Definição de altruismo: “doutrina moral que considera a dedicação aos outros como norma suprema de moralidade; abnegação” (fonte: Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora).
Será que Immanuel Kant tinha razão (in Fundamentação da Metafísica dos Costumes)? Serão as pessoas capazes de fazer algo pelos outros sem esperar nada em troca?
Tendo a pensar que o altruísmo é uma falácia, devido à natureza do Ser Humano (sim, sei que é um pouco ríspido e cínico da minha parte, mas...). Infelizmente, as pessoas exigem trocas a toda a hora: um abraço, um sorriso, um favor, um voto, uma palmadinha nas costas, um elogio, dinheiro, amor, ou até pena…o que fôr!
Não posso dizer, em consciência, que nos leve a mal porque afinal de contas só estamos a obedecer a uma das várias regras do Cosmos: quem dá recebe!
Quando praticamos altruismo, fazemo-lo por dever ou por boa-vontade?
Kant disse, “Dever é a necessidade de uma acção por respeito pela lei [moral]”. Isto quer dizer, então, que as pessoas só são altruistas porque foram programadas para pensar que é bom, e recompensador, renunciar aos próprios interesses em prol dos outros; ou porque apazigua a sua consciência, mente ou alma; ou porque a religião lhes ensinou que Deus reserva um lugar no céu para os virtuosos; ou simplesmente porque a sociedade tende a reconhecer as pessoas que praticam boas-acções (através da projecção social ou, através de outro tipo de recompensa).
Sobre a boa-vontade: podem as pessoas abnegarem-se com o único propósito de atingir o bem? Atrevo-me a dizer: Impossível! Por exemplo, quando desejamos bem a alguém, fazemo-lo não só porque realmente lhe desejamos bem, mas principalmente porque não queremos lidar com os problemas de outrém (i.e. se esse alguém estiver bem e feliz; é um peso a menos). Quando ajudamos um irmão fazemo-lo por uma questão sanguínea: se nos damos bem com ele, então é com prazer que o ajudamos, pois a sua felicidade é a nossa; mas se pelo contrário não nos damos com ele, então fazemo-lo afim de agradar aos nossos pais. E até estes, que fazem tudo pelos seus filhos, fazem-no esperando sempre que eles se comportem como seres decentes. Quando uma freira (virtuosa) ajuda alguém com o propósito de obter a graça Divina e um lugar no céu...mais palavras para quê?
Por natureza, somos egoístas! A razão nuclear por detrás do propósito de nascermos é, já por si, egoísta: estamos aqui para nos melhorarmos ( para diminuir a carga do nosso Karma – para aqueles que acreditam nisto) ao longo da vida! Somos egocênticos e sabemo-lo bem; mas como as nossas mentes foram feitas para respeitar uma série de regras, criámos um mecanismo (que obedece á regra da dicotomia: egocentrismo/alocentrismo etc) designado de Altruismo, para contra-balançar o nosso egotismo!
Digam-me…dever-se-ia ou não re-definir a palavra Altruismo?
Será que Immanuel Kant tinha razão (in Fundamentação da Metafísica dos Costumes)? Serão as pessoas capazes de fazer algo pelos outros sem esperar nada em troca?
Tendo a pensar que o altruísmo é uma falácia, devido à natureza do Ser Humano (sim, sei que é um pouco ríspido e cínico da minha parte, mas...). Infelizmente, as pessoas exigem trocas a toda a hora: um abraço, um sorriso, um favor, um voto, uma palmadinha nas costas, um elogio, dinheiro, amor, ou até pena…o que fôr!
Não posso dizer, em consciência, que nos leve a mal porque afinal de contas só estamos a obedecer a uma das várias regras do Cosmos: quem dá recebe!
Quando praticamos altruismo, fazemo-lo por dever ou por boa-vontade?
Kant disse, “Dever é a necessidade de uma acção por respeito pela lei [moral]”. Isto quer dizer, então, que as pessoas só são altruistas porque foram programadas para pensar que é bom, e recompensador, renunciar aos próprios interesses em prol dos outros; ou porque apazigua a sua consciência, mente ou alma; ou porque a religião lhes ensinou que Deus reserva um lugar no céu para os virtuosos; ou simplesmente porque a sociedade tende a reconhecer as pessoas que praticam boas-acções (através da projecção social ou, através de outro tipo de recompensa).
Sobre a boa-vontade: podem as pessoas abnegarem-se com o único propósito de atingir o bem? Atrevo-me a dizer: Impossível! Por exemplo, quando desejamos bem a alguém, fazemo-lo não só porque realmente lhe desejamos bem, mas principalmente porque não queremos lidar com os problemas de outrém (i.e. se esse alguém estiver bem e feliz; é um peso a menos). Quando ajudamos um irmão fazemo-lo por uma questão sanguínea: se nos damos bem com ele, então é com prazer que o ajudamos, pois a sua felicidade é a nossa; mas se pelo contrário não nos damos com ele, então fazemo-lo afim de agradar aos nossos pais. E até estes, que fazem tudo pelos seus filhos, fazem-no esperando sempre que eles se comportem como seres decentes. Quando uma freira (virtuosa) ajuda alguém com o propósito de obter a graça Divina e um lugar no céu...mais palavras para quê?
Por natureza, somos egoístas! A razão nuclear por detrás do propósito de nascermos é, já por si, egoísta: estamos aqui para nos melhorarmos ( para diminuir a carga do nosso Karma – para aqueles que acreditam nisto) ao longo da vida! Somos egocênticos e sabemo-lo bem; mas como as nossas mentes foram feitas para respeitar uma série de regras, criámos um mecanismo (que obedece á regra da dicotomia: egocentrismo/alocentrismo etc) designado de Altruismo, para contra-balançar o nosso egotismo!
Digam-me…dever-se-ia ou não re-definir a palavra Altruismo?
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