No Shopping à procura de Deus



Imagina um Shopping Centre.

Lá dentro, há diversas lojinhas fofas; cada uma com produtos que apelam ao seu mercado alvo. Contudo, há segmentos desse mesmo mercado que têm prazer em tomar decisões de compra que não fazem sentido algum; revelando, assim, um profundo senso de confusão e incoerência (tudo sob a bandeira da liberdade de escolha).

Acreditando numa Força Criativa Superior.

Entrando numa loja chamada Judaísmo. Olhando em volta; desgostando de muitas das coisas presentes ali: tantos rituais (por exemplo, o Shabbat: acender as velas antes do pôr-do-sol; entoar em Hebraico; partir o pão; todas aquelas bênçãos; já para não falar no tempo passado em família “É tão stressante!”); tantos jejuns ao longo do ano; ler o Torah; os 613 mitzvot; a relação com Eretz Yisrael...é demasiada confusão. Basta comprar uma relação com Deus e fugir a correr antes de dar de caras com um Rav (= Rabino).

Entrando na loja chamada Cristianismo. Olhando em volta; estando confuso com muitas das coisas: cada denominação clama ser mais verdadeira que a próxima; vários rituais; a missa de Domingo; o dízimo para a Igreja (“O meu dinheiro suado?! Nem pensar!”); os ensinamentos de Jesus, afinal ele é deus ou não; dar a outra face...é demasiada coisa. Basta comprar uma cruz de metal para usar na discoteca e pisgar-se dali antes de ser submetido a uma conversão evangélica.

Entrando na loja chamada Budismo. Olhando em volta; ridicularizando a disciplina mental necessária: meditação diária; reconhecer que tudo na vida é dor (estamos aqui para sofrer); seguir a Via Óctupla; as 4 Verdades Santas; os mantras; desprender-se da matéria; a frugalidade...nem pensar. Basta comprar o conceito de um deus não-interveniente e raspar-se dali antes de ser nomeado como a reencarnação de um Lama do passado.

Após a compra de incenso e de uma imagem de Shiva no Hinduísmo; de um símbolo Ying Yang no Taoísmo; de uma Mão de Fátima no Islamismo; de uma estátua da Fertilidade no Animismo; de um Pentagrama no Wiccan; de flores para oferecer a Yemanja no Candomblé e de niilismo no Ateísmo...uma pessoa sente-se preparada para viver em plena inadequação; desajustamento; livre de responsabilidade pessoal e Zen...

…Esquizofrenia Espiritual…

Para comprar uma perspectiva diferente, vai até à loja do LS (Inglês): Aqui.

Comentários

  1. OI Max

    Nossa o blog está diferente, ficou muito bom!
    Mas que shopping você encontrou, nhein menina!

    Mas de certa forma a vida toda é assim determinada pelo dinheiro, já vimos ao longo da história a compra de terrenos no céu, pedaços da cruz de Cristo, compra de perdão para pecados e assim vai...

    Que tristeza!

    E o que vemos hoje? o dízimo, a venda de santos, velas, a venda de rituais, deu para perceber? a coisa continua...

    Cada um terá suas justificativas, completamente corretas, sem nenhuma margem para discussões, cada um pegará seu livro sagrado, encontrará dizeres que tornarão verídicas suas opiniões, mesmo esse livro sendo o mesmo para opiniões opostas, e outros dirão que todos estão errados que nada existe que tudo é uma ilusão.

    é isso aí amiga...

    Beijos

    ResponderEliminar
  2. Oi Dri :D!

    "Nossa o blog está diferente, ficou muito bom!"

    Obrigada :D.

    "Mas que shopping você encontrou, nhein menina!"

    LOL LOL já sabes como é...

    "Mas de certa forma a vida toda é assim determinada pelo dinheiro, já vimos ao longo da história a compra de terrenos no céu, pedaços da cruz de Cristo, compra de perdão para pecados e assim vai..."

    É verdade, infelizmente também já assisti a isto.

    "Que tristeza!"

    É mesmo uma tristeza...

    Dri, minha querida amiga, obrigada pelo teu super comentário: amei :D!

    Beijos

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

O Etnias: O Bisturi da Sociedade™ aprecia toda a sorte de comentários, já que aqui se defende a liberdade de expressão; contudo, reservamo-nos o direito de apagar Comentos de Trolls; comentários difamatórios e ofensivos (e.g. racistas e anti-Semitas) mais aqueles que contenham asneiras em excesso. Este blog não considera que a vulgaridade esteja protegida pelo direito à liberdade de expressão. Cumprimentos