“Mai 68 ne fut pas un mouvement révolutionnaire mais antiautoritaire. On voulait reformer la société. La jeneusse tout entière s’est reconnue dans cette envie d’aventure commnune. On oublie ce qu’était la France de l’époque. Les femmes n’avaient pas encore le droit d’aller travailler en pantalon…on y était libre, pourtant, il ya avait des interdis partouts. Mais ça, les parties n’y comprenaient rien.” (Source: Dany, la légende).
“Maio de 68 não foi um movimento revolucionário mas sim um movimento anti-autoritário. Queríamos reformar a sociedade. A juventude desejava participar na causa que era comum a todos. Temos tendência a esquecer o que era a França naquele tempo. As mulheres ainda não tinham o direito de ir trabalhar de calças...éramos livres, no entanto havia restrições a todo e a direito. Mas isso era algo que os partidos não entendiam.” (de Dany, a lenda)
Após a Segunda Guerra Mundial, a sociedade tornou-se extremamente conservadora: a religião, o patriotismo e o respeito pela autoridade – leia-se pai e governo – estavam a ser exageradamente impostas à juventude. De tal modo que os jovens se ergueram e disseram “Ça suffit! Enough! Basta!”…
Estudantes de todo o mundo fecharam escolas a cadeado, ocuparam universidades e organizaram manifestações para lutar pela mudança (de mentalidades) e contra a injustiça social (discriminação racial e de classes, violação dos direitos humanos, dos direitos das mulheres, só para nomear alguns). Os jovens estavam decididos a mudar o mundo para sempre; e conseguiram-no, uma vez que graças à sua luta, hoje gozamos de igualdade de direitos, liberdade sexual e defesa dos direitos humanos.
2008…olho em volta, e só me apetece transformar-me numa voraz crítica da mocidade hodierna...
Portugal 1968-1974: os nossos jovens lutaram contra o regime fascista; lutaram pela liberdade de expressão (fosse ela verbal, sexual ou artística), lutaram pela democracia.
Portugal 1974-2008: os nossos jovens ainda vivem na revolução de 1974, cantam os feitos passados, as liberdades adquiridas; sem sequer cogitar em lutar por novas causas...olho para eles e vejo-os encostados ao coqueiro do 25 de Abril.
No mês passado vi, na televisão, uma manifestação (em Lisboa) de estudantes e, foi muito interessante ouvir as reinvindicações dos jovens estudantes...foi-lhes perguntado “Porque é que se estão a manifestar aqui, hoje?” as respostas foram “Epá, porque sim!” “Epá, estamos a ser bué maltratados. É bué injusto! E não aceitamos mais esta cena!” e ainda “Epá, não sei bem...acho que esta cena toda é buéda má, pá!” e depois um miúdo de oito anos respondeu “O Ministério da Educação obriga-nos a beber um leite de chocolate de quinta categoria – queremos leite de qualidade; tiraram os bolos com créme da cantina e obrigam-nos a comer bolos secos – queremos os bolos tradicionais Portugueses de volta; não temos computadores nas salas de aula – devemos ser o único país da União Europeia com condições estudantis deploráveis; as nossas carteiras são prejudiciais à coluna – somos o futuro deste país, exigimos melhores condições académicas, melhor educação!”
1 em 4 apresentou argumentos razoáveis…e era 10 anos mais novo que os outros 3.
Tenho saudades dos tempos em que os jovens prestavam culto ao positivismo, à eloquência, à articulação verbal, à cultura, à política; ao lutar pelos seus ideais…era bastante comum ver grupos de jovens a lerem e a debaterem apaixonadamente sobre literatura; a declamarem poesia em praças, repúblicas estudantis...o que é que aconteceu a estes tempos?
Neste momento tenho a impressão de que um número crescente de jovens presta culto ao suicídio, ao matar outros nos liceus, à Playstation e à anorexia...no que é que se tornou este mundo?
Quem me dera que a maioria da juventude fosse mais activista, como a minoria que se junta para defender causas modernas: luta contra o SIDA, contra o racismo e a discriminação; voluntariado para ajudar crianças e idosos; assistência a sem-abrigos; participação na criação de políticas que ajudem os jovens a tomar decisões responsáveis no que toca à sua saúde sexual; construção de casas e instalação de bombas de água nos países do terceiro mundo, e por aí adiante…
No mês passado vi, na televisão, uma manifestação (em Lisboa) de estudantes e, foi muito interessante ouvir as reinvindicações dos jovens estudantes...foi-lhes perguntado “Porque é que se estão a manifestar aqui, hoje?” as respostas foram “Epá, porque sim!” “Epá, estamos a ser bué maltratados. É bué injusto! E não aceitamos mais esta cena!” e ainda “Epá, não sei bem...acho que esta cena toda é buéda má, pá!” e depois um miúdo de oito anos respondeu “O Ministério da Educação obriga-nos a beber um leite de chocolate de quinta categoria – queremos leite de qualidade; tiraram os bolos com créme da cantina e obrigam-nos a comer bolos secos – queremos os bolos tradicionais Portugueses de volta; não temos computadores nas salas de aula – devemos ser o único país da União Europeia com condições estudantis deploráveis; as nossas carteiras são prejudiciais à coluna – somos o futuro deste país, exigimos melhores condições académicas, melhor educação!”
