A expressão “Interesses económicos” é o novo mantra daqueles que buscam camuflar cálculos políticos mal feitos. Também é o mantra dos Moralmente Falidos. Algumas pessoas têm estado a entoar este mantra praticamente por toda a Europa para justificar, principalmente, o Acordo com o irão e o porquê que a União Europeia jamais poderia seguir a pisadas do Presidente Trump.
Quando se ouve falar em “interesses económicos” poder-se-ia pensar em ganhos para o povo de todas as partes envolvidas, contudo, como disse e bem o Presidente dos Estados Unidos da América: o Irão beneficiou mais com o acordo do que os países ocidentais, apesar das actividades terroristas de Teerão.
A Alemanha, a França, a Grã-Bretanha e a União Europeia – apesar de terem recebido provas que o Irão assinou um acordo baseado em mentiras e que deu a volta às sanções durante anos – emitiram uma declaração reiterando o seu empenho para com o Acordo. De Portugal, um ex Vice-PM envia mensagens de que o país deve baixar a cabeça a uma ex-colónia (i.e. a elite angolana comete crimes em solo português, e as autoridades devem fechar os olhos a esses crimes) sob pena de Espanha, Alemanha, França e a Grã-Bretanha preencherem o “vazio” deixado por Portugal, caso este decida cortar laços com Angola. Qual a relação aqui?
Vive La France! - A Próxima Máquina de Lavagem de Fundos
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Meses depois, o Presidente Angolano viajou até Paris para pedir ao Presidente Macron para se juntar à Organização Internacional de La Francophonie – mas será que Angola preenche os requisitos para aderir a tal organização?
- O Francês é a Língua Franca em Angola? Não.
- Mais de 45% da População Angolana é francófona? Não.
- Há em Angola um notável legado da cultura francesa? Não.
- Terá o Povo Francês desempenhado um papel vital militar, político e cultural em Angola? Não.
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Recentemente, houve uma reunião, em França, entre elementos dos Governos de Angola e do Irão – com membros do Hezbollah presentes. Se nós sabemos, então o DGSE também o sabe; por isso, o que é que aconteceu? Está-se a permitir que o Irão faça negociatas em território francês por que se vendem armas a Teerão através de Angola?
Como
Exemplo: a França vende consumíveis a Angola. Os contentores partem em direcção a África mas param em Marrocos primeiro. As armas são retiradas dos contentores, deixando somente a comida para trás, e movidas para um outro navio que depois navega até ao Líbano (NB: para os que seguem as notícias portuguesas, lembram-se das armas roubadas em Tancos, no ano passado? Parte dessas armas acabou no Líbano também). O Hezbollah recebe a mercadoria, passa-a para os proxies iranianos no Médio Oriente e a Jihad iraniana prossegue em paz.
Long Live the Queen!
Será que o Reino Unidos vende armas ao Irão? Talvez, talvez não; mas por ora preferimos referir somente que empresas Britânicas estão envolvidas; e que agentes corruptos dos Serviços de Informação estão envolvidos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros está interessado em manter o Irão como um instrumento para ser usado contra "aquele espinho" chamado Israel (eles ainda não nos perdoaram o termo-nos tornado auto-suficientes). Por isso, elementos britânicos receptam as armas no Norte de África e depois transportam-nos para o Médio Oriente – e certos indivíduos dentro do Governo britânico fecham os olhos, em troca do devido incentivo.
Heil Deutschland! - It's All About the HK...No Trouble
A Alemanha é conhecida por sempre conseguir vender as suas armas a praticamente toda a gente, ainda que as suas não sejam tão eficazes quanto as americanas e as israelitas. No entanto, Berlim é muito bom a fazer lobby (leia-se: a compensar aqueles que compram os seus produtos) – será uma coincidência que cada vez que a Alemanha vende um submarino a um estado, se abra uma investigação no país comprador?
Até Portugal está agora a colocar as suas Forças Especiais, que operam na República Centro Africana, em perigo porque alguns elementos do Exército Português querem impôr o uso das HK G3 às unidades especiais, ao invés da Galil (com as quais os soldados são treinados e que defendem serem mais eficazes) – Angela Merkel esteve recentemente em Portugal, coincidência?
A Chanceler Alemanha foi categórica na sua posição de que não desistirá do Acordo com o Irão, ainda que ela estivesse preocupada com as provas apresentadas pelo PM israelita.
