As regras são o alicerce da ordem.
Poderemos não pertencer a grupos que decidam quais as regras que devam ser seguidas ou não; contudo poderemos seleccionar grupos aos quais queremos estar afiliados e, assim, vergarmo-nos à sua autoridade.
Um bom exemplo disto é o sacerdócio. Por exemplo, a Igreja Católica Romana estabeleceu que os seus padres têm de fazer um voto de castidade. Esta é a regra e os homens que escolhem a via católica sabem-no bem desde o momento em que entram no círculo. Por essa razão, quando descobrem que afinal querem casar e ter filhos, estes sarcedotes deveriam escolher outra denominação cristã que lhes permita servir Deus (desta forma) e constituir família ao mesmo tempo.
Podemos não mudar a regra, mas ao menos podemos escolher qual a que desejamos seguir.
Deveremos tentar mudar as regras?
Se muitos, no passado, não tivessem mudado certas regras, o mundo ocidental não teria apreendido conceitos como os Direitos Humanos.
Às vezes, é vital participar em causas que mudem as regras. Por exemplo, o Sr. Mohammad Larijani (o cabeça do concelho dos Direitos Humanos, no Irão) disse, no Farred Zakaria GPS, que o Irão era a maior democracia do Médio Oriente e que apedrejar uma mulher não é cruel se se levar em conta de que esta estará a ser castigada por “adultério grave” (o que quer que isto queira dizer). E disse mais: a crueldade é relativa (i.e. o que parece cruel aos ocidentais, não o é aos olhos dos orientais).
Esta regra Iraniana/Islâmica deveria ser completamente obliterada.
Quando as regras são desenhadas de forma a violar os direitos humanos e ir contra as liberdades pessoais (de saber, de pensar, de decidir, de se expressar, de escolher, de ser responsabilizado etc...) então sim, temos o dever de batalhar contra elas e mudar o curso das coisas (mesmo que leve décadas).
As regras são elásticas?
Flexibilidade mental é crucial para respeitar a dignidade do próximo.
Seguir regras é imperativo para manter a ordem; sem esta reina o caos; caos esse que leva à destruição. Contudo, a nossa mente deveria ser o suficientemente elástica para discernir quando é que é aconselhável a contornar as regras para que se previna a anarquia.
A rigidez da mente e a obediência cega às regras (elaboradas por prevaricadores) resultam, muitas vezes, em sofrimento, raiva, tumultos, guerras, caos e destruição.
Regras elásticas são o alicerce sólido da ordem.
Imagem: A Batalha na Pons Milvinus de Raffaello Sanzio
Uma sociedade sobrevive de regras, quer sejam justas ou não, pois elas mantém a ordem.
ResponderEliminarE claro que elas podem ser alteradas, porque tanto a sociedade e o pensamento evoluem.
Digo que a regra é um mal necessário, sem ela o homem se desvirtua.
Mais uma vez, um belo texto para se refletir.
ResponderEliminarNão sou exatamente um sujeito quebrador de regras, me adapto bem a elas. Talvez por que, como respondido na primeira pergunta, eu escolho quais regras desejo seguir. As que não sigo, pelo menos respeito quem às segue.
O problema é que sempre existirão os extremistas e ditadores, os quais desejam que todos sigam as mesmas regras. Impossível isso, para se dizer o mínimo.
O problema maior são nossas inclinações humanas-animalescas, que sem a existência de certas regras acabaríamos (in)voluindo, mas quem disse que evoluímos? Quando criamos regras estamos quebrando as paulatinamente.
ResponderEliminarA flexibilidade tem que ser irmã gêmea da raΩão, aei tudo bem...rs
Bela REFLEXAO..MAS O IRA, MAX, NAO ESTÁ SOZINHO, NA TIRANIA...
ResponderEliminarOS EUA FAZEM LOUCURA...VEJA O QUE ELES FIZERAM COMA MULHER, NA MESMA CONDICAO DA SAKINEH..LEVARAM-NA Á CADEIRA ELETRICA - OU OUTRO MÉTODO- e o Mundo nada falou.
E eu pergunto: os métodos justificam`???Morrer comoa americana é menos doloroso que a iraniana?
Acho que os Direitos HUmanos têm se fixado muito no ira, enquatno os americanos deitam e rola em cima de Leis que devem ser abolidas.
bjs e dias felzies