O Presidente-eleito Trump: A Vitória Mais que Anunciada


Donald Trump é o 45º Presidente dos Estados Unidos da América. O Dissecting Society deseja-lhe um mandato saudável e que ele possa cumprir as suas promessas com sabedoria.

A maior parte do mundo parece ter ficado chocada com a vitória do Sr Trump. Não se entende bem porquê quando os sinais da sua vitória estavam todos lá:
  • Há indicações de que Hillary Clinton tenha utilizado um servidor privado para transmitir informação secreta a só-D**s-sabe-quem (inclusive, a sua criada imprimia conteúdo classificado para a Sra Clinton ler). 
  • Há indicação de que a assessora da Sra Clinton, Huma Abedin, tivesse acesso ao mesmo material classificado a partir de um laptop que ela partilhava com o seu marido, Anthony Weiner. 
  • Hillary Clinton sofre de uma pobre saúde física e política.
  • Hillary Clinton ainda não explicou o seu papel no episódio de Benghazi – mas será que alguém pensou realmente que o povo americano fosse esquecer este trágico episódio? Donald Trump nem teve de mencionar muitas vezes o ataque nos debates. 
  • A Fundação Clinton usa uma boa parte dos seus donativos para financiar as despesas da organização e o estilo de vida da família (incluindo o casamento da senhorita Chelsea, segundo o Wikileaks). 
  • O Plano Pay-to-Play só poderia levantar suspeitas.
  • A promiscuidade revelada entre Hillary Clinton e a CNN; e a trama para remover o Bernie Sanders da corrida só levantou ainda mais suspeitas. 
  • A estratégia escolhida para ir atrás de Donald Trump foi tão pobre que qualquer pessoa com o mínimo de honestidade intelectual sabia que a senhora não servia para se sentar na Sala Oval (i.e. Ao invés de se concentrar nos assuntos importantes, ela decidiu tratar o Donald Trump como se ele fosse Bill Crosby). A deflexão indica que há algo a ser escondido, o que levanta ainda mais suspeitas. 
  • O estreito relacionamento financeiro entre a Hillary e o Bill Clinton e os Sauditas e Qataris (dois dos maiores suspeitos de financiamento da Jihad Global). 
  • A retórica e o shitck político obsoletos de Hillary Clinton. 

O facto de que algumas pessoas proeminentes, e a media, estivessem mais do que dispostas a eleger um candidato com estas credenciais é preocupante; mas mais alarmante é o medo que as pessoas sentem quando têm de sair da sua zona de conforto.

Tem sido a norma, em relações internacionais, proteger o status quo a todo o custo (já que na mente humana o desconhecido provoca a instabilidade, que traz medo, que por sua vez gera conflitos); contudo, manter um status quo eterno resulta no mesmo que os longos períodos de paz: enervação e decadência. Tal como Poggio sugeriu “o amor à paz é por vezes uma ameaça à liberdade”.
Se a liberdade e o auto-governo são para ser protegidos contra a ingerência da tirania, também poderá ser necessário por vezes lutar pela liberdade ao invés de se insistir na paz a qualquer preço. - Gisela Bock e Quentin Skinner (in Machiavelli and Republicanism)
Posto isto, de modo a se manter a “paz”, o Status Quo, o mundo teria preferido eleger uma mulher escandalosamente corrupta só para que se pudessem sentir confortáveis e prosseguir com o “business as usual”. Só que o resultado teria sido: enervação, degeneração e destruição.

O povo americano demonstrou ter imensa coragem ao reclamar o controlo do seu país. Aqueles que durante anos se recusaram a votar, foram e votaram pela primeira vez – o Donald Trump inspirou esses cidadãos e cumprir o seu dever cívico, porquê? Porque eles compreenderam a sua mensagem; as suas palavras simples – independentemente do quão ultrajantes tivessem soado. Os americanos disseram ao mundo que estão cansados do Status Quo (que só beneficia um pequeno grupo de pessoas – que arrogantemente se apelidam de “elites”); que estão aborrecidos com o establishment que de modo nenhum serve os seus interesses; e que estão fartos das mesmas promessas vãs.

O resto do mundo deveria prestar atenção. O motor só agora começou a trabalhar.

A vitória de Donald Trump expôs o seguinte:

  • Os Brancos não são uma minoria ainda. Simplesmente estavam silenciosos. 
  • As Mulheres já não caiem nas tretas feministas.
  • Os eleitores Negros e Latinos já não aceitam ser manipulados em massa pelos Democratas.
  • Os Universitários já não são um voto seguro para o DNC.
  • A Media Convencional é uma máquina perniciosa que acredita ter mais poder do que na realidade tem. Já não influencia as acções das massas.
  • Os profissionais das sondagens foram desacreditados. 
  • A Organização da Internacional Socialista começou a cair. 

Sim, um homem de negócios ganhou a posição mais invejada do mundo. Agora, iremos esperar e ver qual promessa de campanha será cumprida e qual não será cumprida. Iremos responsabilizá-lo por toda a promessa viável quebrada – não seremos tão lenientes como fomos para com o Presidente Obama porque estamos em fases diferentes da reconstrução da Ordem Mundial.

Gostaríamos de congratular a Sra Kellyanne Conway por uma estratégia de campanha brilhante: reparámos que, no primeiro debate, o Sr Trump utilizou a mesma táctica do Presidente Obama (no seu primeiro debate com Mitt Romney):
“Finge ser fraco, para que o [teu oponente] possa tornar-se arrogante”
“Força [o inimigo]a revelar-se, para que descubras os seus pontos vulneráveis” - Sun Tzu (in Art of War)

A Sabedoria funciona sempre.

Uma mensagem aos jovens que estão a protestar contra um candidato democraticamente eleito: vocês são patéticos. Instruam-se. Arranjem uma ocupação. 



(Imagem: Donald Trump and Mike Pence - Google Imagens)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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