Um indivíduo nasce. É amamentado. Toda a sua atenção recai sobre a sua mãe e sobre si mesmo.
Esta pessoa cresce: alimenta-se (i.e. avala a comida, não a saboreia); cobre a sua carne com tecido; faz amizades; apaixona-se ou não; forma família ou não; trabalha ou não; professa uma religião ou não; acredita em algo ou não; constrói algo ou não; deixa um legado ou não; faz caridade ou não...morre.
A priori, este indivíduo parece ter feito aquilo que os humanos devem fazer: nasceu; cresceu, viveu e faleceu.
Contudo, pensar e acreditar que encarnamos neste mundo somente para nos divertirmos, para observarmos a vida, para simplesmente respirar, para experienciar coisas e somente estar ali é demasiado simplista e pornográfico.
As almas encarnam para se colocarem as questões certas em tudo aquilo que façam.
Eu nasci: porquê? Qual o propósito de eu estar aqui? Quem sou eu? Quem me enviou?
Eu como e bebo: a que sabe? Devo estar grato ou não?
Eu visto-me: qual o propósito de usar isto ou aquilo?
Eu trabalho: amo o que faço? Sou competente? Estou satisfeito?
Eu tenho amigos: são amigos ou conhecidos? Conheço-os bem? Preciso deles? Serão um reflexo de mim?
Eu amo: será mesmo amor ou afecto de conveniência?
Eu caso-me: porquê? Porque quero ou porque a sociedade diz que devo?
Eu tenho filhos: porquê? Por obrigação ou porque são a extensão do meu amor?
Eu faço caridade: com que propósito? Obrigação, status quo, fama, necessidade de ajudar/ou de ajuda?
Eu acredito em Deus: porquê? Porque te disseram para acreditar ou porque sabes?
Eu não acredito em Deus: porquê? Porque te disseram para não o fazeres, porque estás desapontado ou porque não te queres dar ao trabalho?
Eu envelheço: que lições foram aprendidas? Evoluí? O que teria feito de diferente?
Eu morro: surfei pela vida. Não pensei, não analisei; não me dei ao trabalho de o fazer porque eu só queria ser feliz; só queria viver sem pensar muito (demasiado doloroso). Mas será que fui mesmo feliz; será que fui um ser humano; humano?
Passar uma vida inteira sem nos confrontarmos com as perguntas certas e, sem as responder é reduzir-nos a um grau de MacAlma.
Levar uma junk-vida é vergonhoso, vulgar...é Pornografia da Alma.
Mas bah, Max,
ResponderEliminarTenho um princípio; "viver e deixar viver", assim mesmo que as vezes, pense, "mas que lixo de vida essa pessoa leva...", jamais me atrevo a opinar...De qualquer forma não raro, lamento o desperdício de vidas que assisto...
Abração.
Max
ResponderEliminarestou respirando o ar africano desde semana passada mas decidi, desta vez, nao falar nada no blog por questao de seguranca, pois, da ultima vez que fui ao Brasil, minha casa foi arrombada...\\bjs e dias felizes
Qunado eu estou na Africa, me sinto em casa e nem lembro em voltar.
Grace