1 em 4 apresentou argumentos razoáveis…e era 10 anos mais novo que os outros 3.
Tenho saudades dos tempos em que os jovens prestavam culto ao positivismo, à eloquência, à articulação verbal, à cultura, à política; ao lutar pelos seus ideais…era bastante comum ver grupos de jovens a lerem e a debaterem apaixonadamente sobre literatura; a declamarem poesia em praças, repúblicas estudantis...o que é que aconteceu a estes tempos?
Neste momento tenho a impressão de que um número crescente de jovens presta culto ao suicídio, ao matar outros nos liceus, à Playstation e à anorexia...no que é que se tornou este mundo?
Quem me dera que a maioria da juventude fosse mais activista, como a minoria que se junta para defender causas modernas: luta contra o SIDA, contra o racismo e a discriminação; voluntariado para ajudar crianças e idosos; assistência a sem-abrigos; participação na criação de políticas que ajudem os jovens a tomar decisões responsáveis no que toca à sua saúde sexual; construção de casas e instalação de bombas de água nos países do terceiro mundo, e por aí adiante…
E tu: o que pensas da juventude hodierna?
Imagem: "Youth with Ram" de Caravaggio
Hi Max!
ResponderEliminarFrom Italy I have one award for You in my blog,
(((HUGHS)))
Hi Hanna,
ResponderEliminarThank you so much :D! I will be on my way in a minute *bowing*!
*hugs*!
Ciao
OI Max
ResponderEliminarA junventude atual está muito alheia a tudo, já não procura o porquê das coisas já não tem um propósito, um objetivo, acho que se esquece que ela é muito importante para o país, que movimenta opiniões, que luta, briga por ideais, mas acho que não é mas assim, o comodismo tomou conta, as coisas mais fáceis lhes aparecem melhor, estão mais preocupados com os próprios umbigos ou com futilidades, já não se tem uma preocupação comum, noção de todo, noção de país, de bem estar social.
É preciso recuperar os ânimos...
beijos
OI Adriana,
ResponderEliminarÉ verdade, a juventude está muito alheia a tudo mesmo; chega a ser um despontamento; pois ela é o futuro de qualquer país.
Concordo contigo: tudo está-lhes tão facilitado que ignoram por completo que têm de lutar para ter o que desejam...até para fazer uma simples manifestação a rapaziada acha que os resultados da mesma têm de ser obtidos de imediato, sob pena de eles destruirem tudo à sua volta e atacarem as forças policiais...*acenando a cabeça*.
É...não há mais um projecto nacional, a visão de um mundo melhor para as gerações vindouras, nada...só pensam neles e no agora!
Tens razão: há que recuperar a motivação!
Obrigada pela tua opinião, amei :D!
Beijos
A juventude de hoje realmente está precisando ser "sacudida", ser mais interessada pelo que vai no país e no mundo. Já não temos mais aqueles jovens que sentiam orgulho e sair às ruas e protestar, exigir direitos e mudanças... Será que a humanidade daqui pra frente seguirá nesse caminho?
ResponderEliminar--------------------------------
Max,
Obrigado pela visita! O SaM me apontou o caso de pedofilia da Casa Pia. Fui pesquisar e descobri que a situação foi e ainda é gravíssima, pois aqueles que foram apontados como criminosos ainda continuma soltos e sem punição.
Aproveito pra desejar um belo fim de semana!
Beijos!
Juca
Oi Juca,
ResponderEliminar"Já não temos mais aqueles jovens que sentiam orgulho e sair às ruas e protestar, exigir direitos e mudanças... Será que a humanidade daqui pra frente seguirá nesse caminho?" - concordo 100% contigo! Epá, espero sinceramente que não...a geração a seguir à minha é uma desgraça; mas a que veio a seguir (os miúdos até aos 12) é incrível: inteligente, articulada e já sabem o querem...por isso estou optimista :)! Depois disso,olha...cabe-nos, a nós, educar o nossos filhos para serem jovens empreendedores, activistas e orgulhosos! :D
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Tens toda a razão, o caso da Casa Pia é uma desgraça completa; e o pior é que a maioria dos suspeitos são bodes expiatórios (os verdadeiros culpados nem sequer foram acusados)! E estão a fazer de tudo para que o caso caia no esquecimento, percebes? É uma vergonha!
Obrigadão, meu lindo: Bom fim-de-semana para ti também :D!
Beijos