O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana (AP), Riyad al-Maliki, declarou categoricamente que a AP jamais regressará à mesa das negociações. Esta declaração é muito interessante na medida em que foi feita numa altura em que França ameaçou reconhecer o Estado da Palestina se Israel não regressasse à mesa das negociações. Mas se a AP se nega a sentar-se com Israel, com quem é que o Estado Judaico deve negociar exactamente?
“Jamais iremos voltar a sentar-nos com Israel para negociações directas.” - al-Maliki
A AP/OLP não disse nada de novo. As suas acções já haviam revelado as suas verdadeiras cores: os palestinianos não têm qualquer interesse em chegar a acordo com Israel através de meios pacíficos, e muito menos em resolver a disputa através de negociações mas sim através ou de medidas unilaterais ou de terrorismo- O que é único acerca da actual situação é que, pela primeira vez, a AP/OLP verbaliza as suas verdadeiras intenções perante o mundo inteiro.
Irá o Mundo começar a Ouvir?
A OLP Está a testar o sistema internacional:
- Em primeiro lugar, a organização - perante a Assembleia Geral da ONU - rejeitou os Acordos de Oslo dizendo que já não se sente obrigado pelos mesmos (o que resultou numa série de ataques terroristas tendo como alvo judeus israelitas desde Outubro até ao presente) – o mundo fez-se de parvo e continuou a pressionar Israel para chegar a um acordo de paz com um Grupo Terrorista Híbrido.
- Depois, o Presidente Abbas confirmou em público que, em 2008, ele rejeitou a proposta israelita para a criação do Estado Palestiniano ainda que aquela tivesse sido ainda mais generosa que as anteriores – a União Europeia continuou a fazer-se de parva pensando que assim mitigaria o problema Islâmico do qual padece.
- E agora, durante uma visita ao Japão, a Organização Terrorista Híbrida encorajada pelo mundo desafia a França, e os europeus em geral, ao jurar a pés juntos que jamais voltará a negociar com a outra parte – isto é mais uma tentativa de chantagem e devemos perguntar-nos se a França irá cair na armadilha ou se irá ameaçar a Palestina, em público, com medidas retaliatórias.
Para além do mais, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da AP não só anunciou a rejeição de paz com Israel mas também afirmou que o ISIS iria chegar em breve à Judeia e Samaria. Num lapsus linguae (mascarado de ameaça velada), al-Maliki confessou o que o Dissecting Society tem vindo a dizer há já algum tempo: a Causa Palestiniana faz parte da Jihad Global. A OLP está prestes a convidar o ISIS a abrir mais uma frente contra Israel de modo a lutar contra o Estado Judaico ao mesmo tempo que mantém uma margem confortável de negação perante os seus doadores cegos.
“O Presidente Mahmoud Abbas afirma que quer paz com Israel. Mas ao mesmo tempo ele e os seus lacaios incitam os palestinianos a esfaquear, a atropelar e a atirar a matar sobre os israelitas, enquanto ele idealiza, glorifica e financia – com fundos que recebe do Ocidente – terroristas e as suas famílias.” – Bassam Tawil
Se o mundo não quiser ouvir e desejar continuar com as mesmas políticas do Médio Oriente (i.e. obsessão com Israel, laxismo em relação à OLP, zero soluções para o Iémen e soluções obsoletas para a Síria), então irá provar que há interesses especiais a querer atingir Israel e o árabe comum na Judeia e Samaria.
“Todo o palestiniano sabe, no fundo do seu coração, que nós não queremos um estado ao lado de Israel, mas sim um estado no lugar de Israel. Isto inclui toda a terra da Palestina e Israel. Significa que os judeus não têm qualquer direito de ali viver, nem num metro quadrado que seja.” - idem
Não estamos em 1973
Em Outubro de 1973, a OAPEC (Organização dos Países Árabes que Exportam Petróleo) anunciou um embargo contra os EUA e outros países industrializados que apoiaram Israel na guerra do Yom Kippur. A medida funcionou e, na década de 1970, o mundo começou a mudar a sua posição em relação ao Estado Judaico (i.e. começaram a entoar o mantra falacioso "os colonatos são ilegais"), forçando inclusive um aliado a violar um dos seus valores mais sagrados: jamais negociar com terroristas (OLP).
