Maxiavelli: Quando Activistas Políticos Patrulham o Patriotismo alheio

Patrulha de László Mednyánszky

És patriota? E algum activista político já te quis fazer pagar por isso?

Há uns anos atrás, ouvi dizer que há americanos que, quando viajam para o estrangeiro, têm o hábito de se declararem canadianos para evitar o típico anti-americanismo, o assédio ou até os ataques por causa da sua nacionalidade.
Aqueles que se propõem a atacar verbal e fisicamente qualquer americano justificam a sua estupidez e o seu comportamento animalesco, com as políticas do governo americano; contudo, a sua justificação não descarga a sua culpa.   

No passado mês de Março, um estudante israelita patriótico (na Escócia) estava a estudar no seu quarto onde tinha pendurado, na parede, uma bandeira israelita. No mesmo compartimento, estava o seu colega de quarto, bêbedo e inconsciente. Os amigos deste vieram visitá-lo e, ao repararem no símbolo nacional israelita, “um deles, abriu as suas calças, esfregou as mãos nos seus genitais e depois esfregou-as na bandeira” também chamaram terrorista ao estudante e urinaram no lavatório. Porquê? Por causa das políticas levadas a cabo pelo governo israelita¸ contudo este comportamento sub-humano também não descarga a culpa daqueles indivíduos.

Podemos protestar contra as políticas de um determinado país; podemos até criticar a sua política externa, mas ponho em causa o direito de desrespeitar e atacar os cidadãos desse país, por razões várias (das quais mencionarei apenas algumas):
  1.  Todos os cidadãos de uma nação têm direito a ter orgulho do seu país e, logo, a ser patriótico.
  2. Nem todos os cidadãos de um país concordam com as políticas do seu governo.
  3. Nem todos os cidadãos de uma nação democrática votaram no seu governo.
  4.  Racismo, anti-Semitismo e xenofobia não são um instrumento de protesto político (a não ser que se seja acéfalo, insignificante e o mais baixo dos seres humanos).
 Se seguíssemos a linha de pensamento destes seres perturbados então teríamos de igualmente seguir o seu exemplo irracional e procurar gratificação sexual ao atacar, desrespeitar e humilhar os cidadãos patrióticos do Irão, do Iémen, do Qatar, Dubai, Bahrain, Egipto, Síria, Líbano, Turquia, Argentina, Venezuela, Bolívia, Cuba, China, Angola, Mali, Burquina Fasso, Costa do Marfim e de outros países cujos governos violam os direitos humanos todos os dias e, prejudicam a maioria para benefício de uma minoria.
Contudo, os seres inteligentes, razoáveis e sensatos com uma vida sexual saudável não se diminuirão, porque entendem a génese das coisas e o significado da palavra respeito. Também sabem a diferença entre protestar contra governos e descarregar em indivíduos que se sintam orgulhosos da sua história nacional, das suas tradições e, que somente desejem viajar pelo mundo (e interagir com outras culturas) em paz.

É um problema quando criminosos natos se tornam activistas políticos ou fingem sê-lo. É lamentável quando os activistas políticos perdem a concentração e/ou o fio à meada. É triste quando os activistas políticos não fazem uso da razão e se comportam como meros animais.

Comentários

  1. Os activistas políticos, em geral, são uns hipócritas. Não digo que não hajam activistas sinceros e competentes naquilo que fazem; mas a maioria é desapontante.

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  2. Olá Anónimo :D!

    Obrigada pelo seu comentário e compreendo-o.

    Um abraço

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