Portugal: Não Votar É Ser Desinteressado e Desinteressante

(Fonte: Google Imagens)

A revolta dos europeus foi como se designou a não participação dos cidadãos da Europa nas eleições de domingo passado. Em Portugal, tivemos 66% de abstenção: que catástrofe!
O mais interessante foi ver em que se traduziu a dita revolta: os partidos do Centro ganharam na maioria dos países, em França, Inglaterra e Aústria ouviu-se o grito anti-imigração – ganhou a extrema direita – e finalmente o voto ignorante prevaleceu em Portugal (PS) e na Grécia (extrema esquerda).

Terá sido revolta? Não, foi um simples pedido de esclarecimento: afinal, o que faz a UE, qual o verdadeiro papel do parlamento europeu?
Ora os europeus têm toda a razão; ninguém sabe o que faz a UE; ninguém  entende a catadupa de leis absurdas – bastas vezes em conflito com as leis dos países membros – ninguém consegue alcançar o propósito das milhares de directivas que muitas vezes se revelam desastrosas para o sector mercantil; ninguém percebe o que move os parlamentares oportunistas que se sentam em Bruxelas para impôr as suas aberrações, sem qualquer espécie de policiamento.

O cidadão europeu tem a percepção que a UE é o paraíso dos belicosos das fileiras partidárias que, por alguma razão, são vistos como uma futura ameaça ao lugar dos líderes.
O eleitor europeu não é o único ignorante, é-o também a Media – ouvi muito jornalista na noite das eleições a confundir Conselho Europeu com Conselho da União Europeia – são-no também os políticos porque, durante as campanhas e showmícios, os Partidos  concentraram-se na política doméstica  para mascarar a sua total escuridão quanto à União Europeia e sua problemática.

Sabiam que em pleno século XXI, este país rege-se por uma constituição socialisto-marxista, cuja ideologia desconhece a noção de futuro?
Sabiam que ao protestar contra o governo devido à austeridade, contribuiram para uma  vitória socialista, e isto é o mesmo que desejar que daqui a trinta anos não haja nem um tostão nos cofres do tesouro para cobrir o Serviço Nacional de Saúde e as Pensões de Reforma?
Sabiam que pela constituição portuguesa um estrangeiro tem direito de usufruir de uma data de subsídos, tal qual um cidadão português?
Não sei se se recordam do apelo que fiz às etnias africana, gitana, asiática, oriental e oceaniense, para que dessem o seu voto à Aliança Portugal: primeiro porque iriam ocorrer modificações na Europa que poderiam afectar-nos negativamente se o parlamento europeu fosse maioritariamente de esquerda; segundo porque o actual governo precisa do apoio inequívoco dos portugueses para que possa prosseguir com as reformas doa a quem doer. Mas a malta decidiu chocar-me ao praticamente mandar-me àquela parte sob a forma de exibição do dedo médio na minha direcção: que falta de compostura!

Meus concidadãos, este país tem mais ou menos 875 anos de história; é uma nação pequena mas grandiosa porque quem a criou deu o seu sangue e dos seus, inclusivé um desaguisado com a própria mãe, para que vós pudésseis fazer parte dela da seguinte maneira:

1- Indígena lusitano e sua descendência
2- Casamento
3- Serviços prestados (mérito)
4- Pedido de cidadania
5- Direito de solo

Então, seja lá qual foi a forma pela qual obtiveram a cidadania portuguesa, antes de mais nada deveis agradecer ao povo português o facto de vos ter estendido a honra de vos considerar um igual em toda a plenitude; depois podeis fazer uso de todos os direitos, deveres e obrigações.

No entanto, devido à vossa atitude no domingo passado, sinto que vós desconheceis o significado de dever e obrigação: porque não ir votar é ser desinteressado e desinteressante; não votar é sobrecarregar os outros; não votar é falta de inteligência; não votar é ser preguiçoso; não votar é ser inconsequente; não votar é menosprezar a vida; não votar é falta de estratégia.
Depois chocam-se quando o indígena se sente relutante em dar-vos emprego, porque vos acha parados, sem visão e com falta de imaginação.

