Os Piores Momentos Políticos de 2013

A Morte de Marat - Jacques-Louis David (Dramatizado)
2013 foi um ano da pesada: assolado com tempestades, derramamento de sangue e tumulto político. Mas, sem mais delongas, convido-vos a darem uma vista de olhos pelos momentos políticos mais desfavoráveis deste ano.

Os Piores Momentos Políticos de 2013
O Alvoroço Africano
No Mali, o Ansar al-Dine (apoiado pela AQIM) açambarcou a causa do MNLA resultando na Operação Serval; na RCA, o Séléka (um grupo rebelde predominantemente muçulmano) depôs o presidente Bozizé, através de um golpe de estado, e desde então o país tem estado num caos sangrento; na Nigéria, o Boko Haram tem incrementado as suas actividades terroristas e até passou para os Camarões, Niger e RCA. No Quénia, o Al-Shabaab atacou o centro comercial Westgate exibindo a sua evolução de grupo terrorista doméstico para grupo terrorista trans-nacional; no RD do Congo, a Aliança das Forças Democráticas (ADF, um grupo rebelde Islâmico com laços ao Al-Shabaab) segurou actividades mineiras para que o seu Estado-Patrocinador pudesses financiar operações terroristas.
No Niger, o MUJAO levou a cabo ataques suicidas contra "os inimigos do Islão no Niger" (um campo militar e uma mina de urânio gerida por França); no Chad, deu-se uma tentativa de golpe que, se tivesse sido bem sucedido, teria beneficiado os Islamistas locais; na Tanzânia, Islamistas radicais começaram a atacar Kuffar e não-muçulmanos com ácido, em Zanzibar. Em Moçambique, deu-se uma dirupção repentina que acordou a memória da guerra civil e ameaçou o desenvolvimento social e económico do país - forças externas têm interesses em travar o progresso moçambicano.
No entanto, a atenção mundial tem sido desviada para os eventos no Egipto e na Síria; porque Deus nos livre da media admitir que o Islão está a travar um guerra contra o Cristianismo e, por proxy, contra os valores ocidentais. Mas se os "pobrezinhos" dos africanos estivessem a morrer de fome com moscas a aterrar nos seus lábios e pele, a media estaria a cobrir a notícia todos os dias.

A Crise UE-Israel
Em Julho passado, a UE emitiu directivas que impedem os 28 estado-membros de cooperar com entidades israelitas na Samaria & Judeia, nos Montes Golan e Este-Jerusalém.
A UE, como orgão político, não consegue criar emprego para os Europeus; paga salários de pessoas, em Gaza, que já não trabalham há 6 anos; revelou a sua total incompetência em lidar com as crises egípcias e sírias; enfrenta uma real ameaça jihadista dentro das suas fronteiras e uma dramática mudança na sua composição demográfica; possui políticas de asilo perigosas (que tornam as suas fronteiras porosas) ...e no entanto está mais preocupada em emitir directivas que (na sua cabecinha) irão prejudicar Israel.
Quando Israel respondeu de um modo assertivo, os europeus explicaram que as directivas não eram vinculativas. Pergunta: se não são vinculativas, então para quê emiti-las de todo? Estavam a tentar apaziguar que governo: os suspeitos do costume?

A Confrontação Britânica
O PM Cameron queria que o parlamento britânico apoiasse um ataque militar à Síria, no verão passado - ou pelo menos afirmou ser esse o seu desejo. Contudo, o seu próprio partido espetou-lhe uma faca nas costas por ele ter feito passar a lei do casamento gay sem consultar o povo e, apesar da posição dos conservadores quanto ao assunto.

O Espectáculo Americano
O Ficheiro-Snowden foi um embaraço, não tanto pela informação que ele pensou ter revelado, mas porque expôs a fragilidade do processo de verificação de antecedentes americano em certos sectores que velam pela segurança nacional do país; e fez parecer que a América tinha um flanco desprotegido.
O papel que o partido republicano desempenhou no Shutdown do governo foi lamentável; porque não foi baseado em estratégia política mas sim na obsessão em deitar abaixo um presidente que foi eleito duas vezes pelo eleitorado americano. Para além do mais, o GOP - com a sua falta de visão (e cegueira) - correu o risco de passar de Grand Old Party para Grand Obsolete Party.

A Celebração do Acordo Nuclear Iraniano
Foi estranho ver a Catherine Ashton celebrar o acordo fraudulento com beijinhos e abraços (e um acenar de cabeça ao Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano), sabendo bem que quer deitar abaixo os Ayatollahs. Os cépticos tinham razão: de acordo com o Lignet, um oficial da agência atómica (IAEA) já admitiu que "tem profundas dúvidas de que a sua organização tenha a capacidade para monitorar a fundo as acções iranianas ao abrigo do acordo interino de Geneva." - sem o qual o acordo é praticamente nulo.
O Irão fingiu que está a permitir que o Ocidente abrande o seu programa nuclear. O Ocidente fingiu que estava a cair na fraude iraniana. Um boa dose de impostura pode conter os seus benefícios, mas uma overdose é perniciosa. Quem pagará o preço no fim?

A Incompetência do Governo Sul Africano
A África do Sul contratou um falso intérprete de linguagem gestual que nem sequer tinha habilitação de segurança para estar junto de chefes de estados. Em vez de admitirem o seu erro e incompetência, a Ministra que detêm a pasta da Pessoa Deficiente afirmou "Não penso que a África do Sul, enquanto país, fosse colocar em risco a segurança de alguém, principalmente aquela dos chefes de estado." e "Em termos de autorização isso é um processo, estamos a fazer uma requisição para verificar como foi efectuada a sua verificação de antecedentes." Linguagem tipicamente comunista.
Reparem que a Ministra não disse "Estamos a verificar como foi efectuada a verificação de antecedentes" em vez afirmou "estamos a fazer uma requisição para verificar" sugerindo, logo, que agora que o mal está feito e nenhum chefe de estado foi assassinado, para quê tanta preocupação? Em Moçambique, na era comunista, quando vos diziam "Estamos a estudar" era o mesmo que dizer "esqueçam isso". O ANC é um partido incompetente, um governo incompetente, e agora que Nelso Mandela desencarnou: a luta continua.

2013 foi um ano duro. O que será que 2014 nos trará?

Comentários

  1. Credo, posto assim a nú realmente este foi um ano terrível! Coitados dos africanos, meu Deus!
    Olhe, Max, que 2014 seja melhor e que a Max continue a escrever e a expôr toda a porcaria: continue!

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    Respostas
    1. Olá Carla :D!

      Não foi? Mas era necessário expôr tudo direitinho.

      Amén, querida. Obrigada e continuarei :D.

      Um grande abraço e Boas Festas!

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