“O regime iraniano busca software alemão, tecnologias sofisticadas de vácuo e de engenharia de controle, aparelhos de medição e equipamento eléctrico avançado para o seu programas de mísseis, dizia o relatório. A Alemanha é o parceiro de trocas comerciais europeu mais importante do Irão” – Jpost
Se olharmos mais de perto, as armas alemãs (principalmente as HKs) estão presentes no Médio Oriente e até o Hezbollah tem acesso a elas, já que a Alemanha as vende ao Líbano. Por isso, será que o Hamas e a OLP também usam armas alemãs? Isso explicaria a posição alemã em relação a estas duas ameaças terroristas.
A Alemanha também se tornou muito interessada em Angola em anos recentes. Durante a década de 1990, durante a guerra civil angolana, a Alemanha vendeu a famosa HK G3 a Angola través de Proxies – e agora parece querer reavivar essa rota. Mas será que as armas serão mesmo para Angola ou será que este país está a ser usado para comprar armas em nome do Irão?
Qual a necessidade de esconder tais transacções, perguntai-vos vós? A Alemanha – um país que ainda vive com a Núvem do Holocausto Nazi sobre a sua cabeça – não quer ser visto a vender armas directamente a um país que persistentemente ameaça apagar Israel do mapa do Médio Oriente. Mas pronto, “Money is the sweetest hangover” e a Alemanha não se pode dar ao luxo de “get over”...E a quem é que a Alemanha pediu a Benção antes de entrar de novo em Angola, em 2012? Ao então Ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas...
Viva Portugal y España!
Com que então, o Sr Paulo Portas passa a vida a enviar a mesma mensagem na TV, semana após semana. Não nos perguntemos “Para quem trabalha ele e a quem é que ele envia estas mensagens exactamente?”...pelo menos por agora.
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Então o que temos até agora? Temos um ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros que foi um dos Boys do BES (Banco Espírito Santo); que em 2012 deu a benção à Alemanha para que regressasse a Angola para vender tecnologia (nuclear?) ao Irão através de Luanda – lembrem-se que Teerão estava sob sanções naquela altura; e que agora trabalha para a TV Kitsch (i.e a TVI que pertence à Media Capital, uma empresa espanhola que estava prestes a ser vendida à Altice pela Prisa, mas cuja transacção foi cancelada após uma insurgência por parte da NOS – companhia controlada por angolanos) onde obsessivamente defende as relações Portugal-Angola – mesmo que para isso Portugal tenha de ficar enfraquecido e tornar-se numa enorme Lavandaria de Dinheiro.
Há uns meses, o então PM Rajoy esteve para ir a Angola (mas cancelou a viagem devido a uma crise na Cataluña). Madrid e Luanda atravessaram um período de tensões quando Espanha vendeu armas a Angola, num negócio de €150 milhões dos quais Espanha só recebeu um terço do valor, já que o resto foi desviado pelas elites angolanas a cargo do negócio – no qual esteve envolvido um português, com dupla nacionalidade (angolana).
Em 2017, contudo, a Espanha decidiu resumir as relações e reiniciar a venda de material bélico para Luanda para que o país pudesse controlar a actividade pirata no Golfo da Guiné...mas foi-nos dito que as marinas da marinha albergam os iates do Presidente Emérito (não, não é piada, eles aplicaram mal o termo a José Eduardo dos Santos ad hoc para que ele pudesse gozar de imunidade perante a justiça).
Ainda estamos a investigar o assunto mas sugerimos que alguém olhe para o Banco Santander em Espanha (e o Santander/Totta em Lisboa): muitos angolanos têm instruções para abrir contas lá.
Conclusão
Ouvirão os países Europeus e Africanos a falar do “Combate ao Terrorismo” mas é tudo teatro, porque eles ajudam e promovem o Terrorismo Islâmico à custa do sangue europeu, africano e do médio oriente, para lucro das tais elites. Isto é o máximo da imoralidade.
A Europa criou tantas leis anti-lavagem de dinheiro que afectam a vida do cidadão comum e no entanto os governos quebram-nas a todas e para quê? Por “interesses económicos”? Não, interesses económicos equivalem à liberdade do cidadão comum de ter acesso ao capital para fazer negócio à vontade, com o mínimo de interferência do estado possível. Este nível de liberdade é o que permitirá o desenvolvimento humano, e com este uma economia forte.
Ouvirão os políticos e comentadores europeus falar da necessidade de uma Política para África de forma a evitar a migração em massa para a Europa: é tudo uma piada porque os Interesses Especiais Europeus são os que provocam a crise para obter lucro e como instrumento político contra adversários.
Adaptar. Improvisar. Ultrapassar. Semper Fi.
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