Portugal
É altura do Vice-Primeiro Ministro Paulo Portas mostrar o que ele realmente vale.
No dia 4 de Outubro, os portugueses reelegeram o governo que os submeteu a uma austeridade severa – resultado da incompetência governativa dos socialistas – só que a coligação centro-direita perdeu a maioria em parlamento.
O presidente, Aníbal Cavaco Silva, dirigiu-se ao país para dizer que a coligação vencedora teria que fazer alianças com o PS, de modo a assegurar uma legislatura estável. O cabeça-de-estado português rejeitou, contudo, a ideia de que poderia haver acordos com partidos Anti-NATO e anti-Euro (i.e. comunistas e a esquerda radical).
Por isso a bola está no campo Socialista: irá António Costa colocar o país à frente da ideologia? Esperemos que sim. O eleitorado rejeitou categoricamente o seu programa económico e, por isso, Costa deve trabalhar com esse facto em mente, purgando-se assim de ilusões megalómanas.
O Governo ganhou as eleições mas com um aviso: o eleitorado quer um freio no caminho em direcção à disciplina fiscal. Irão o PM Passos Coelho e o Vice-PM Paulo Portas colocar Portugal em primeiro lugar? Pelo bem-estar do país, esperemos que sim.
Gostaria de congratular o Passos Coelho por ter reconhecido, no seu discurso de vitória, que Paulo Portas é um negociador fabuloso (NB: infelizmente, os portugueses não sabem reconhecer um funcionário público decente e patriótico mesmo quando ele ali está diante dos seus olhos – tal é o caso de Paulo Portas); logo, conto com a sua sabedoria e competência políticas para chegar a um acordo com o Partido Socialista. Não obstante, se os socialistas insistirem em ameaçar a estabilidade de Portugal (i.e. formarem governo com comunistas e esquerdistas radicais): serão um problema a ser resolvido e Portugal poderá muito bem retornar às urnas em breve.
O Presidente Cavaco Silva teve, na semana passada, um momento à la Ariel Sharon: ao dar proeminência a António Costa, para provar que o Partido Socialista só está interessado no poder, ele poderá ter colocado em risco a estabilidade de Portugal.
Rússia e a Questão Síria
Como todos sabemos, a Rússia tem estado a conduzir operações militares na Síria. Como resultado, o mundo tem agido como se estivesse em pânico e tem exortado o Sr Putin a atacar o ISIS somente, o que é um perfeito disparate porque Vladimir Putin sempre disse que o seu objectivo, na Síria, era dar apoio ao Presidente al-Assad: o que é que o mundo achou que ele estivesse a dizer? Dar apoio ao Presidente Assad implica atacar tanto o ISIS como os rebeldes anti-Assad.
O Ocidente criou um programa de treino e armamento de rebeldes moderados de modo a poderem combater o ISIS/AQ e al-Assad (ainda que os EUA, na passada sexta-feira, tenham feito uma pausa no seu programa). Mas eis o dilema: os únicos rebeldes moderados são grupos compostos por Cristãos e outras minorias que na verdade apoiam o Presidente Assad – um homem que, na mente ocidental, tem de sair do poder. Mas tem mesmo?
- Os interesses ocidentais apoiaram a destituição do Presidente Mubarak (ainda que o Pres. Obama tenha resistido à ideia o mais que pôde), resultado: a Fraternidade Muçulmana subiu ao poder e fez com que o Egipto regredisse anos e anos.
- Os interesses ocidentais apoiaram a destituição de Muammar Gaddafi (com o apoio da Liga Árabe), resultado: o país virou o caos, o seu arsenal acabou nas mãos de terroristas no Médio Oriente e em África, fizeram-se ouvir vozes a favor da partição da terra e, por último, o ISIS tomou o país de assalto.
- Os interesses ocidentais apoiaram a deposição de um líder iraniano eleito democraticamente (Mohammed Mossadegh) só porque não se queriam dar ao trabalho de lhe fazer uma oferta que ele jamais pudesse recusar. Ao invés disso, preferiram escolher a solução mais fácil e óbvia (um golpe de estado), resultado: ajudaram a pavimentar o caminho que viria a ser percorrido pelo Movimento Revolucionário Islâmico, que tomou o Irão de assalto, que reina através da opressão e dissemina o terror Islâmico pelo mundo inteiro.
- Os interesses ocidentais agora querem fazer o mesmo na Síria. Essas pessoas estão a meter-se no caminho da estabilidade e paz. Não.
A esquerda tá toda de dentes afiados no poder. Apesar de nós termos elegido o governo anterior, o costa anda a dizer que está em melhor posição de ser PM, mas o homem está bem da cabeça? Vai formar governo com comunas e super-comunas? E nós vamos ficar a olhar? Já esquecemos o pós-25 de abril com nacionalizações e porras que tais? Pá, nem sei, pá!
ResponderEliminarOlá Anónimo :D!
EliminarA sede do poder é devastadora. O presidente Cavaco Silva é que tem de intervir nesta loucura.
Nem me diga nada...
Anónimo, esperemos pelo melhor. Entretanto, obrigada pelo seu comentário :D.
Cumprimentos
'A direita terá de vir para as redes sociais e para a rua. Terá de mostrar-se “indignada” com a “ilegitimidade” de um governo de derrotados nas eleições. Terá de exigir que seja dado ao povo, em Maio ou Junho, logo que seja possível, o direito de votar numas eleições em que se defrontem claramente duas coligações, a do PSD-CDS e a do PS-PCP-BE. Será essa, aliás, a única maneira de evitar maior crise.' - Rui Ramos
ResponderEliminarE a ironia das ironias:
“os portugueses conquistaram um direito a que não podem nem devem renunciar: o direito a que os governos não sejam formados pelos jogos partidários, mas que resultem da vontade expressa, maioritária, clara e inequívoca de todos os portugueses.” - António Costa em 2009.
Olá Cristina :D!
EliminarComo eu disse no G+: não pouparei a esforços para ajudar, se for necessário.
Ha! Pois, essas palavras de António Costa foram ditas quando Sócrates foi reeleito com um governo de minoria...pois é...os ventos da hipocrisia sopram, minha cara!
Obrigada pelas citações, Cris. :D
Beijocas
A direita portuguesa pode contar comigo!
ResponderEliminarOi Cêcê :D!
EliminarE comigo. :D
Beijocas
Estou chocada, max! Nunca pensei voltar a ver esta situação em portugal e no entanto eis-nos aqui de novo. Eu quero ir a votos de novo, eu votei na coligação, assim bem como a maioria, e queremos ver a democracia em marcha! Isto não é a grécia nem mesmo Israel!
ResponderEliminarOlá Carla :D!
EliminarNão estejas. Não é Israel mesmo! Mas também não se pode comparar Portugal com Israel, em termos políticos, porque o sistem israelita tem muitos mais partidos. Contudo, vamos lá ver o que irá acontecer.
Minha linda, obrigada pelo teu comentário :D.
Beijocas