Bom, nas próximas eleições façam pela vida e por favor não me façam perder a compostura!

Até para a semana!


Comentários

  1. Ó lenny, olhe, eu confesso saber muito pouco acerca da UE. Até hoje não consigo perceber como é que aquilo funciona, eu sei é uma vergonha admiti-lo mas é a verdade. Só há uma coisa que adoro no que toca à UE: a livre circulação de pessoas e bens; adoro poder viajar pela europa sem ter que pedir vistos e para em fronteiras, ainda que a frança mantenha estes hábitos irritantes. Por outro lado, essa livre circulação também permite que certos povos com hábitos estranhos e violentos nos entrem pelo país a dentro e é isso que está a fazer com as pessoas levantem o sobrolho. Eu pessoalmente prefiro-os aos outros oriundos de países árabes, vou ser sincero, lenny.
    Olhe, votei e por isso devo ser muitíssimo interessante! hehehe
    Um abraço, JP

    ResponderEliminar
    Respostas

    1. Olá, João Pedro!

      Claro que o JP é muitísssimo interessante; é um cidadão responsável pelo seu país e bem estar dos seus concidadãos.

      Aquele abraço e bom fim-de-semana!

      Eliminar
  2. É verdade que os imigrantes abusam dos seus direitos em portugal, e não só, e esquecem que com esses direitos vêm deveres e obrigações. Não admira que a extrema-direita esteja a ganhar cada vez mais apoio.
    Quanto à UE, é verdade também que quase ninguém percebe como aquilo funciona. Há milhares de funcionários que ditam a nossa vida e nem sequer foram eleitos e nem sequer sabemos quem são; e essa é uma das queixas dos partidos radicais que viram o seu número de assentos no parlamentar dobrarem no fim-de-semana passado. É uma confusão! Vamos lá ver no que isto dará. Beijinhos e bom Shabbat!

    ResponderEliminar

  3. Olá, Celeste!

    Bem falado, minha cara, eu não diria melhor! :-)

    Estou francamente admirada com o voto italiano; se a Angie Merkel recebesse aquela catadupa de "boat people" os neo-nazis teriam ganho na Alemanha e se calhar estaríamos novamente a beira duma guerrita.

    Agora que a Inglaterra, França estão de acordo, devido ao rombo que levaram nas eleições, a UE irá ser reformulada e restruturada; isto é, se quer sobreviver.

    Bjcas e Shabbat Shalom!

    ResponderEliminar
  4. Olá Lenny,

    Concordo contigo: a UE deve ser reformada, senão corre of risco de implosão. O mais curioso é que um dos pilares da UE é que está a dar mostras de estar fatigado com a união - a mensagem francesa é importante e devemos dar-lhe ouvidos.
    Quantos aos que não votam: pois é, é verdadeiramente desinteressante. O mais engraçado é que os que não votam são os que se queixam mais.

    Excelente trabalho como sempre, minha linda. E a UE ainda tem muito trabalho pela frente se quer continuar a vingar...

    Beijocas

    ResponderEliminar
  5. Confesso que gostaria de ver a europa explodir, mas só depois dos nossos irmãos se pisgarem. Há algo muito errado com a união europeia e por isso precisa de um abanão!
    Eu votei, sou super interessante, super interessada, e espero que os eurocépticos abanem a estrutura daquilo tudo!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

O Etnias: O Bisturi da Sociedade™ aprecia toda a sorte de comentários, já que aqui se defende a liberdade de expressão; contudo, reservamo-nos o direito de apagar Comentos de Trolls; comentários difamatórios e ofensivos (e.g. racistas e anti-Semitas) mais aqueles que contenham asneiras em excesso. Este blog não considera que a vulgaridade esteja protegida pelo direito à liberdade de expressão. Cumprimentos