A Semana de Trump: NATO, Grã-Bretanha e Encontro com Putin


Esta semana irei comentar três eventos que têm estado a dominar o mundo político: a Cimeira da NATO, a visita do Presidente Trump ao Reino Unido e a Cimeira Rússia-Estados Unidos 2018.

A Cimeira da NATO

O Presidente Trump reiterou a necessidade dos estados-membros da NATO respeitarem as regras da organização e contribuirem com 2% do PIB para a Defesa da Aliança do Atlântico Norte. Mas houve um detalhe que captou a minha atenção – detalhe esse que foi considerado um passo agressivo pelos mais sensíveis: Donald Trump expôs a falácia de que a Rússia é a principal ameaça para a Europa.

Nos últimos quatro anos, muitos “peritos” têm comentado e escrito artigos acerca de como a Europa estava errada ao ignorar a sua maior ameaça: a Rússia. Do Brookings Institute ao Politico, todos eles viram Moscovo como uma ameaça enorme – como e baseado em quê? Na Crimeia? A pergunta que deveria ter sido feita é: porque é que a Europa não foi mais fundo após a questão da Crimeia? Pois, o Presidente Trump respondeu a essa pergunta na semana passada.

A Resposta

A Rússia fornece pelo menos 75% do gás que a Alemanha necessita (de acordo com o Eurostat). Setenta cinco por cento. Em 2017, a Alemanha pagou €17 mil milhões (circa de 76,5 mil milhões de reais) à Rússia. Logo, não é do interesse da Rússia perder este negócio (especialmente quando está alegadamente sob um regime de sanções) – até uma criança de dois anos aperceber-se-ia que, devido a interesses nacionais, a Rússia jamais ameaçaria uma fonte de rendimentos.

A Rússia é o principal fornecedor da UE de petróleo, gás natural e fúel de fósseis sólidos – UE

Por isso, é muito importante ver que os sofistas do costume (New York Time, a BBC, a CNN etc) concoctam artigos para tentar provar que o Presidente Trump estava errado, quando a própria UE confessa o óbvio e os factos estão ao dispôr de qualquer pessoa para verificação.


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A Visita de Trump ao Reino Unido

Porque o Presidente Trump expôs uma verdade inconveniente tornou-se um alvo ainda maior – levante a mão quem reparou na forte presença americana nas Manifestações Anti-Trump em Londres. Estes elementos reaccionários só confirmaram o que já suspeitávamos: as organizações esquerdistas americanas do costume estão dispostos a pagar aos seus activistas – os poucos que lhes restam aparentemente, se agora têm necessidade de os exportar para o outro lado do oceano – para organizarem eles mesmos as manifestações. Ha! E já agora, Sadiq Khan provou que não está apto a servir como Presidente da Câmara de Londres – ele acabou de assinar a sua sentença de morte política. Já para não falar que o Partido Trabalhista Inglês agora é comandado pela Esquerda Americana: mais baixo que isto não poderá descer.

De qualquer maneira, o Presidente Trump encontrou-se com a PM Theresa May e sugeriu que ela não perdesse mais tempo a regatear com os Europeus mas que ao invés os processasse. Entretanto, ele havia sido entrevistado pelo Piers Morgan dizendo-lhe que havia dado uma óptima ideia para o Brexit à sua homóloga britânica mas que não iria partilhá-la com ele. A PM May revelou, na BBC, qual a ideia mas que se riu dela e prefere negociar com os seus colegas na UE – mas que necessidade tinha ela de partilhar isto em público? É tudo estratégia e se a PM jogar as devidas cartas, ela poderá salvar a sua posição e o Reino Unido da Euro-Garras; se não, pode dizer adeus ao “poder”. Os interesses do Reino de Sua Majestade estão acima de qualquer coisa. Qualquer coisa.

O Plano de ‘soft Brexit’ da PM May não é desejável porque mantém a Britânia captiva da UE, e esse não é o objectivo do Brexit (nem o desejo do povo Britânico). Por isso, Theresa May faria bem em ter a coragem para seguir um bom conselho e lembrar-se de algo que aprendi com os Britânicos há muito tempo: se mostras fraqueza, eles colocarão o seu pé no teu pescoço.

Foi reportado que o Príncipe Carlos e o Príncipe William desprezaram o Presidente Trump ao forçar a Rainha a receber o casal Trump sozinha. Não tenho a certeza de que esta notícia seja verdadeira porque não faz sentido: os herdeiros ao trono a enviar a mensagem de que pretendem escolher quais os chefes-de-estado receberão de acordo com ideologia, quando nem sequer deveriam ter uma?

E depois a noção que a Sua Majestade foi forçada a fazer o quer que seja é ridícula. Se ela quisesse que o Príncipe Carlos estivesse a seu lado, ele teria estado, ponto final. O mesmo se aplica ao seu neto. Para além disso, o Presidente Trump é filho de uma súbdita da Coroa – será que é assim que os futuros reis pretendem tratar os filhos de súbditos? Duvido, mas se descobrirmos que é verdade, então será constrangedor...

