros do governo Grego) e os bancos
europeus na sua negociata de classificarem de blue chip (para o leigo: topo de gama) papéis negociáveis nas
bolsas (com rendimento muito acima da média), com base em hipotecas sobre habitação,
que sabiam serem furados....
Que
raio de professor é esse senhor? Se é docente é porque adquiriu conhecimento e,
logo a transmissão do mesmo deveria ser a sua missão. Ele que aprenda com os
verdadeiros médicos que perante a iminência da morte de um paciente têm a
coragem de desafiar Deus, roubando-lhe a sua essência (i.e. não só fazem de tudo
para salvar o seu paciente como também descobrem, todos os dias, novas maneiras
de salvar vidas; concedendo-nos assim o direito de morrermos de velhice).
O
que António Borges deveria ter dito é:
“A
esses empresários que estão renitentes quanto à medida governamental da TSU, gostaria
de os ter tido como meus alunos, pois eu não descansaria enquanto não os
fizesse entender a significância económica e financeira da mesma.”
Facto:
se assim se tivesse pronunciado, não teria sido un arrogant espèce de con!
Muito bem dito! Portugal ainda tem muito a aprender e precisa de se descartar da arrogancia bacoca de que muitos, em lugar de destaque, padecem.
ResponderEliminarOlá, Carla!
EliminarSeja Bem-vinda a este cantinho do Etnias!
São pessoas recalcadas, cuja saloice é a sua primeira pele e o provincianismo é a sua alma.
Esses carolas tiveram tantas oportunidades que, tomara muita gente tê-las tido, por andarem subjugadas por complexos de alguma ordem, não souberam sublimar as sua amarguras.
Isto é a minha opinião.
Obrigada, mais uma vez, pela sua contribuição!
Aquele Abraço
Malheureusement, il y a beaucoup de cons dans ce monde la. O que dizer de António Borges? Epá, foi arrogante sim; mas também não esteve totalmente ausente de razão...vá admitamos!
ResponderEliminarAdmito que há quinze anos atrás, o tecido empresarial português, era composto por cantineiros; mas hoje pelo menos 70% têm formação universitária, e o restante concluíu os 12 anos de escolaridade obrigatória; surely.
EliminarSe estava a referir-se a estes últimos, pior um pouco, porque ele desconhece que tipo de oportunidades, ou não, foram apresentadas a essas pessoas; logo: o homem será equiparado a um elitista insensível.
Lembro-lhe que este professor teve pretensões a liderar o PSD Partido Social Democrata); can you say "fool"?
Obrigada e Bjcas!