Inglaterra, UE, ONU, EUA & 404 Ha de Terra: O Circo do Absurdo

Meat Clown - James Guentner

Que tipo de políticos é que temos vindo a eleger?

Que tipo de funcionários não-eleitos é que administram as nossas nações?

Que tipo de circo é a arena política?

No passado, os políticos eram indivíduos instruídos e cultos, considerados perfeitos candidatos a cargos públicos.

Hoje em dia, os políticos são indivíduos com curso universitário que não sabem coisa alguma e para quem cultura é ver futebol ao domingo. Estas características são próprias de uma marionete - manietada por quem? 

É o que gostaríamos de saber.

No dia 31 de agosto, Israel anunciou que iria apropriar-se de cerca de 404 hectares de território na Samaria e Judeia.

Sem demora, começaram a chover as condenações: 

• Grã-Bretanha: o Ministro dos Negócios Estrangeiros Philip Hamond disse “A GB considera deplorável a expropriação de 404 hectares de terra à volta do colonato Etzion junto a Belém (...) Prejudicará imenso a posição de Israel na comunidade internacional." e o PM David Cameron afirmou "A apropriação de quase 405 hectares de terra na Cisjordânia ao pé de Belém é absolutamente deplorável (..) Os colonatos são ilegais segundo a lei internacional"
• UE: "Os colonatos são ilegais segundo a lei internacional, constituem um obstáculo para a paz e ameaçam destruir qualquer hipótese para a solução de dois-estados. A UE reitera que não reconhecerá nenhuma alteração às fronteiras pré-1967, incluíndo Jerusalém, senão aquelas acordadas pelas partes,"
• ONU: O secretário geral Ban-Ki Moon disse "A construção destes colonatos em terras palestinianas é ilegal segundo a lei internacional e vai totalmente contra a busca pela solução providenciada pela existência de dois estados"
• Departmento de Estado dos EUA: "Este anúncio; tal como todos os outros anúncios em relação a colonatos que Israel faz, os planos que aprovam e licenças de construção; é contraproducente no que toca aos declarados objectivos Israelitas para a negociação com os palestinianos tendo em vista a solução de dois-estados."

etc etc.

Escusamos de repetir que a sua opinião acerca do que diz a lei internacional é absolutamente errada (como já ficou provado aqui e aqui): sob a lei internacional a "Cisjordânia" é território disputado e Israel não é uma potência ocupadora. Mas porque haveriam os políticos, enterrados em interesses especiais, se preocupar com factos? 

O que é surpreendente é a ignorância revelada pelas pessoas que supostamente sabem o que se passa:

"(..) deveria ser relembrado que o Acordo Interino de Oslo II, assinado por Yitzhak Rabin e Yasser Arafat na Casa Branca em 1995 (e testemunhado pela UE), estabeleceu a divisão da Cisjordânia em três áreas: Área A, onde os palestinianos exerciam absoluto controle, Área B onde havia um mix de control de segurança Israelita e palestiniano e controle civil palestiniano absoluto; e Área C, onde Israel exercia total controle militar e civil. As responsabilidades israelitas na Área C incluíam o poder de divisão territorial e planeamento urbanístico. O território que Israel declarou como parte integrante do Estado, está dentro da Área C." (Fonte: Aqui [em Inglês])

Em suma, os EUA, a UE, a GB e a ONU fizeram figura de tolos ao reagir sem pensar e ao optarem, convenientemente, por esquecer as condições de um acordo que eles insistem em invocar sempre que lhes apetece fazer exigências absurdas ao Estado de Israel. O que é que eles querem? Qual a sua verdadeira agenda? Porquê a amnésia selectiva?

Quando algo não faz sentido...

Eu sugeriria uma alteração ligeira às declarações da UE, da GB e dos EUA (os três principais alvos de terrorismo islâmico): 

"A decisão israelita de anexar território da [Cisjordânia] parece ser alarmante, mas antes de nos pricipitarmos iremos estudar os factos - logo, de momento não temos qualquer comentário a fazer acerca desta situação. O nosso principal objectivo é encorajar ambas as partes a voltar às negociações com a finalidade de se chegar à solução de dois-estados, para que os dois povos possam viver em paz."

O acima disposto não causa embaraço aos mencionados países, não inflige bullying a Israel, não fortalece grupos como o Hamas e o IS, não endurece a posição da Fatah e continua a repetir o velho fútil mantra de esperança. 

Há algo de profundamente errado no Ocidente hoje em dia. Ainda não consigo bem apontar o dedo na direcção do mal: serão os funcionários que confortavelmente servem nas administrações nacionais, ou serão os grupos de interesses especiais que têm os nomes dos políticos nos seus carnets? Uma coisa é certa: o circo do absurdo chegou à cidade. 

"Para além do mais, ao olharmos para o futuro, o território em questão, neste momento, faz parte de um bloco de colonato, a sul de Jerusalém, conhecido como Gush Etzion, que foi colonizado por Judeus antes de 1948, mas perdido por Israel quando foi atacado por forças árabes. Durante passadas rondas de negociações ficou claro, tanto para israelitas como para palestinianos ,que ao fim do dia quando se chegasse a um compromisso territorial, Israel iria reter os blocos de colonatos (a Resolução 242 da ONU, redigida após a Guerra dos Seis Dias, jamais, em caso algum, previu uma completa retirada israelita para as linhas pré-1967)." (idem)

(Traduções para Português: Max Coutinho)