Há tantas verdades nesta vida que muitas vezes obliteramos a real verdade…[peço perdão por interromper a linha de pensamento, mas tenho simplesmente de pôr um cd de Vivaldi…pronto, voltei…onde é que eu ia? Ah, sim…]
Senhoras e Senhores: gostaria de vos apresentar as “Quatro estações da Verdade!”
Senhoras e Senhores: gostaria de vos apresentar as “Quatro estações da Verdade!”
Verdade Outonal: nascemos. A nossa verdade original começa a cair tal como caiem as folhas das árvores. A semente fresca da veracidade está lá, contudo temos necessidade de testá-la, de provar que aquilo que já sabemos é verdade. Portanto, começamos a questionar, a duvidar, a confirmar, a investigar, a interrogar cada palavra, frase, conceito, intenção, acção...começamos a ter uma sede impossível de matar, e o caminho ainda é longo. Isto poder-se-ia comparar à Teoria do Pragmatismo da Verdade que defende que a veracidade só pode ser verificada e confirmada quando os conceitos são postos em prática.
Contudo, esta teoria per se também não é verdade, visto existirem algumas verdades cujos conceitos não podem ser postos em prática, e no entanto são, igualmente, verificáveis e confirmados se nos permitirmos a aceitá-los.
Verdade Invernal: durante a procura da verdade conhecemos pessoas que concordam connosco, e outras que não concordam. Pertencemos a um dito grupo de Elite. Aqueles que, inicialmente, discordavam de nós darão início a um debate onde ideias serão trocadas e ensinadas. Depois, juntos, desenharemos novos conceitos, e chegaremos a acordo sobre uma verdade Universal. Agora estamos prontos a impô-la ao mundo. Toda a gente vai ter de aceitar a nossa verdade; e mesmo que decidam questionar ou refutar, quem é que os ouvirá? Afinal nós somos o grupo de Elite, e já decidimos qual será a verdade.
Poderíamos comparar isto à Teoria da Verdade Consensual, que defende que a verdade é aquilo que fôr acordado por um grupo específico (que poderá incluir todos os seres humanos, ou somente um sub-grupo constituído por mais de uma pessoa). Mesmo assim isto não significa que esta dita-verdade-Universal/Consensual seja verdade...
Verdade Primaveril: Tomás de Aquino disse, “A verdade é a conformidade do intelecto com as coisas” (veritas est adequatio intellectus et rei).
Estou no meio de um fórum. Um padre católico diz-me “Jesus é o único caminho...” respondo “É verdade!”; um monge budista aproxima-se e diz “A via óctupla é o caminho para acabar com os sofrimento!” respondo “É verdade!”; um rabino diz-me “Hashem é um, é único; e as profecias de Moisés são melhores do que de qualquer outro!”, eu concordo “É verdade!”; um imam afirma “ Allah é o único Deus, e Moamé é o único profeta!” respondo “É verdade!”....em estado de choque, olham todos para mim...sorrio e explico “Meus caros companheiros, tudo o que acabaram de afirmar é verdade para vocês e, para as comunidades que vocês representam. É a vossa própria verdade. [Pausa] A verdade é aquilo que o vosso intelecto está disposto a aceitar como tal”.
Verdade Estival: desencarnamos. Finalmente somos reais, uma vez que retornamos à nossa essência. O espírito deixa de sentir necessidade de procurar pela verdade, e de provar qual é a mais verdadeira, uma vez que a verdade é AQUELE QUE É.
O intelecto do espírito vê para lá da realidade aparente, das verdades aparentes, das falsidades aparentes; e por isso mesmo está livre das algemas da matéria...
Podemos defender o que quisermos, podemos criar mil verdades, e linguagens, que não serão aceites por todos...a única verdade absoluta, aqui na Terra, é que tu e eu estamos aqui; nós existimos (por agora)...todo o resto são detalhes da existência, da carne.
"AS COISAS SÃO O QUE SÃO".
ResponderEliminarJe t'aime.
Oi Anónimo,
ResponderEliminarEspero que sejas tu, minha linda...senão não há razão para a assinatura lol...
O teu comentário diz tudo :)!
Beijinhos
Lidar com diferenças e igualdades, não há nada mais fantático, gosto muito, não apenas de falar ou escrever no meu blog mas também de conhecer e compartilhar com a imensa variedade de pensamentos, culturas, maneiras de viver, a pluralidade, a evolução tudo isso se mistura nos mostrando de forma surpreendete o novo.A vida é assim... cada um com uma imensa gama de informações dentro de si, um mundo de conceitos e formas, e vamos compartilhando..."na imensa roda da vida".
ResponderEliminarBelo post...
beijos
Adriana
Oi Adriana,
ResponderEliminarConcordo contigo: não há nada mais lindo do que isso (lidar com diferenças e igualdades)!
Obrigada pelo comentário, e fico feliz por teres gostado :).
Beijos