No dia 1 de Fevereiro de 2016, Nabil Shaath (um ex-negociador de paz e um oficial sénior palestiniano) afirmou que a OLP não queria que os EUA mediassem mais as negociações entre Israel e a OLP porque os americanos não são de confiança. O oficial chegou mesmo a dizer que preferia que o Brasil, a Rússia e a China (por exemplo) substituíssem os EUA – claro que sim. Contudo, a parte mais interessante do seu discurso, foi a ameaça velada (mais uma) feita contra o mundo:
“Mas será que temos de sequestrar os vossos aviões e destruir os vossos aeroportos de novo para fazer com que vocês se importem com a nossa causa? Estão à espera que cortemos o vosso fornecimento de petróleo?”
São perguntas interessantes que geram ainda mais perguntas:
- Será que, mais uma vez, a OLP revelou a sua natureza terrorista e está a dizer-nos que as suas redes têm estado a dar assistência ao ISIS, e a outros grupos jihadistas, em ataques terroristas contra aviões (os mais recentes: vôo russo no Sinai, bomba falsa na Air France [certamente um teste], bomba na companhia aérea Daallo na Somália)?
- Estarão a ameaçar um ataque ao estilo de Entebbe contra alvos judeus?
- Estarão a ameaçar os atletas israelitas que participarão nas Olimpíadas no Brasil (já que o Hamas e o Hezbollah estão tão bem enraízados no país)?
- Terá a OLP acabado de confessar que os países árabes produtores de petróleo estão por detrás da sua Causa da mesma forma que estão por detrás do ISIS?
- Terá a OLP esquecido que não estamos em 1973, mas sim em 2016 quando os EUA não já não dependem de petróleo árabe, quando o mundo está a seguir a via das energias alternativas? A não ser que as suas palavras fossem direccionadas à UE, mas não vemos como porque até os Europeus estão agora a virar-se para os persas para lhes comprar petróleo (ao mesmo tempo que se movem na direcção das energias renováveis) – por isso, como irão cortar o fornecimento do ouro negro (a não ser que estejam a planear ataques a oleodutos)? Congelar a produção do petróleo difere de “cortar o fornecimento” do mesmo.
A OLP está morta por confessar algo. Apostamos que têm muito mais para dizer. Mas a questão é: porquê agora? Precisamos de olhar para as suas actividades na Europa, nos EUA e em particular em Israel – quais as redes que estão a ser activadas?
(Imagem: Bandeira das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa - Wikipedia)
[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]
Olá, Max!
ResponderEliminarO povo árabe é um grupo muito restrito cujos usos e costumes estão mais próximos dos seus primos/irmãos judeus do que da maioria dos componentes da Liga (Islãmica) Árabe.
Mas por alguma razão resolveram deixar-se guiar pela cegueira, ressentimentos e apoiar uma causa perdida como a dos árabes na Palestina.
A Turquia e o Irão conhecendo a mentalidade emotiva dos verdadeiros árabes, decidiram aproveitar-se dessa fraqueza para se destacarem na cena internacional; pois não sendo árabes estão dentro da tal Liga devido ao Islão e conclusão: os árabes estão aprisionados ao falhanço e aqueles 2 desenvolveram-se e mandam bitaites. O Irão está a preparar-se para ser o interlocutor daquela região toda e tornar todos os outros irrelevantes.
Eu gostaria de ver os arábicos pensarem por si só, que percebessem de uma vez por todas que Israel nunca irá dar território aos árabes na Palestina e começassem a desenvolver-se de uma maneira sustentada e sentida pelos seus respectivos povos.
Autrement serei obrigada a pensar que aqueles governantes arábicos são seres irracionais (porque não querem perceber que a luta pela sobrevivência do povo Judeu, nunca irá ser jogada em nenhuma negociata, venham lá as pressões donde vierem) e sem honra porque sabem bem que os seus irmãos na Palestina não são nem nunca foram dali, alguns simplesmente nasceram ali.
Bom trabalho, boss
Olá Lenny :D!
EliminarConcordo quanto ao Irão e à Turquia. Quando é que os árabes vão abrir os olhos?
Esta tal causa ex-nihilo palestiniana não vai dar em nada: mark my words. Ou aceitam Gaza, ou até mesmo a solução do Sinai, ou então vão acabar todos na Jordânia.
Lenny, obrigada pelo teu super comentário :D. Adorei.
Beijocas