1553-1554: Os Portugueses chegam a Macau. Aí, instalam-se ilegal e temporariamente, sob o pretexto de secar a sua mercadoria.
1557: As autoridades Chinesas finalmente dão permissão aos Portugueses para se instalarem de forma permanente em Macau; e concedem-lhes um largo grau de auto-governação; em troca de uma renda anual (de aproximadamente 500 taéis de prata [1 tael de prata = 40 gramas]) e o pagamento de certos impostos à China. (para que se soubesse sempre que Macau era, ainda, território Chinês).
Desde então, Macau desenvolveu-se e enriqueceu ao tornar-se um entreposto comercial e um intermediário do triângulo comercial entre a China, Japão e Europa (numa era em que a China havia proibido o comércio directo com o Japão por durante mais de 100 anos).
Para além de ser um entreposto comercial, Macau também foi um importante disseminador do dogma da igreja Católica Apostólica Romana, por todo o extremo Oriente (especialmente a China). Por esta razão, em 1576, foi criada a Diocese de Macau (que abrangia a China, Japão, Vietnam e o arquipélago Malaio [excepto as Filipinas]), por édito do Papa Gregório XIII.
(Mapa da rota comercial de Macau)
1583: Foi criado o Leal Senado, que tinha como função proteger o comércio controlado por Macau; estabelecer a ordem e segurança e resolver problemas do dia-a-dia.
1622: Devido à sua prosperidade, Macau foi atacada várias vezes pelos Holandeses. O ataque mais famoso ocurreu no dia 22 de Junho de 1622, quando 800 soldados Holandeses desembarcaram na cidade para a conquistar; só que após dois dias de combate foram severamente derrotados. A vitória Portuguesa foi considerada um milagre, devido ao seu despreparo.
1844-1849: Através de um Decreto Real, Macau foi oficialmente considerada uma colónia Portuguesa (tal decreto não foi reconhecido pela China). Macau torna-se zona franca. O governador João Ferreira do Amaral ordena que se pare de pagar a rendar anual e os impostos aos Chineses; ordenou também que os mandarins fossem expulsos de Macau e que o Ho-pu (alfândega Chinesa) fosse abolida.
(Brasão de Macau Português)
1901: O BNU (Banco Nacional Ultramarino) foi autorisado a emitir moeda (a Pataca).
1966: no dia 3 de Dezembro, ocorreu um motim (conhecido como o Motim 1-2-3) em Macau levado a cabo por Chineses pró-comunistas (que se encontravam dissastisfeitos e inspirados pela Revolução Cultural de Mao Tse-tung); o que levou Portugal a renunciar à ocupação perpétua do território.
1974: Logo a seguir à sua Revolução (conhecida como a Revolução dos Cravos), Portugal declarou, de imediato, a independência de todas as sua provincias no Ultramar; mas a China inteligentemente rejeitou a declaração e propôs negociações; findas as quais ficou decidido que Macau teria um novo estatuto: o de Território Chinês sob Administração Portuguesa (que, segundo a Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau, deveria ser transferido para a República Popular da China, no dia 20 de Dezembro de 1999).
(Bandeira Nacional)
Língua
As línguas oficiais são o Chinês e o Português (tendo a língua Portuguesa sido declarada oficial pelo governo Chinês em 1993).
Muito poucas pessoas falam Português em Macau, mas instituições como a "Fundação Oriente" lutam por manter a língua viva na região.
Curiosidade
Conheço umas quantas pessoas vindas de Macau (durante o anos 90) para Portugal e posso dizer que, tal como qualquer outra pessoa oriunda das ex-colónias, elas são fantásticas (completamente diferente dos Portugueses): são dinâmicos, criativos, de mente aberta, inovadoras, cultas, entrepreneurs...simplesmente incríveis.
Legado Arquitectónico Português
Apreciem algumas das imagens:
(Edifício do Leal Senado)
(Fachada da Catedral de São Paulo)
(Igreja de Santo António de Pádua)
(Aeroporto Internacional de Macau)
Próximo Porto: de regresso a Portugal
Todas as imagens (com excepção da "Ponte da Amizade") foram retiradas do Wikipedia.
Mas bah, Max.
ResponderEliminarParabéns pelo texto, como sempre impecável, ficamos no agurado da música e dança de Macau.
Abração.
Oi Diler :D!
ResponderEliminarObrigada, meu amigo :D!
Ah sim...ando à procura de uma delícia que penso que irás gostar...me aguarde!
Obrigada pelo teu comentário!
Abração
Já queria conhecer Macau melhor há tempo, desde que o Cirque du Soleil abriu um show fixo lá, o "Zaia". Sabia que já pertenceu a Portugal, mas nunca tive tempo para ler algo específico.
ResponderEliminarFoi bom saber um pouco sobre sua história.
Ah! Já ia me esquecendo. Muito obrigado pela indicação do Blaster, logo ali, na direita. Levei uma surpresa quando vi o banner ali. Valeu
Oi Zahta :D!
ResponderEliminarAinda bem que gostaste, querido!
Não tens de agradecer! Realmente acho que o teu blog deva ser lido e seguido :D!
Obrigada pela visita :D
Beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarImagens devidamente apreciadas, e enlevada pelo soberbo texto, uma aula de história lusófona e do mundo, cheia de informações importantes o que dá a dinâmica do texto, uma vivacidade que só uma pessoa amante da cultura é capaz de fazer, como você, por exemplo.
ResponderEliminarMax, querida Max, muito obrigada pelo carinhoso comentário no Canto, o que sempre enriquece meus despretensiosos poemas.
Estou bem feliz, feliz, quero que saibas, risos.
Um beijinho cheinho de carinho para ti.
;)
A referência literário-histórica da expulsão de piratas e a oferta de Macau a Portugal não é verdadeira?
ResponderEliminarOlá André :D!
ResponderEliminarBem-vindo ao Etnias!!
Olha, não tenho dados sobre o que me perguntas; por isso não posso afirmar ser verdade ou mentira.
Mas se me puderes dizer de onde retiraste essa versão da história; eu ficaria agradecida. :D
Obrigada por teres comentado, e quero que saibas que és sempre bem-vindo aqui :D!
Um abraço
Oi CB :D!
ResponderEliminarObrigada pela amizade e pela gentileza, minha linda!
Amei o teu comentário: obrigada :D!
Beijos
Obrigado por acrescentar conhecimento.
ResponderEliminarEstou mais entusiasmado a saber mais.
ABRAÇOS De BRASILIA
Oi Felipe :D!
ResponderEliminarObrigada eu pelo feedback!
Bem-vindo ao Etnias e espero que voltes :D!
Um abraço