They make phenomenal things, you know, and you have different names - you can say “England”, you can say “UK”, you can say “United Kingdom” so many different - you know you have, you have so many different names - Great Britain. I always say: “Which one do you prefer? Great Britain? You understand what I’m saying?’ – Donald Trump (link)

Realmente, “Inglaterra”, “Reino Unido”, “Grã-Bretanha”…qual é preferível?

A Cimeira Rússia-EUA

Finalmente, os líderes das duas maiores potências mundiais sentaram-se para negociar o caminho para a normalização de relações entre a Rússia e os Estados Unidos.  Os Presidentes russo e americano consideraram o seu encontro um sucesso, pela disponibilidade de ambas as partes para negociar ao invés de assumirem uma postura démodé de confronto.

O Presidente Trump fez questão de salientar que a América e a Rússia partilham o mesmo princípio político: Realismo. Querendo isto dizer que os dois países gerem os seus assuntos tendo os interesses nacionais em mente, ao invés dos interesses das instituições internacionais, que nenhuma entidade tem a autoridade para dizer a Estados o que fazer (especialmente se esses “acordos e regras internacionais” permanecerem estáticos e ignorarem os interesses e necessidades nacionais dentro de um determinado contexto), e que os seus Estados só conseguem vingar através do Poder, e das suas várias expressões. Portanto, temos dois Estados realistas: os EUA e a Rússia. Óptimo.

O Presidente Putin, por outro lado, frisou que “A Guerra Fria é algo do passado”. Querendo isto dizer que agora eles está pronto para ajudar a gerar mudança no mundo – ou seja, ele provavelmente vê agora a oportunidade para contribuir para a Nova Ordem Mundial de uma maneira positiva. Foi muito interessante ver o Presidente Putin assumir também uma postura realista – quase como uma confirmação das palavras do Presidente Trump: ainda que a Rússia e os EUA não confiem um no outro (já que ambos defendem os seus próprios interesses), eles sabem da existência de pontos de intersecção com os quais poderão trabalhar de modo a criar o meio ambiente adequado para eliminar o presente caos.

Ambos os presidentes também pareciam estar em sintonia no que toca a políticas de Imigração quando o Presidente Putin expressou a disponibilidade para discutir estratégias com o seu homólogo americano para enviar migrantes de volta aos seus países. Ambos os líderes também mencionaram a Síria e Israel de um modo que parecia mostrar que estão dispostos a coordenar uma solução para o Presidente al-Assad com o Estado Judaico (Nota: Israel recentemente expressou a sua falta de interesse em depôr Bashar al-Assad desde que ele mantivesse o Irão afastado das suas fronteiras – a Administração Trump partilha o mesmo interesse e Moscovo parece disposto a fazer concessões, apesar do Axis Rússia-Turquia-Irão).

Irão os Estados Unidos remover as sanções impostas à Rússia em 2014, pela Administração Obama? Fazê-lo seria um sinal de boa fé ao Kremlin e iria exercer pressão sobre a União Europeia (estarão eles a usar estas sanções para negociar um fornecimento de energia mais barato com a Rússia?) – de qualquer modo, a posição da Ucrânia teria de ser muito bem calculada.

Conclusão

Donald Trump está a mudar como a política é feita. E é isso que está a enlouquecer as criaturas resistentes à mudança – até chegam a exportar activistas anti-Trump para o mundo para fazerem o trabalhinho sujo por eles (até a comunidade Gay está no golpe). Felizmente, o Presidente Trump não está aqui para ser amado, mas sim para fazer o seu trabalho. Nós acreditamos que ele o vá fazer e que a América está prestes a ser Grande Outra Vez.

Se a Grã-Bretanha tiver a coragem de seguir o conselho do Presidente americano em relação ao Brexit, ficará surpreendida com os resultados – o Globalismo, e o seu papá Socialismo, estão a caminho do cemitério; por isso agora é hora de preparar o futuro e salvar a Soberania do Reino de Sua Majestade.

Há anos que temos vindo a defender uma relação mais estreita entre os EUA e a Rússia. Eu pessoalmente achei que o Presidente Obama fosse ter a inteligência para fazê-lo, mas não teve. Agora, o Presidente Trump conseguiu abrir a porta para a nova era nas relações Rússia-América.

Pessoas (do mundo inteiro) repetem os mesmos mantras estúpidos: “Trump é perigoso! Trump é racista! Trump irá provocar a terceira guerra mundial! Trump é maluco!”…bem, essas pessoas são intelectualmente impotentes e a sua opinião é irrelevante quando se olha para os factos: o realismo com princípios é eficaz. ב"ה

E está-se só a começar...

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